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O custo de visitar a Terra pode ser alto demais para extraterrestres

8 de janeiro de 2021 by Ethan Siegel 2 Comentários

Extraterrestres viagens
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Em 1950, o físico Ítalo-Americano Enrico Fermi se reuniu para almoçar com seus colegas no Laboratório Nacional Los Alamos onde ele trabalhava como parte do Projeto Manhattan. De acordo com vários relatos, a conversa chegou no assunto de alienígenas. Fermi fez um comentário que ficou para a história: “onde está todo mundo?”

Essa pergunta ficou conhecida como “O Paradoxo de Fermi”, a aparente contradição entre as altas probabilidades de vida em outros planetas e a falta de evidência ou contato com civilizações extraterrestres.

Desde então muita gente quebra a cabeça pensando no assunto e lançando hipóteses para explicar o paradoxo.

Um dos principais pressupostos do Paradoxo de Fermi é que dada a idade do universo e a abundância de planetas, uma exo-civilização avançada já deveria ter colonizado uma porção significativa da galáxia. Essa hipótese não é sem mérito já que só na Via Láctea estima-se que haja de 100 a 400 bilhões de estrelas e cada estrela tenha pelo menos dois planetas. Nesse caso, mesmo sem contato conosco, nós deveríamos ver com nossos telescópios evidências de tecnologia alienígena no espaço, pelo menos aqui na Via Láctea.

Outro pressuposto chave do Paradoxo de Fermi é que espécies inteligentes estariam motivadas a colonizar outros sistemas solares (como nós gostaríamos de fazer se tivéssemos a tecnologia e os fundos necessários!). Assumimos que outras civilizações pensam como nós. Nós exploramos, portanto partimos do pressuposto de que os aliens também são exploradores e possuem motivações similares às nossas.

E ainda, o Paradoxo de Fermi assume que viagens interestelares serão possíveis (e comuns) no futuro e que uma civilização mais avançada naturalmente já teria superado esses obstáculos.

Se você está pensando que tudo isso é presunção demais para um grupo de cientistas nos anos 50, você pode estar pensando como alguns de nós no presente. Muita gente ainda pensa como Fermi e seus colegas e ficam coçando a cabeça se perguntando onde estão os aliens???

De tempos em tempos vem alguém e lança alguns contra-argumentos, acalmando os ânimos dos que se apressam a afirmar que se não vimos extraterrestres até agora, é porque eles não existem!

Há um consenso crescente entre astrofísicos e cosmologistas de que há muita vida pelo universo afora. O fato de que ainda não obtivemos evidência apenas escancara nossas próprias limitações, mas não deve provocar ceticismo. A maior evidência que temos de que a vida pode surgir facilmente em um planeta (ou lua) que ofereça condições propícias é a própria Terra. Há vida aqui de tudo quanto é tipo, em tudo quanto é lugar. Vida que usa e que não usa oxigênio. Vida que come ácido sulfúrico, vida que vive nos ambientes mais inóspitos. Se a vida fosse coisa tão especial quanto imaginávamos não teríamos a diversidade que vemos na Terra. A grande maioria dos físicos e astrofísicos hoje em dia concorda sem pestanejar que existe sim vida em outros planetas e que nós obteremos evidência muito em breve.

A grande questão não é se há vida em outros planetas, mas sim se há vida inteligente, outras civilizações como a nossa ou ainda mais avançadas. São esses os alienígenas que presumimos (talvez arrogantemente) que já deveriam ter nos contatado!

Críticos do Paradoxo de Fermi trazem à tona uma série de questões que geralmente assumimos como verdadeiras. Uma delas é que assumimos que se há civilizações mais avançadas do que nós em outros planetas, elas devem ter resolvido os problemas da física que nos impede de viajar rápido pelo espaço. Muitos leitores já devem ter ouvido que nada pode viajar pelo espaço mais rápido do que a velocidade da luz e ainda que por mais rápido que nossas espaçonaves possam ser no futuro, nós nunca poderemos viajar nem sequer perto da velocidade da luz (porque a massa do objeto aumenta de acordo com o aumento da velocidade. Perto da velocidade da luz, a massa de uma espaçonave seria quase infinita e a energia para acelerar tal nave seria impraticável).

Entusiastas de ficção científica assumem que esses obstáculos serão ultrapassados no futuro e teremos tecnologias como buracos de minhoca que ligam diferentes partes do universo (tema que aparece no filme Interestelar), warp drives (dobra espacial) e outras coisas que tornarão viagem intergalácticas comuns. Partimos do pressuposto de que qualquer civilização um pouquinho mais avançada que a nossa já tenha passado por isso e superado esses obstáculos.

Mas será? Um dos argumentos lançados pelos críticos é que mesmo que o conhecimento de física dos alienígenas seja mais avançado do que o nosso, é possível que ainda assim viagens intergalácticas sejam impossíveis. Se tal proeza for possível, ainda é concebível que os ETs se deparem com um problema tão mundano para nós humanos que não paramos para pensar que eles também podem tê-lo: os custos proibitivos de tais projetos.

Se vamos usar os mesmos parâmetros que usamos na Terra para pressupor as condições de vida e as motivações de civilizações inteligentes extraterrestres, temos que supor eles possuem moedas (ou uma moeda única para a civilização inteira) e que atribuem valor monetário às coisas. Essa pressuposição faz sentido, pois tecnologia avançada é característica de uma civilização especializada e isso significa que alguns indivíduos escolhem se especializar em uma área, como física, outros se especializam em engenharia mecânica, outros em engenharia eletrônica, e assim por diante. É só quando todos esses especialistas juntam seus conhecimentos que tecnologias como espaçonaves viram realidade. Contudo, para ter uma sociedade especializada é preciso que os indivíduos que fazem parte dessa civilização tenham motivação, principalmente financeira, para buscarem educação. Se os ETs possuem civilizações econômicas, então há custos envolvidos com exploração de outros planetas.

Um problema que aumentaria consideravelmente os custos de exploração de uma área significativa da galáxia (novamente assumindo características similares às nossas) é que grupos isolados geograficamente tendem a demandar independência e se separar filosófica, política, e economicamente da civilização mãe. O resultado seria uma malha não uniforme de colônias, algumas que dão suporte (inclusive financeiro) à civilização mãe e algumas que não dão e que ainda podem onerar a civilização mãe com custos de guerra, desviando recursos e atenção da colonização de outras áreas na galáxia.

Imagine se nós enviarmos grupos colonizadores para Marte e algumas luas do sistema solar como muitos astrofísicos já pensam que ocorrerá no futuro não muito distante. Mesmo em uma distância pequena (todo mundo ainda dentro do sistema solar) não demoraria muito para os grupos em Marte, em Europa (lua de Júpiter) ou em Titã (lua de Saturno) começarem seus movimentos de independência (mesmo que ainda tivessem dependência de suplementos vindos da Terra). Digamos que esses grupos aprendam a extrair recursos naturais de seus respectivos planetas e luas e começem a comercializar esses recursos como minerais e compostos químicos em troca de coisas que ainda precisam da Terra. Eles poderiam ser de fato independentes. As possibilidades de terraformação de outros planetas e luas aumenta ainda mais as chances de que esses grupos possam se tornar realmente independentes da população da Terra.
O que isso significa com relação aos ETs e o curso de exploração do espaço?

À medida que grupos de colonizadores declaram independência e se separam da civilização mãe, aqueles grupos deixam de contribuir financeiramente para a prosperidade da mesma. Com o passar do tempo e os planetas e luas mais próximos já colonizados, porém independentes, os custos de exploração de outros sistemas solares mais e mais distantes se tornaria proibitivo.

O cientista da NASA Adam Frank argumenta que presumir que civilizações extraterrestres por mais avançadas que sejam superaram todos os obstáculos que sabemos existir para exploração e colonização interestelar e intergaláctica é ingênuo. Nós ficamos muito mal acostumados com a fantasia do Guerra nas Estrelas, Jornada nas Estrelas e outros filmes e séries de ficção científica. Nos acostumamos a pensar que, um dia, tudo o que é obstáculo hoje terá sido superado e estaremos indo de um lugar para outro no cosmos como vamos de Nova Iorque para Londres.

As evidências, ou melhor, a falta de evidências, nos diz que esse cenário é muito improvável. Se colonização espacial fosse algo comum a civilizações extraterrestres avançadas, nós veríamos os indícios de suas movimentações e atividades com nossos telescópios, nós ouviríamos suas comunicações com nossas antenas de rádio. Se não é comum temos que pensar em outras alternativas além de “ah, então ETs não existem!”.

Há ainda outras críticas para o Paradoxo de Fermi que podemos explorar em outros artigos. Nesse artigo eu quis apresentar um argumento muito pouco debatido: ETs podem ter limitações financeiras assim como nós Terráqueos!


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Ethan Siegel

Ethan Siegel, Ph.D. é um astrofísico teórico Americano que se dedica a ensinar e escrever sobre ciência, com ênfase para cosmologia e astronomia. Seus artigos são traduzidos para centenas de idiomas e podem ser encontrados em milhares de sites na internet. Atualmente Siegel mantém uma coluna (AskEthan) na revista Forbes onde ele responde perguntas dos leitores. Ethan também é autor de vários livros ainda sem tradução para o Português.

www.startswithabang.com/

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Comentários

  1. Pedro Gomes diz

    13 de janeiro de 2021 às 20:02

    Ótimo artigo! Às vezes vejo os artigos do Ethan em sites internacionais mas é uma dor tentar ler em inglês. Agradeço imensamente o Guia da Vida por traduzir os artigos dele! Por favor, traduzam mais!!

    Responder

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