Como estudar direito nos EUA

Diego Meille

Estudar direito nos EUA

A faculdade de direito é, ao lado de medicina e administração de empresas (business school), uma das mais procuradas por alunos estrangeiros nos EUA. O presidente dos EUA, Barack Obama, frequentou a Harvard Law School (faculdade de direito de Harvard), Fidel Castro frequentou a escola de direito de Havana, Gandhi estudou direito na University College London em Londres. Aposto que você não sabe que os cantores Andrea Bocelli e Julio Iglesias estudaram direito também!

Em primeiro lugar, é preciso compreender que nos EUA, Direito é um curso de “pós-graduação” no sentido “Brasileiro” de compreender o sistema educacional. O que isso quer dizer? Quer dizer que o aluno nos EUA não pode entrar na faculdade de Direito vindo direto do ensino médio, como ocorre no Brasil. O que conhecemos no Brasil como “graduação” é nos EUA, subgraduação, chamada de “undergraduate”, enquanto as escolas como direito e medicina são chamadas de “graduate” ou “grad school”.

Por que não? É assim que funciona com praticamente todas as “escolas” (como são chamados os cursos) profissionalizantes: medicina, farmácia, arquitetura, odontologia, administração de empresas (com algumas exceções), entre outros cursos, exceto engenharia, que é um único curso de alto nível profissionalizante que o aluno entra “fresco” do segundo grau. Nos EUA, os alunos saem do ensino médio e vão para o chamado “college” tirar um bacharelado (como no Brasil), um curso de 4 ou 5 anos que dará ao aluno iniciação científica, conhecimento cultural em áreas como filosofia, psicologia e artes ou para quem quer seguir carreiras nas ciências, esse bacharel pode ser focado em áreas biológicas, com bastante aulas nos laboratórios e pesada em matemática, física e química. O bacharel em artes é chamado de BA e o bacharel em ciência é o BS.

É só depois dessa iniciação na ciência e/ou nas artes (filosofia, psicologia, literatura, etc.) que considera-se que o aluno tem embasamento cultural e científico para fazer um curso superior como direito ou medicina.

Na prática, isso significa que você precisa fazer um curso superior primeiro, QUALQUER UM, para depois se candidatar a uma vaga (o que se chama “aplicação”) a uma das escolas de nível superior. Você pode fazer esse curso superior no Brasil, logo depois do segundo grau, ou você pode ir fazer College nos EUA. Se você já cursou uma faculdade, você já está apto a cursar direito nos EUA.

Para direito, você pode ter feito QUALQUER faculdade, não importa qual o seu bacharelado, desde que você tenha um. A faculdade de direito nos EUA é super, hiper, concorrida. O processo de avaliação para entrada em Direito constitui dos seguintes elementos:

– Seu diploma de bacharelado e histórico escolar (suas notas devem ter sido exemplares, muitos 7s e 6s e esqueça direito!). Para universidades como Harvard, Yale e Columbia, seu desempenho acadêmico deve ter sido perfeito ou muito perto disso. O GPA (um cálculo de média de notas) médio dos alunos que entram nessas universidades para estudar direito é de 3.7 (o máximo é 4.0), ou seja, esses cabras nunca tiraram abaixo de 8.5 no curso de graduação! Para universidades menos conceituadas, há uma possibilidade para alunos com desempenho mais fraco.

– A nota em um teste chamado LSAT – cada curso de nível superior nos EUA tem um tipo de ENEM que é aplicado aos candidatos. Medicina tem o MCAT, administração tem o GMAT, psicologia (e outras áreas biológicas e comportamentais) tem o GRE e assim por diante. Esse teste é aplicado ao longo do ano por diversas entidades, então é possível prestá-lo até mesmo no Brasil (se informe! Não pergunte para mim porque eu não sei!). As notas devem ser enviadas pela entidade reguladora do LSAT direto para as universidades que você está aplicando. Neste caso, você pega o código de cada instituição (dado que tem no site de cada uma) e informa ao organizador do LSAT que as notas devem ser enviadas para as instituições com esses códigos. As notas são enviadas lacradas direto para as universidades para evitar qualquer tipo de fraude.

– Cartas de recomendação – Conta muito o que os outros (com mais credibilidade que você) dizem a seu respeito. Essas cartas devem ser (muito bem) escritas em Inglês por pessoas quem conhecem bem você e têm autoridade para comentar a seu respeito. Essas pessoas podem ser empregadores (ou ex-patrões oou superiores), professores (ou ex-professores) ou pessoas que tiveram alguma ascendência sobre você e podem discorrer acerca do seu desempenho, potenciais e demais qualidades como pessoa.

– Sua experiência de vida – Quando academicamente os alunos começam a ficar “muito parecidos”, o que naturalmente ocorre em universidades extremamente competitivas, é preciso criar outros critérios para separar o joio do trigo. O que isso significa? Numa universidade como Harvard, por exemplo, que recebe aplicações de alunos super qualificados no mundo todo, há uma quantidade muito grande de alunos com desempenho escolar perfeito (GPA acima de 3.7) e notas bem altas no LSAT e mesmo assim, o número de vagas é menor do que a quantidade de alunos muito bons. O que fazer então? Bem, o que eles fazem é começar a analisar cada aluno individualmente, procurando ver quais, dentre aqueles que já são perfeitos “no papel”, são também desejáveis no “mundo real”. Aí entram atividades voluntárias, envolvimento com causas sociais, empreendedorismo (principalmente empreendedorismo social), prêmios arrecadados durante a vida escolar, que podem ser desde medalha de xadrez até prêmio por melhor redação da escola e principalmente em escolas como direito, medicina e administração: potencial de liderança! Até mesmo ter sido representante de classe na sexta série conta! Eles olham tudo o que possa mostrar que você é um indivíduo especial, singular, que você se destaca na multidão e não é um “bobão vai com os outros” que só faz o que lhe é solicitado. As melhores universidades como Harvard, Yale, Princeton, Columbia, Brown, Stanford e Dartmouth querem ensinar pessoas que vão cuidar do mundo do futuro, líderes que não só desejam fazer a diferença, mas já mostraram até então que não são de conversa mole e já fizeram coisas “especiais” para provar isso.

– Essay – E por último, o famoso “essay” ou o artigo sobre a sua vida. O essay tem o objetivo de contar para a equipe de seleção (admissions office) sua história e porque você quer fazer direito. O essay conta MUITO na seleção final e pinçagem dentre alunos “empatados”, então aqueles que possuem uma história comoventes ou são bons contadores de história, ganham a parada.

Isso é um pouco complicado na verdade para o aluno Brasileiro. O aluno Norte-Americano já nasce sabendo que se ele quer um dia entrar em direito, medicina ou odonto, ele vai precisar passar por esse processo seletivo. Os pais já preparam o terreno, já inscrevem os filhos em feiras de ciências, trabalhos voluntários, já vão incentivando a criança a tecer um currículo de destaque, antes mesmo que o jovem entre em seu primeiro curso superior, o college.

No Brasil, isso não existe, você faz um teste e lá está você estudando direito, odonto, medicina, arquitetura… Eu sinceramente, prefiro o modelo Brasileiro, é mais democrático, engloba qualquer um que se dê o trabalho de estudar e ralar um pouquinho, não importa o quanto a pessoa “vagabundeou” quando era mais jovem. Nos EUA, o jovem que relaxou em sua vida escolar está danado para o resto da vida. Ele nunca vai fazer um college decente e consequentemente, nunca vai ser aceito em uma grad school, como medicina e direito, de ponta. Suas opções se resumem a escolas “B” ou até mesmo “C”, a não ser que ele esteja disposto a começar tudo de novo.

Para o Brasileiro que já fez um curso superior e quer fazer direito nos EUA, é preciso determinar algumas coisas: qual foi seu desempenho médio no curso superior que você fez? Quais escolas especificamente você está pensando em se candidatar nos EUA? Você tem domínio completo e total (fluente e erudito) da língua inglesa? Você tem um histórico de vida (excluindo emprego formal) que mostre que você não é um “pacato cidadão”?!

A GRANDE vantagem de ser Brasileiro é que os EUA é um país ultra politicamente correto, cujas faculdades são cheias de cotas que eles devem preencher. Há cotas para mulheres, negros, as mais diversas etnias, incluindo “latinos” o que inclui os Brasileiros. Então Brasileiros sempre podem se beneficiar do fato de que podem furar a fila pegando uma vaga de cota, seja isso ético ou não… É claro que não é o aluno que escolhe isso, você é Brasileiro e isso você não pode mudar, então se tiver alguma cota para ser preenchida, você é candidato automático daquela cota e pronto, nada que você possa fazer…

Outro benefício de ser Brasileiro é que o Brasil é um “país de terceiro mundo” e nos olhos dos EUA, um “paisinho pobrezinho, coitadinho!” hehe (mas é verdade!). Você pode tirar vantagem disso, tecendo uma história em seu essay que conta sobre suas dificuldades para viver e estudar em uma pais tão “coitadinho” como o Brasil! Seus pais foram pobres? Ótimo! Você teve que trabalhar enquanto estudava? Excelente! Você ou alguém de sua família (pais e irmãos) enfrentou alguma doença muito séria como câncer? E por aí vai… Qualquer coisa que você possa contar (que seja verdade, é claro!) que mostre o quanto sua vida foi difícil e o quanto você se empenhou para chegar onde está mostra para a equipe de avaliação que você é uma pessoa “especial” e logo, digna de cursar a univerdade deles.

Isso me lembra muito a competição The Voice nos EUA! Cada candidato conta uma história de superação de alguma coisa difícil, bizarra ou chocante e em cada episódio, a edição nos lembra da “história” do participante, o tal fato difícil acaba sendo o que define a pessoa na competição. Na edição atual (enquanto estou escrevendo este artigo em 2014) um perdeu um olho em um jogo de paintball, outra perdeu o pai recentemente, outro trabalha na TSA (segurança dos aeroportos) e estava presente quando um aeroporto foi atacado por terroristas e um colega dele foi morto, e por aí vai. Os Americanos vão muito atrás disso, qual a sua história de superação de vida? O que aconteceu de tão f… na sua vida que te motivou a seguir o caminho que você seguiu? Um dos seus pais faleceu quando você era criança? Você sofreu um acidente sério de carro quando tinha 10 anos de idade? Gente, isso parece bizarro, mas qualquer coisa que você contar “pesa” pois a mentalidade do Americano gira em torno disso, a “superação de obstáculos” parece a coisa mais “encantadora” do mundo para eles. Se você contar uma história de como você é uma pessoa de sorte, nasceu em uma família de classe média, seus pais sempre foram muito encorajadores e sempre apoiaram seus estudos, você estudou em uma escola particular ótima e sempre teve amigos 10… Essa história é capaz de não garantia sua vaga nem em uma universidade “C”! Sad, but true!

Para entrar em direito então, você precisará de um currículo muito bom academicamente, mas melhor ainda em experiência de vida (ou comovente o suficiente!).

Se você já fez uma faculdade e seu desempenho não foi dos melhores, você pode considerar fazer outra até mesmo nos EUA, se preparando especificamente para o LSAT e para a entrada em direito, o que é bem comum. Cursos oferecidos por programas não-tradicionais em faculdades de ponta como Harvard Extension School e Columbia General Studies, são focados em preparar os alunos para entrar em cursos de graduação como direito e medicina. Muitos alunos na Columbia GS já possuem um diploma e estão cursando este curso, que é em sua maioria noturno para acomodar as necessidades de pessoas mais velhas, que já trabalham e possuem responsabilidades familiares, mas precisam lapidar seu currículo antes de tentar entrar em direito, medicina, odonto ou até mesmo um doutorado.

Se você ainda é bem jovem e ainda não terminou o ensino médio, mas tem olhos na faculdade de direito nos EUA, planeje bem seus próximos passos! Comece a se envolver com atividades sociais, voluntariado (até mesmo ajudar no asilo de velhinhos vale), comece uma empresa (um negócio na internet é uma boa) para mostrar senso empreendedor e principalmente, aprenda MUITO BEM inglês! O LSAT é um teste dificílimo que envolve principalmente o teste de quão boa é sua comunicação ERUDITA na língua inglesa! E veja que eu disse erudita! Se você não sabe o que essa palavra significa, tá aí um bom começo, vá procurar! Até mesmo os nativos Americanos têm dificuldade com essa prova, pois eles não têm vocabulário suficiente para compreender a linguagem e exigência do teste.

Agora um outro comentário: Brasileiro faz cursinho de inglês e acha que fala bem! Mas não é bem assim quando você precisa prestar um teste como o LSAT, que de todos os testes de escolas superiores, é o mais exigente na língua inglesa. Advogado precisa ser articulado e falar muito bem, usando “palavras difíceis” e dominando a arte de se comunicar. Se virar muito bem em viagens internacionais não é o suficiente! Para quem quer fazer direito nos Estados Unidos, o inglês precisa ser pra lá de fluente, pois fluentes todos os Americanos nativos são, não é mesmo?! Contudo, a maioria deles tira nota baixa no LSAT por causa do “inglês ruim”! Como eu disse, o nível precisa ser erudito, culto, você precisa ter domínio absoluto da gramática Inglesa, escrever MUITO BEM, e ter um nível de vocabulário que muitos Americanos “normais” não têm. Isso cursos de inglês não suprem, pois a professorinha não passaria nem no GRE, quanto mais no LSAT! (a maioria não passaria nem no inglês do SAT, equivalente ao ENEM!) Para isso, você precisará ser autodidata e estudar sozinho. Baixe livros piratas (em PDF) em sites de torrents, por exemplo, ou compre versões Kindle na Amazon. Há inúmeros livros digitais disponíveis (em inglês, é óbvio) para quem quer estudar para o LSAT e muitos com dicas extensivas para todo os outros elementos da aplicação para a faculdade de direito. Para quem prefere livros impressos, a Amazon envia os livros para o Brasil (mas é super caro!), por isso eu sempre indico digital mesmo que você encontra até de graça para baixar. O principal é você ter a proatividade de correr atrás de informação e ser autodidata para estudar sozinho (pois seus concorrentes com certeza estão fazendo justamente isso!). Busque mais informações nos sites de cada universidade que você está interessado – cada uma delas dá informações detalhadas de como funciona seu processo de avaliação e escolha dos alunos. Existem também diversos sites que oferecem simulados (muitos deles pagos!) do LSAT para você ter uma ideia de como se sairia no teste. Se você não tem iniciativa para fazer isso e correr atrás de informação, me desculpe, mas as chances de você entrar em direito nos EUA são perto de zero!

Se seu inglês não é dos melhores, eu recomendaria ir fazer intercâmbio de 1 ano nos EUA para estudar só a língua ou fazer um curso superior lá antes de tentar entrar em direito. Se não for um curso superior completo, que sejam aulas soltas em colleges ou faculdades que permitam isso como a Harvard Extension School. Nem tente entrar em direito sem um inglês absolutamente perfeito!

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101 comentários em “Como estudar direito nos EUA”

  1. Muito bom esse post! Esclareceu muito! mas só uma dúvida: todo esse processo é para o estudante conseguir uma “bolsa” ou esse processo todo é feito além do estudante pagar a universidade?
    Obg desde já.

    Responder
    • Olá Raquel,

      Nada disso tem a ver com bolsa. Todo o processo descrito é para o aluno entrar na universidade. Pra conseguir bolsa aí já é outra história…

      Abraço,

      Diego

      Responder
  2. Oi Diego, tudo bem?? Em primeiro lugar muito legal seu texto, suas informações. Mas gostaria de mais. Estou trancando meu curso de direito no Brasil, formaria no primeiro semestre de 2016. Quero ir embora do Brasil, já estou providenciando esse momento, e queria lhe perguntar algumas coisas, por favor.
    1 – O fato de eu ter feito alguns anos de Direito pode me ajudar a entrar em uma faculdade de Direito nos EUA?
    2 – Vc poderia me dizer se na Flórida tem alguma faculdade onde posso ter essa abertura?
    3 – Não tenho outro curso superior.
    4 – O que vc me diz?

    Obrigada

    Jacqueline Farias

    Responder
    • Olá Jaqueline,

      Provavelmente você teria que começar do zero e ainda por cima, teria que fazer outro curso superior primeiro, porque direito nos EUA é pós graduação, você não tem como entrar sem um bacharel. Além disso, como você deve ter visto no pouco que você já fez de direito, no Brasil usa-se o direito Romano (civil law) e nos EUA é common law, baseada em costumes e jurisprudência, ou seja, dois sistemas completamente diferentes. Você não poderia aproveitar nada do seu curso já feito lá.

      Se você tem condições de se mudar para os EUA, planeje fazer um college em uma área comum para estudantes que pretendem fazer direito no futuro como ciências políticas, antropologia, filosofia, letras, economia, sociologia, história, geografia e psicologia.

      Como você pode ver é uma lista bem eclética! E eu já vi gente aplicando para law school vindo das mais variadas faculdades como engenharia, física, química, matemática e literatura.

      O importante é escolher este curso, que eles chamam de “4 year degree” com base no que vai te preparar melhor para fazer o LSAT, que é super pesado em análise crítica (interpretação de texto e exposição analítica), raciocínio lógico e escrita em inglês.

      Lembre-se também que ser formado em direito nos EUA não a qualifica para exercer a profissão no Brasil (e vice-versa).

      Abraços,

      Diego

      Responder
  3. Olá Diego muito bom o seu texto! esclareceu muito, pois fui com meu filho a uma feira de Faculdades Americanas recentemente e é bem complexo o processo, principalmente, no caso dele que tentará conseguir uma bolsa através do esporte. Se puder tecer alguns comentários sobre isso, ou quem sabe um novo post…agradecemos.
    abs

    Responder
  4. Oi, Diego!
    Excelente texto! Entretanto, fiquei com algumas dúvidas:
    Primeiro, se eu cursar direito no Brasil e obter um boletim muito bom, eu posso me inscrever para pós-gradução (brasileira), que no caso é a graduação americana? Se sim, os valores das matérias que eu vou cursar giram em torno de quanto, considerando que não quero fazer Extension School e sim tentar pelo caminho mais “concorrido”? Segundo, em que seção do site de Harvard está indicada a empresa de confiança que traduz documentos?
    Muito obrigada! Todas as informações dadas foram de enorme ajuda.

    Responder
    • Olá Julia,

      Qual faculdade exatamente você pretende fazer? Muita coisa depende dessa definição. Você menciona Harvard, mas QUAL escola de Harvard? Se for a Law School, não há necessidade de fazer direito no Brasil e depois aplicar para fazer direito nos EUA (você pode nem sequer ser aceita no curso, pois considera-se que você já fez law school em outro país). É bom ter em mente que só um “boletim” com boas notas não é suficiente para entrar na “grad school”. Precisa ter um currículo muito bom de atividades extra-curriculares também. De qualquer forma, você descobre o quanto sai o curso que você quer fazer na própria página da univerdade. Não posso te dar um valor, pois isso varia muito de uma instituição para outra. Procure na página da instituição que você está interessada na seção de “tuition”. Veja que essa coisa de pagar “por matéria” só ocorre no College. Grad school não tem isso. A Harvard Extension é uma exceção, na verdade, pois só community colleges aceitam inscrição por matéria. A Harvard Law School definitivamente não aceita. Você tem que pagar 100% do valor da tuition por ano à vista. Para estrangeiros, as melhores escolas chegam a 80 mil dólares por ano (às vezes mais), que não pode ser parcelado nem pago por mês. Tem que ver em tuition para “out of state” para descobrir o valor que você pagaria.

      Para detalhes sobre o que cada escola exige, a empresa para fazer a tradução, etc., veja na seção de “admissions” ou “prospective students”. Cada escola de Harvard (e demais instituições) possuem suas próprias regras.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  5. Olá gostaria de tirar um dúvida,teria como eu fazer faculdade de direito no Brasil e ir para os Estados Unidos para morar,fazer uma especialização ou algo do tipo no direito do país e exercer a profissão de advogada?Obrigada desde já aguardo uma resposta

    Responder
    • Olá Marcella,

      Direito é uma das profissões que é complicado fazer no Brasil e depois ir para os EUA querer trabalhar lá pois a base do direito no Brasil é o direito Romano e nos EUA é a “common law” britânica, dois sistemas COMPLETAMENTE diferentes. Se você quer futuramente morar nos EUA e esse é o seu objetivo maior, é melhor escolher outro curso ou fazer uma faculdade no Brasil que lhe permita entrar em direito nos EUA (que é pós graduação, não é uma “faculdade”). Agora, você tem que ter um plano que defina como exatamente você morar nos EUA. Isso é mais importante do que planejar ir simplesmente fazer uma especialização (em qualquer coisa) pois depois desse período você não poderia ficar morando no país.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  6. Oi Diego,
    Otimo texto! Entretanto fiquei com algumas duvidas, estou no 3 ano do ensino medio e nao sei qual seria o melhor caminho a seguir, fazer a graduacao aqui ou tentar um college la fora. Como voce disse, nao tenho um curriculo tao perfeito como o de americanos, mas sou formada em 2 cursos de ingles e sou volundaria em alguns projetos. Sempre fui aluna exemplar mas creio que nao no nivel esperado.. Acredita que tenho uma maior chance comecando o undergraduate la for ou comeco por uma publica aqui e tento o LSAT depois de formada?

    Responder
    • Olá Jessica,

      Tanto faz na realidade. Se você não tem ótimas notas no ensino médio, você provavelmente não conseguiria entrar em um college agora, teria que fazer a graduação no Brasil e depois tentar entrar em direito.

      Para direito, fazer o college nos EUA não é tão fundamental como seria em medicina, por exemplo. O fato de você ter feito 2 cursos de inglês não significa nada, tudo o que será avaliado nesse sentido será sua nota do TOELF. Se você fez curso ou aprendeu inglês sozinha, não faria qualquer diferença.

      Para entrar posteriormente em direito, suas notas do ensino médio não importam (ninguém vai olhar, na verdade). O que importa são as notas da graduação e qual curso você escolher fazer. Se é em federal ou particular, do ponto de vista de um comitê de admissão nos EUA, tanto faz. Os Brasileiros acham que as univerdades federais são conhecidas no exterior, mas não são. Tirando USP, Unicamp e ITA, o resto é colocado “tudo dentro do mesmo saco”, principalmente nos EUA, onde os comitês costumam discriminar muito contra qualquer instituição estrangeira, mesmo em países de primeiro mundo como Alemanha e Holanda. Mas isso, contudo, não a impediria de entrar em direito, pois estrangeiro “preenche cotas”.

      O mais importante seriam as suas notas na graduação, o perfil do curso escolhido perante o curso de direito e o voluntariado que você fizer a partir da entrada no curso superior. Nenhum comitê de admissão (em nenhum curso) considera atividades extracurriculares feitas no ensino médio ou antes, então tudo o que você fez até agora não vai valer nada na aplicação para direito. esse voluntariado precisa ser desde envolvimento com clubes, mostrando liderança em atividades como organização de eventos filantrópicos até estágios em organizações que lidam com leis e direito.

      Abraços,

      Diego

      Responder
      • Oi Diego,
        Muito obrigada por seu comentario, foi super esclarecedor! Se, por acaso, decidir fazer os dois (college e law school) no exterior qual deve ser o melhor procedimento? Contratar uma agencia ou tentar por conta propria? Outra duvida, se nao conseguir entrar e prosseguir com a graducao em direito no Brasil, nao interferiria na entrada de uma law school no exterior, certo? Seria considerado como um undergraduate? Mais uma vez agradeco pela atencao! Beijos

        Responder
        • Olá Jessica,

          Faça tudo sozinha, NUNCA pague uma agência! Esses caras só tiram proveito, mentem, pedem dinheiro para coisas que não custam nada, enfim, exploram até não poder mais quando na realidade, se você se der o trabalho de se informar na própria página da instituição que você quer entrar e em alguns foruns na web, você descobre como fazer tudo sozinha.

          Há vários foruns de estudantes pré-college, o mais famoso deles é o College Confidential (procure no Google esse nome que você vai achar o site). Você soluciona inúmeras dúvidas só lendo as perguntas já respondidas.

          A página das instituições em que você está interessada lhe informará todos os procedimentos que elas exigem, que testes tem que fazer, qual instituição tem que traduzir o diploma e histórico de ensino médio e demais documentos, enfim, geralmente tudo o que você precisa você encontra na seção ‘ADMISSIONS’ do site da universidade.

          Quanto a fazer direito no Brasil e depois querer fazer law school, eu não sei te responder isso com certeza, pois essa não é a minha área. Acredito que você possa encontrar uma resposta mais satisfatória em um fórum com o College Confidential e mesmo fazer a sua própria pergunta para que os participantes te ajudem.

          Uma coisa a manter em mente é que tudo é avaliado individualmente na entrada da graduate school. Você terá que fazer uma entrevista individual com um membro do comitê e a pergunta fatídica sempre ocorre: por que você quer fazer direito e por que nesta instituição.

          Respostinhas clichês te eliminam na hora! Então se você fizer direito, você precisará justificar com muita lógica o motivo de querer fazer o mesmo curso de novo em outro país. Responder que você quer viver e trabalhar nos EUA pode ser perigoso se você não tem visto de permanência (Green Card), pois o entrevistador estará vendo que você está fazendo uma aposta muito alta: não tem autorização para trabalhar e morar no país e está fazendo um curso acadêmico na esperança de conseguir essa autorização depois de formada. Por mais simples que isso pareça do nosso ponto de vista de Brasileiro, os Americanos olham para esse tipo de “estratégia” com muita descofiança. Então é bom estudar bem como você vai estruturar esse seu caminho para você não acabar caindo em uma armadilha futuramente, depois de já ter dedicado anos tentando chegar lá.

          Abraços,

          Diego

          Responder
  7. Olá diego , muito bom a sua explicação. Tenho algumas perguntas a fazer.
    Olha estou nos eua e pretendo fazer o law school , e ja informei e eles me disseram que primeiro tenho k fazer um qualquer curso e mensionaram o pre-law . O que você acha sobre isso ???
    E se eu fizer pre-law e depois law school posso ser FBI ????
    Obrigado ???

    Responder
    • Olá Carlos,

      “pre-law” é apenas um nome do conjunto de possíveis colleges que alunos que querem fazer direito costumam fazer. O mais comum é ciências políticas, mas também vejo bastante “pre-laws” fazendo sociologia, filosofia e letras (inglês). Quanto ao FBI, você não precisa fazer law school para trabalhar no FBI, precisa ser cidadão americano (você não mencionou se é ou não) e ter “4-year college” em qualquer curso. Se você nasceu no Brasil, mesmo tendo cidadania Americana, é muito difícil conseguir um emprego no FBI/CIA/NSA.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  8. Ola Diego, boa tarde. Meu nome é Larissa e eu sou academica de direito. Atualmente escrevo um artigo sobre estudantes internacionais, e preciso por algumas citaçoes neste artigo em desenvolvimento. Gostei de alguns trechos contidos no texto a cima. Gostaria de sabes se posso ta utilizando eles, e se voce tem algum livro ou algum estudo na area para que eu possa anexar junto ao artigo. Aguardo sua resposta.
    Atenciosamente,

    Responder
    • Olá Larissa,

      Você pode usar trechos do artigo sim. Só peço que, por favor, cite o endereço do site como fonte da informação. Infelizmente não conheço nenhum livro ou estudo específico para te indicar.

      Boa sorte com o artigo!

      Abraços,

      Diego

      Responder
  9. Olá Diego, Boa tarde!
    Adorei o seu artigo, foi realmente muito esclarecedor em vários aspectos nos quais eu estava co muita dúvida, porém, tenho algumas perguntas:
    1- Ainda estou no ensino médio e vem desde pequena a vontade de estudar fora, porém só agora vejo que não é muito simples, principalmente Direito. A pergunta é a seguinte; Para que eu curse Direito nos Eua, é necessário que faça outra faculdade aqui no Brasil, não é isso? Se sim, essa outra faculdade poderia ser o próprio Direito?
    2- Há alguma possibilidade de que eu faça a faculdade aqui no Brasil mesmo e depois de concluir vá morar nos Eua e trabalhar nesta área? Há algum curso de especialização para isso, no qual eu estudaria o Common Law especificamente?
    Agradeço desde já

    Responder
    • Olá Stephanie,

      Você deve saber que direito no Brasil é completamente diferente do direito nos EUA. Por esse motivo, você fazer uma falculdade de direito no Brasil é a mesma coisa que nada se você se mudar para os EUA. Você não vai poder fazer um cursinho qualquer de “common law” para poder praticar no país. Você precisará fazer a law school propriamente dita. A faculdade primária que você faz não importa muito, eu conheço gente que fez matemática, biologia, antropologia e depois foi para a law school. Os Americanos não dão a mínima para o college (a faculdade que a pessoa faz saindo do ensino médio), qualquer coisa que você faça está bom, desde que você tenha excelentes notas e desenvolva bons relacionamentos com seus professores que poderão escrever cartas de recomendação para você entrar na law school (absolutamente necessárias e relevantes).

      Se você quiser fazer direito no Brasil, faça, até porque, se essa ideia de você ir para os EUA não der certo (você não pode simplesmente se mudar para cá e trabalhar quando quiser) você já está na área que você quer. Mas mantendo em mente que seu curso de 5 anos no Brasil não terá qualquer valor aqui, será simplesmente um diploma de bacharel como qualquer outro, em qualquer área.

      Se seus planos estão firmes na ideia de fazer law school nos EUA, é importante desde já ir pensando em como você vai pagar a faculdade. Os Americanos que fazem direito, praticamente 100%, pegam financiamento estudantil, pois o valor da faculdade é exorbitante, podendo chegar a 150.000 dólares pelos 3 anos de curso. Como estrangeira você não qualifica nem para financiamento, nem para bolsas, então você teria que desembolsar esse valor do próprio bolso e sem poder trabalhar, pois estrangeiros não podem trabalhar aqui sem visto apropriado e o ritmo da law school não permite de qualquer forma que a pessoa possa trabalhar e estudar, como é de praxe no Brasil. Estudante nos EUA geralmente não trabalha!

      É importante levantar todos esses detalhezinhos antes de começar a sonhar alto demais sem muita noção de como as coisas funcionam. Você tem bastante tempo para se programar, o que é bom. Por isso, pesquise bastante em sites, foruns de discussão e vá montando seu caminho das pedras. É possível, mas não é tão simples quanto simplesmente se formar no Brasil, fazer as malas, chrgar na terra do Tio Sam e começar a viver o sonho Americano! A burocracia do mundo em que a gente vive torna esse processo um campo minado!

      Abraços,

      Diego

      Responder
  10. Olá, boa tarde

    Belo texto, obrigrado pelas explicaçoes Diego . No meu caso eu jogo futebol americano, isso ajuda em algo ou sai na msm? Esse ajudar como?

    Responder
    • Olá Bruno,

      Pode ajudar, mas simplesmente praticar o esporte não quer dizer nada. O coach do time de futebol Americano de alguma faculdade (ou olheiro) teria que te escolher para jogar pela instituição. Os alunos recebem bolsa não porque jogam, mas porque representam o time da escola. Isso só ocorreria se você estivesse fazendo high school nos EUA, que é onde esses olheiros vão procurar os atletas para seus times. Simplesmente ser um atleta não quer dizer nada, a não ser que você tenha tido destaque olímpico ou algo assim muito espetacular, aí não é uma questão de jogar pela escola, mas de entrar como “pessoa especial”.

      Abraços,

      Diego

      Responder
        • Olá Bruno,

          Sim, é possível. Já vi casos de estrangeiros que foram encontrados por esses olheiros de várias formas. Você provavelmente sabe mais sobre isso que eu! Mas veja só, não sei qual o seu plano, você deixou esse comentário no artigo sobre estudar direito nos EUA. Nada disso se aplica à faculdade de direito, você sabe disso, né? Esportes é coisa de college e direito é pós graduação, não tem esportes na faculdade de direito.

          Abraços,

          Diego

          Responder
    • Olá Erasmo,

      Sim, porque a faculdade de direito é uma “pós graduação”, então qualquer aluno precisa já ter uma formação superior para poder entrar em direito. Já ter uma formação no Brasil não coloca o aluno em nenhuma posição de vantagem, já que todos os outros candidatos também são já formados em alguma coisa. Todos os outros passos como prestar o LSAT (vestibular de direito), montar um currículo de atividades de voluntariado, trabalhar na área por alguns anos, etc., são condição obrigatória para se candidatar a uma vaga em qualquer faculdade de direito nos EUA.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  11. Diego,

    Parabéns pelo post. Simplesmente maravilhoso, muito esclarecedor.

    Sou formada em Direito e advogada atuante há 15 anos no Brasil. Você menciona que tanto a formação em Direito, bem como o exercício da advocacia no Brasil são irrelevantes perante o processo de admissão na Grad School, e tão pouco habilitam o exercício da profissão nos EUA.
    Bem, já não sou mais tão jovem, hoje tenho 37 anos, e literalmente recomeçar à essa altura é uma “aventura” e tanto. Mas, pensar no futuro do meu filho, em melhores oportunidades para ele, sem sombra de dúvida é um fator impulsionador a enfrentar qualquer desafio, razão pela qual meu esposo e eu estamos praticamente decididos a sair do país e constituir residência nos EUA ou Alemanha (mais propensos aos EUA devido ao idioma).

    Bem, da leitura do seu post e comentários que fez às perguntas de outras pessoas, surgiram outras dúvidas:

    a) Além da necessidade de cursar Direito nos EUA, há também uma prova similar à que temos aqui no Brasil para a OAB? Se sim, ela tem validade nacional ou é necessário fazer provas distintas nos Estados em que se pretende atuar?

    b) Partindo da premissa que não possuo o invejável histórico de 3,7 na graduação. Porém, fui estagiária concursada da Magistratura de São Paulo, tendo exercido a função durante 2 anos junto aos juízos de 1ª instância, e facilmente posso obter carta de recomendação dos juízes com os quais trabalhei, bem como de professores. Você acredita que isso pode ser considerado um diferencial no currículo a ponto de viabilizar o ingresso no curso?

    c) Como eu disse acima, meu objetivo é constituir residência nos EUA e obviamente trabalhar, principalmente para que meu filho cresça numa outra realidade de mundo e possibilidades. Possuo visto Negócios/Turismo. Li um comentário seu em alguma das respostas anteriores que geralmente é visto com “olhos tortos” tecer esse comentário em uma eventual entrevista de admissão na Grad School para quem não possui o Green Card. Pela sua experiência, o que você sugeriria então que fosse mencionado?

    d) Quantos anos são necessários para a graduação em Direito nos EUA?

    e) Não sei se você é profissional da área e, se sim, se atua como tal aí nos EUA, mas sabe me dizer como são “vistos”, quais as oportunidades, para profissionais estrangeiros?

    f) Sendo absolutamente sincero, a minha idade, hoje 37, e considerando na melhor hipótese estar com 40 e poucos até a conclusão da Grad School. Você me aconselharia: Desiste, muito velha para ser advogada nos EUA…. vai trabalhar com qualquer outra coisa! Ou, a idade não importa tanto, não se prenda nisso, preocupe-se mais com o inglês perfeito.

    Desde já, muitíssimo obrigada!
    Grande abraço.
    Cinthia

    Responder
    • Olá Cinthia,

      Acho que sua situação é muito promissora e que você tem changes sim de realizar o que deseja. A law school é apenas 3 anos, então é uma dedicação “compacta” para o que você pode obter em retorno.

      Quanto mais “longe” a gente está da nossa formação universitária, menos ela importa em um processo seletivo. Seu GPA não vai pesar contra você. Sua experiência e o fato de você já ter atuado no ramo vão contar muito a favor.

      37 anos não é uma idade avançada para direito. Seria para medicina, mas direito, nós vemos gente de 45, 50 anos na law school o tempo todo.

      1. Há sim uma prova muitíssimo similar à OAB. Bem lembrado! Devo inserir isso no artigo. É o chamado “BAR”. Cada estado tem um, mas você pode prestar o UBE que é o “Unified Bar Examination” e lhe dá direito a praticar em vários estados (mas não em todos). Aos poucos, os demais estados estão aderindo ao UBE, que é relativamente novo.

      2. Sim, as cartas de recomendação de juízes serão verdadeiro ouro em sua aplicação! Como eu disse, seu histórico (GPA) nessas alturas já não vai mais pesar contra você.

      3. A Law School lhe dará visto de estudante. Após a conclusão do curso, você obterá um emprego que lhe dará visto H1B. Com esse visto de trabalho, em alguns anos você pode aplicar para o Green Card.

      4. A Law School é 3 anos, mas talvez você precise fazer pelo 1 ano de curso preparatório para o LSAT (vestibular de direito) e também para demonstrar em sua aplicação que você tem gabarito acadêmico para seguir o currículo denso da law school.

      5. As oportunidades para estrangeiros dependem muito da área. Com diploma de direito de uma escola boa, você não teria qualquer problema para conseguir emprego. Todos os empregos, nesse caso, lhe dariam o visto de permanência (eles não teriam como te contratar sem).

      6. Você ainda é nova, acho que outras pessoas já te disseram isso, não?! A vida não termina aos 40! Para essa carreira você ainda tem chão pela frente. Algumas escolas de direito e empresas podem exercer algum preconceito, principalmente as escolas top, mas isso não é tão generalizado como seria em outras carreiras.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  12. Olá Diego,

    Quanto ao seu post: achei maravilhoso!! Você pode me esclarecer algumas coisas?
    Vamos lá, curso Direito no Brasil e estou indo para a quinta fase. No próximo ano, estarei indo para um intercâmbio de 1 ano como Au pair nos Eua, motivo: aperfeiçoar meu inglês.
    É muito difícil conseguir uma bolsa de estudos? Tenho cartas de recomendação do presidente do TJSC, desembargadores, juízes e obtive, até hoje, bons relacionamentos com professores, o que me possibilita uma carta de recomendação deles também.
    Porém, minhas condições não são lá essas coisas, existe possibilidade ganhar uma bolsa numa universidade dessas?

    Responder
    • Olá Rhaissa,

      Direito no Brasil e nos EUA, como você deve saber, são completamente diferentes. Você deve ter uma boa razão para querer fazer direito nos EUA, se é isso o que você quer fazer (não ficou claro em seu comentário que curso exatamente você tem intenção de fazer).

      Bolsas são dadas em sua maioria para Americanos somente (ou portadores de Green Card), mas são ainda mais raras na “graduate school” (medicina, direito, odonto, etc.). A escola precisa ter um motivo muito especial para dar uma bolsa na graduate school e geralmente as bolsas são parciais, mal cobrem os custos da escola em si, não pagam nada do custo do vida. Estrangeiros não recebem bolsas, quando muito, ganham bolsas no college quando são muito “especiais” (medalhistas olímpicos, alunos excepcionais, etc.). Na graduate school isso é raro.

      Muitos Brasileiros se beneficiam de mestrados ou doutorados sanduíches para estudar no exterior, aí sim com bolsa do governo Brasileiro. Fazer o curso todo com bolsa, também só do país onde você tem cidadania.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  13. Achei muito bom o texto, me tirou várias dúvidas. Mas não entendi uma coisa: Eu saindo do ensino médio agora (em 2016), eu posso fazer a prova do SAT para cursar o college nos EUA? E depois que terminar o college, faço a prova LSAT para entrar em direito?

    Responder
    • Olá Mateus,

      Sim, está correto. O SAT é para o college e o LSAT é para a escola de direito. Contudo, é muito importante compreender que esses testes são apenas uma pequena parte do processo seletivo e não garantem entrada em nenhuma universidade. O processo de seleção nos EUA é “holístico”. Eles avaliam sua vida toda em diversos pontos que devem montar um currículo que mostre que você é um bom candidato.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  14. Olá Diego,
    Gostei muito do teu texto,esclareceu vários pontos.Mas eu gostaria de saber se um brasileiro estudou Direito em Columbia-NY,ele precisa ter o registro na OAB? Eu procurei e não encontrei o registro dessa pessoa .Obrigada.

    Maria

    Responder
    • Olá Maria,

      Você não disse se essa pessoa pratica direito nos EUA ou no Brasil. OAB é um registro necessário para advogar no Brasil, independente de onde a pessoa fez faculdade de direito. Poderia ter feito na China… Se o cara é brasileiro, mas fez faculdade e pratica nos EUA, ele não precisa de OAB.

      Abraço,

      Diego

      Responder
      • Olá Diego,
        Gostei muito do teu texto,esclareceu vários pontos.Mas eu gostaria de saber se um brasileiro estudou Direito em Columbia-NY,ele precisa ter o registro na OAB? Eu procurei e não encontrei o registro dessa pessoa .Obrigada.

        Maria
        Ele é brasileiro e fez Direito em Columbia mas exerce a profissão no Brasil.

        Responder
        • hahaha, olha, pra mim esse cara está mentindo pra você! Jogue um verde, pergunte do nada em que mais ele é formado além de direito. Se ele não “entender” a pergunta ou disser que não é formado em nada mais, ele está mentindo, pois como o Diego falou, não se entra em direito nos EUA sem ter um diploma universitário, direito lá não é que nem no Brasil, a pessoa não pode entrar direito do ensino médio, precisa já ser formada. Então se ele fez mesmo Columbia, ele deve ter outro diploma. Se ele está mentindo, ele provavelmente nem sabe disso e não vai entender a sua pergunta. Faça outras perguntas também do tipo, como foi o processo seletivo da Columbia, que teste ele precisou fazer. Se ele está falando a verdade, ele deve saber que o processo seletivo envolve prestar o teste LSAT, ir pessoalmente para uma entrevista na própria faculdade, ter feito trabalho voluntário na área de direito, assim como ter já trabalho em escritório de advocacia. Se ele não sabe nada disso ou se falar coisas não muito claras sem esses “detalhes”, desmascare ele.

          Eu tive um “rolo” com um cara que me disse que tinha feito medicina em Harvard, olha só! Ele na verdade era auxiliar de enfermagem em um hospital! Achou que eu era idiota e que não saberia que para fazer medicina nos EUA, é preciso também ter feito curso superior e ele, com 23 anos, jamais poderia ser formado em medicina em Harvard.

          Responder
          • Obrigada Mariana,
            É justamente por isso,por não ser passada p/ trás que estou tentando informações concretas sobre a pessoa,também já passei por outras situações mentirosas.
            Eu odeio que me façam de débil mental,que sebestimem minha inteligência.E quanto a perguntar mais coisas p/ ele não tenho mais contato com ele.

            Maria

    • Olá Maria,

      Nem todo advogado tem OAB. Se a pessoa não passa no teste da ordem, ela pode trabalhar em diversas áreas do direito, ela só não pode advogar. Há pessoas que demoram anos para passar na OAB e até lá elas trabalham no que podem trabalhar sem o registro.

      Contudo, não sei as circunstâncias em que você está perguntando, mas considere também que essa pessoa simplesmente está mentindo para você… Para entrar em direito na Columbia, a pessoa precisa já ter uma formação acadêmica, pois cursos como direito nos EUA são considerados pós graduação. Para ser formado em direito nos EUA, ele precisa ter no mínimo 25 anos, já que a idade de formação no primeiro bacharel é 22 e direito nos EUA leva 3 anos. Se ele é mais novo ou não tem outro curso superior, ele está mentindo.

      Abraços,

      Diego

      Responder
      • Obrigada Diego,ele tem 48 anos e vai para Nova York desde pequeno com os pais,ele é advogado,já me informei disso,só acho estranho não constar na OAB,me disseram que a partir de tal ano é que passaram a exigir a prova da ordem que antes não precisava,isso procede?
        Não descarto a possibilidade de ser tudo mentira mas acho difícil pelas colocações dele,pela argumentação.

        Maria

        Responder
        • Você pode também entrar em contato com a própria Columbia University no email do departamento de ex-alunos: alumni@columbia.edu e perguntar se a pessoa com “nome completo tal” se graduou realmente na law school.

          Me desculpe, mas pelo que segui aqui no blog sobre essa história, me parece papo furado…

          Responder
        • Olá Maria,

          A prova da OAB começou a ser exigida em 1996, contudo, o registro sempre existiu. Se você não encontra ele no registro, ele não é advogado ou você está digitando o nome dele incompleto ou incorretamente.

          De qualquer forma, como eu disse antes, para tirar a “prova real”, basta perguntar “que outro curso superior ele tem” e que prova ele fez para entrar em direito na Columbia. Ele só poderia ter feito direito lá se já tivesse um diploma universitário e teria feito a prova chamada LSAT. Se ele não sabe disso, ele não vai saber te dizer…

          Abraços,

          Diego

          Responder
  15. Bom dia Diego,
    excelente o seu artigo, muito esclarecedor. Tenho algumas dúvidas, se você puder me responder ficarei agradecido. Eu sou formando em Direito no Brasil, trabalhei no Ministério Público, área jurídica do Departamento de Trânsito e Ministério da Fazenda, isso conta em alguma coisa? Esse “processo de seleção” serve tanto para as universidades particulares quanto para as públicas? Nas universidades públicas fiquei sabendo que existe as de taxas de anuidade ( as quais nos Estados Unidos, elas são cobradas mesmo nas universidades públicas), moradia e alimentação. Essas taxas são somente para os alunos que residem na universidade ou não?

    Marcelo

    Responder
    • Olá Marcelo,

      Sua experiência conta sim, mas é apenas parte do processo seletivo. Além da experiência profissional em si, você deve ter experiência de voluntariado também para competir em escolas melhores. O processo de seleção é o mesmo para todas as univerdades, mas é claro que as mais seletivas como Harvard e Yale exigem mais sofisticação por parte do candidato, enquanto escolas públicas como a Indiana University aceitam praticamente todo mundo que aplica, desde que preenham os pré-requisitos básicos.

      Não existe escola pública gratuita nos EUA, como existe no Brasil. Todas as universidades são pagas e os custos não se restringem ao custo de moradia e demais despesas para os alunos que moram nos dormitórios. Alunos estrangeiros pagam mais do que o dobro de anuidade, mesmo nas univerdades públicas. O custo de cada escola está sempre nos websites das mesmas e se chama “cost of attendance”. Para verificar o preço que você pagaria, você tem que procurar informações para alunos “out-of-state”. Ainda, algumas escolas possuem preços diferenciados para “out-of-state” e “foreign nationals”. Fique atento a essas diferenças ao olhar os valores.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  16. Olá

    Muito obrigado pelo artigo.

    Tenho uma dúvida: curso direito no Brasil e após isso gostaria de aplicar para uma universidade americana e trabalhar e viver nos EUA. Tendo o dinheiro necessário, teria algum outro obstáculo?

    Eu sei que as bases do direito americano são muito diferentes do nosso, mas mesmo assim gostaria de ir para lá e começar uma nova vida, isso é possível?

    PS: não posso trocar de curso.

    Responder
    • Olá Julio,

      A dificuldade é que apenas ter dinheiro não é suficiente. Uma pessoa não pode simplesmente ir morar nos EUA, mesmo que tenha condições financeiras para tanto. É claro que com “muito” dinheiro, se consegue tudo (no caso, o visto de investidor).

      Você pode aplicar para uma graduate school, já que terá um curso superior. Pode ser direito, que é só 3 anos. Nesse caso, fica mais fácil você conseguir ser contratado para trabalhar na área jurídica. Seu diploma Brasileiro ajudaria a conseguir um trabalho em uma empresa que lide com a America Latina, por exemplo. Não é fácil para empresas Americanas conseguirem advogados formados nos EUA, que também tenham diploma em direito de outro país. Durante o curso, você teria visto de estudante, mas depois, sua estadia ficaria condicionada à sua contratação por uma empresa que possa aplicar para o visto H1B (visto de trabalho). Se você perdesse o emprego, precisaria pegar outro nas mesmas condições rapidamente para que possa manter o visto. No longo prazo, você pegaria um Green Card, que depois de certo tempo, se tornaria incondicional (não mais ligado ao trabalho). Nesse ponto, você pode ficar nos EUA sem se preocupar com visto e após outro período, pode aplicar para cidadania.

      Abraços,

      Diego

      Responder
      • Entendi!

        Diego, muito obrigado pela resposta! Você é muito atencioso e prestativo, de verdade.

        O que eu gostaria na verdade é após me formar no Brasil cursar direito nos EUA e atuar em uma empresa americana como se fosse um advogado de lá mesmo, entende? Sera que é muito difícil conseguir emprego já que irei competir contra americanos “nativos”? Eles vêem com preconceito? Gostaria mais precisamente de ir para Nova York e conseguir emprego em algum escritório de advocacia de lá.

        Outra dúvida: você sabe quanto tempo após se formar tem para conseguir algum emprego na área?

        Abração!

        Responder
        • Olá Julio,

          A sua carta na manga será seu diploma brasileiro. Esse é seu diferencial contra a concorrência dos nativos americanos. Escritórios de advocacia que lidem com casos internacionais, principalmente na America Latina, podem ter maior interesse em contratar uma pessoa que tenha 2 diplomas de direito, um com ênfase em common law e outro com ênfase em direito romano. Isso pode ajudar inclusive em empresas que lidam com países como a Itália. Quanto aos detalhes de tempo para conseguir emprego ou nível de preconceito, eu realmente não sei porque eu não trabalho nesta área. Mas assumo que apesar de qualquer eventual preconceito, existe uma necessidade de profissionais que conheçam a língua, o mercado, e as leis de países cuja empresa ou escritório mantém relações. Nesse caso, você definitivamente tem um diferencial.

          Abraços,

          Diego

          Responder
        • O Diego está certo. Há uma grande vantagem competitiva em ter 2 diplomas de direito, um que se foca no direito praticado nnos EUA e Inglaterra e outro no direito dos países da America Latina e “Europa Latina”. Muitos bacharéis de direito vão para os EUA e querem conseguir emprego com seus diplomas brasileiros, mas não conseguem. Não se dão o trabalho de cursar a law school, que é só 3 anos. É como se fosse uma pós e eu vou te dizer, é bem fácil, comparando-se com direito no Brasil. Com esse duplo diploma, você terá a faca e o queijo na mão. E o bom é que você tem dinheiro para se sustentar lá enquanto faz o curso. Não se preocupe muito com a reputação da escola, não tente entrar em Harvard ou Yale. Em direito, a reputação da escola importa muito pouco, simplesmente faça o curso.

          Há muitos escritórios de advocacia em NY que contratam advogados que conhecem as leis de outros países. Torço para você! 🙂

          Carolina

          Responder
  17. Oi gostaria de saber como devo proceder para conseguir uma bolsa de direito EUA . Entende , como email ou site que devo enviar os documentos e que documentos devo enviar?

    Responder
    • Olá Sabrina,

      Eu não tenho esse tipo de informação. Procure no Google e entre em contato diretamente com pessoas que falem sobre bolsas, não sobre “estudar” direito nos EUA, como este artigo. Pelo que eu saiba existem programas do governo Brasileiro que dão bolsas desse tipo, mas eu tenho zero conhecimento sobre isso.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  18. Olá Diogo,

    Estou maravilhado com seu post, simplesmente magnífico!
    No entanto, estou com uma dúvida pertinente. Sou estudante do segundo (2º) grau do ensino médio, e quero fazer Direito nos EUA a (Law School), sei que lá não é uma faculdade e sim uma especialização. Gostaria de saber se é melhor eu fazer um college aqui de 2 anos, ou fazer lá de ” Ciências Políticas ” que é 1 ano, pelo menos já estou treinando mais um pouco o Inglês para a prova LSAT?

    Desde já,
    agradeço.

    Lucas Aquino

    Responder
    • Olá Lucas,

      Não entendi quando você diz “college de 2 anos”… College é 4 anos, é por isso que é também chamado de “4-year degree”. Para entrar na Law School, você precisa de um diploma de bacharel, ou seja, o que é equivalente no Brasil a uma faculdade propriamente dita de 4 ou 5 anos. Se você fizer um curso de 2 anos, você não qualifica para entrar na faculdade de direito. Ciências políticas é um college normal de 4 anos. É uma concentração (major) de college. Se você viu um curso que dura apenas 1 ano, isso não é válido como college. Se você viu isso, talvez seja uma especialização ou matéria solta (não a faculdade em si). De qualquer forma, se você fizer menos de 4 anos de qualquer curso, você dificilmente conseguiria entrar na law school. Alguns gênios conseguem fazer o college em 2.5 ou 3 anos, mas estudando o dia todo e acelerando matérias que os colegas estão fazendo em 4 anos. O conteúdo, entretanto, deve ser o mesmo de um 4-year degree.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  19. Olá,Diego.Primeiramente,parabenizo-o pelo site que é muito esclarecedor,profissional e profundo.Com toda a certeza,faz a diferença.
    Faço Direito na UFMG,estou no segundo período e desde já quero traçar o meu rumo de forma a ter uma passagem por Harvard,seja na Grad School ou em um mestrado a fim de enriquecer o meu currículo para trabalhar aqui mesmo no Brasil.Meu ponto forte sempre foi ser estudioso,com notas perfeitas,boa retórica e ter bom relacionamento com quem convivo,além de espírito de liderança que é muita coisa para o Brasil e muito pouco para Harvard.Dado isso:
    1)O que é melhor para o meu caso:a Grad School ou o mestrado?
    2)O que devo fazer,a partir de hoje,para ter uma chance de atingir esse objetivo?Digo,o que você buscaria fazer se fosse você na minha situação?Muito obrigado.

    Responder
    • Olá Gabriel,

      Acho que você ainda nao entendeu bem o esquema do ensino superior americano! Mestrado É grad school! Grad school engloba tudo o que não é mera pós graduação (cursinhos que só dão certificado) e não é mais college (undergratuate school).

      Portanto, mestrado, doutorado, medicina, psicologia, direito, MBA, tudo isso é “grad school”. O principal a fazer se você quer fazer qualquer grad school é se empenhar ao máximo em pesquisa científica. Você simplesmente não entra em Harvard sem ter já publicado artigos científicos em journals de peso e participado ativamente de pesquisas em laboratórios e ambientes acadêmicos. Outro ponto, dependendo de qual curso exatamente você pretende fazer, você precisará de muito trabalho voluntário na área.

      Contudo, se você só quer enriquecer seu currículo, faça Harvard Extension School. Grad school é uma viagem, é um investimento de tempo e esforços que pode durar até 9, 10 anos e só para quem quer seguir carreira acadêmica (fora os cursos profissionalizantes como direito e medicina). A Harvard Extension, contudo, oferece mestrado e pós, para quem trabalha e só quer enriquecer o currículo, sem todo o investimento pesado em pesquisa científica.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  20. Oi Diogo,

    Agradeço pelo post detalhado e esclarecedor. Se puder, gostaria que me ajudasse. Sou advogada aqui no Brasil e, como muitos outros colegas que comentaram acima, tenho interesse em estudar nos Estados Unidos.

    Em minhas pesquisas constatei que tenho algumas saídas para aproveitar o meu curso daqui: 1) LLM, com duração de 1 ano e me permite realizar o BAR em alguns Estados; 2) JD, com duração de 2 anos e meio ou 3 anos que me permite realizar o BAR em quase todos os Estados.

    Tenho uma limitação “geográfica”, visto que preciso ficar na Flórida. Tentei aplicar para uma Universidade em Fort Lauderdale para o “JD Program” mas não obtive sucesso, talvez por não ter um histórico nota 10 durante a faculdade e não ter alcançado os 100 pontos exigidos no TOEFL (fiz 92)

    Gostaria do seu conselho. Considerando que minha intenção é, futuramente, fixar residência nos Estados Unidos e trabalhar com Direito lá (seja escritório, empresas..) o que você faria no meu lugar? LLM? nova graduação? JD program?

    Obs: Não fiz o LSAT porque a Faculdade que tentei, excepcionalmente, requer apenas o TOEFL para admissão. A exigência era 100 no TOEFL e fiz 92, o que pode ter me excluído da seleção também.

    Responder
    • Olá Carla,

      Realmente, a pontuação no TOEFL pode ter eliminado sua aplicação logo de cara, sem que eles considerassem os outros fatores. Contudo, eu particularmente, não confiaria em uma instituição que não pedisse LSAT. Às vezes não vale a pena estudar em uma escola que facilita a entrada se o diploma depois não vai valer muita coisa. Nos EUA, assim como no Brasil, existem muito “diploma mills”, ou fábricas de diploma, cujos certificados não valem nada. É preciso tomar cuidado dependendo dos seus objetivos futuros. O LLM geralmente é pra quem quer uma educação Americana, mas quer voltar ao seu país e usar a credencial somente como “mais um diploma”, tanto que eles nem exigem LSAT. O JD é a formação em direito propriamente dita nos EUA. Por mais que o LLM te deixe prestar o BAR em alguns estados, simplesmente não é a mesma coisa que ter um JD. Se você tem oportunidade de ficar na Flórida por um tempo, aproveite para tirar a máxima formação que você conseguir, que seria o JD e te daria chances de trabalhar em um escritório de advocacia nos EUA. A Flórida ainda te oferece mais campo de trabalho, pois como você fala português e é formada no Brasil, isso ajuda a conseguir trabalho em escritórios que atendem à população brasileira local, principalmente imigração, e também escritórios que trabalham com direito internacional.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  21. Olá,

    Gostei muito da explicação, Me formo em direito em 2018 e farei um intercambio em 2019, vi relatos de outras colegas que estudaram em harvard extension, onde obtiveram Legal Studies Certificate. Você teria um artigo sobre esses cursos : Graduate Certificates.

    Porque gostaria de entender mais, sei que eles tem um cerificado em Serviços Jurídicos, e pelo jeito possa ser que não tenha nada ligado ao que estudo hoje, mas sei que eles possuem cerificados voltados para outras áreas, de comunicação e comercio que posso aplicar na pratica do Direito no brasil já que tenho interesse de trabalhar em empresas e costuma-se muitas a trabalhar com outros países.

    Poderia isso ser um plano B olhando do modo Brasileiro de ter uma especialização fora e aplicar no brasil? ( mesmo que não seja uma pós graduação).

    Obrigada

    Responder
  22. Diego,
    Antes de tudo, parabéns pelo blog. Muito esclarecedor.
    Sou formado em Administração de Empresas e em Direito, ou seja, sou administrador e Advogado.
    Minha esposa está indo fazer doutorado nos EUA.
    Posso com esses dois cursos, tentar fazer somente a prova de Law School em alguma universidade que não seja tão renomada quanto Havard?!
    abraços

    Responder
      • Diego,
        Minha esposa recebeu uma proposta para trabalhar na OMS.
        Eu sou estabilizado aqui no Brasil, mas tenho vontade de morar fora, desde que conseguisse atuar como profissional de nivel superior, se possivel com direito que é o que amo fazer….

        Responder
        • Olá José,

          Como o direito nos EUA é completamente diferente do direito no Brasil, você teria que fazer a law school propriamente dita (são apenas 3 anos). Não tem como prestar o BAR e aproveitar seu diploma. Você pode até prestar o BAR, mas não poderia atuar como advogado, poderia ser paralegal, ou trabalhar em outras posições em um escritório de advocacia, mas não advogar.

          Abraços,

          Diego

          Responder
  23. Boa noite Diego !

    Primeiramente ótimo post , abriu mais a minha mente …

    Então meu sonho é um dia morar nos EUA , desde pequeno tenho esse sonho , no próximo ano (2017) estarei completando meu ensino médio , estava pensando em fazer um community college nos EUA , estava pensando justamente em fazer LAW no community college , e depois ser transferido pra uma universidade , isso dá certo ?

    Ou você acha melhor eu fazer um curso qualquer aqui no BR e depois aplicar para fazer direito nos EUA como você dise aí acima ?

    Oque você me aconselha , eu já estou ficando preocupado , muito tenso , não consigo decidir , estou pensando em community college pelo fato de ser mais em conta né …

    Por favor me ajuda , aguardo sua resposta !

    Obrigado ,

    Matheus Teixeira.

    Responder
    • Olá Matheus,

      Pesquise um pouco mais sobre o sistema educacional Americano para você entender melhor os detalhes, pois é muito diferente do sistema Brasileiro. Direito é “graduate school” ou seja, não existe community college de direito, nem aulas que levam a essa formação nesse nível educacional. A graduate school é a “pós graduação” que forma a profissão da pessoa com cursos como direito e medicina. Contudo, a pessoa precisa ter college antes. O college não é uma “faculdade de alguma coisa” como é no Brasil. O College é “só o college”, é uma faculdade generalista, ou seja, você não entra no college de psicologia ou no college de biologia, você simplesmente “entra no college”. Isso seja via community college ou universidade propriamente dita. Você escolhe uma concentração e pode escolher mais de uma e/ou subconcentrações, mas isso é de certa forma irrelevante. Por exemplo, você pode se formar em matemática no college e entrar a graduate school em direito, o que você faz no college não tem importância. Então no seu caso, você precisa se concentrar em entrar em um college nos EUA, seja via community college ou não, e pegar seu diploma (em qualquer coisa). A partir daí você pode aplicar para a law school, que tem duração de 3 anos.

      Abraços,

      Diego

      Responder
    • Como o Diego falou, não dá pra fazer community college e transferir pra direito, pois uma coisa não tem nada a ver com a outra. Você transfere do community college para uma faculdade. Direito não é faculdade, é graduate school (que se faz depois da faculdade). Você pode fazer faculdade no Brasil sim, é até mais fácil. Só tome cuidado que suas notas precisam ser MUITO boas durante todo o curso. Todo o seu desempenho durante a faculdade será avaliado. Também pesa muito fazer voluntariado na área social (como ONGs, caridade, etc.) e fazer estágios. Muitas law schools exigem experiência profissional prévia na área legal.

      Responder
    • Importante mencionar (não ficou claro se o Matheus sabe disso) que community college e college são diferentes. Você pode fazer os dois primeiros anos de uma faculdade no community college, mas depois precisa transferir para um college para terminar os outros dois e ter um diploma de undergraduate. Só depois é que você pode ir para a law school. Muitos community colleges e colleges tem pre-law, que é um curso feito para quem quer futuramente entrar na law school. Contudo, é preciso manter em mente que pre-law não é uma formação propriamente dita. Se por acaso você acabar não entrando em direito depois você fica com um diploma completamente inútil na mão. Por isso vale mais a pena fazer um undergraduate que seja uma profiissão de fato e que lhe permita trabalhar se você não for para a law school depois.

      Responder
  24. Fala Diego,

    há bastante tempo venho analisando a possibilidade de fazer um JD ou LLM aí nos EUA. Mas como voce sabe, é bem escasso e desencontrado, a fonte de material para tal. Você presta algum tipo de consultoria/assessoria com esse fim? Ou conhece quem o faça? Se puder me chamar no whatsapp, agradeceria bastante o contato (+55 85 997501007).

    Grande abraço.
    Régis Tavares

    Responder
    • Olá Régis,

      Tudo o que eu sei sobre esse processo está no artigo e nas respostas que eu dei para os comentários anteriores. Eu não sou especialista no assunto nem sou advogado, apenas trabalhei em departamentos de seleção, o que me deu uma ideia de como essas coisas funcionam com relação a vários cursos e especializações. Procure informações no Google em inglês. Há muita, mas muita coisa mesmo já publicado. Há sites inteiros dedicados somente a ensinar como entrar na law school. Você não precisa contratar ajuda, basta procurar. Tem muito forum de discussão também onde você pode fazer perguntas. Se eu posso te dar uma dica é: não pague para ninguém te ajudar, não contrate um “consultor”. O processo é simples, basta conhecer todas as “peças desse quebra-cabeças”.

      Abraços,

      Diego

      Responder
    • Informações sobre JD e LLM são escassas? É claro que não! Meu desculpa meu caro, mas você é que não procurou direito (no pun intended!). Há milhares de sites (em inglês, é claro) dedicados somente à aplicação às diversas áreas de direito, estudo para LSAT, e etc. É só você procurar, mas tem que procurar em inglês. Configure seu Google para só mostrar resultados em inglês e tente múltiplas palavras-chaves até você encontrar o que precisa. Que tem, tem, é só você procurar! Uma simples busca por JD LLM sem nada mais retorna meio milhão de resultados. O primeiro já explica a diferença…

      Responder
  25. Opa, tudo bom?

    Vou para uma Community College, la´eles oferecem Criminal Justice, depois de dois anos eu tenho que ir para uma Universidade maior, depois disso como faço pra fazer Direito?

    Abraço

    Responder
    • Olá Gabriel,

      É um processo muito complicado e longo para explicar em uma resposta de comentário. Recomendo que você pesquise (em inglês) no Google. Há sites criados só para explicar e ajudar estudantes durante esse processo. São inúmeras “peças” como em um quebra-cabeças! E você precisa saber quais são elas antes de começar, pois o que você fizer agora influenciará suas chances e o nível da universidade que te aceitará lá pra frente. Resumidamente, você precisa ter excelentes notas na faculdade (o fato de fazer community college não ajuda), prestar o LSAT (vestibular de direito), ter vasta experiência profissional na área de direito, ter experiência com trabalho voluntário na área humanitária e social, preparar um “essay” ou uma redação em que você argumenta porque quer fazer direito, fala sobre a sua vida, etc., e estar disponível para visitar pessoalmente cada universidade (que você aplicar) para uma entrevista individual. É claro que o rigor dessa seleção depende muito do gabarito da escola. Há uma grande diferença entre direito em Harvard e New England Law, apesar de serem vizinhas. O que recomendo é que você trace um plano de ação considerando o que você tem condições de fazer tendo em mente uma lista de 8 a 15 escolas separadas em níveis (tiers), de muito boas a aceitáveis, tendo em mente que apesar de querer entrar nas melhores escolas, você precisa também aplicar para instituições em que “certamente” será aceito.

      Abraços,

      Diego

      Responder
    • Olha, não quero ser rude com você, mas sua pergunta revela que você não se deu o trabalho de fazer uma mera pesquisa no Google… Como o Diego falou, o processo de aplicação para a graduate school (como direito) é complicado e cheio de “pecinhas”. Você mesmo precisa pesquisar, entender bem como tudo funciona e começar a se preparar desde já. Perguntar em um blog dessa forma não te ajuda, você precisa fazer pesquisa primeiro, estudar tudo o que puder sobre o processo e aí sim, se tiver dúvidas ainda, você vem em um site e pergunta para um expert. É assim que um típico aluno de direito se comporta. Se você não sabe correr atrás de informações que você precisa sem sair perguntando para os outros, meu palpite é que você não é “law school material”…

      Responder
  26. Oi, muito bom o texto.
    Mas tenho uma pequena dúvida, se essas informações forem pra quem quiser entrar particular, como faço para ganhar bolsa?

    Responder
    • Olá Vitória,

      É muito difícil bolsa para estrangeiro. Somente os Americanos ou portadores de Green Card (residentes legais) tem direito a aplicar para financiamento estudantil e bolsas. Algumas poucas instituições oferecem bolsas para estrangeiros, mas não conheço especificamente nenhuma, nem sei se isso se aplica para direito (que é graduate school, um esquema diferente de faculdade normal). Você precisa pesquisar mais sobre isso e ir atrás dessas (em geral) ONGs que oferecem essas bolsas. Mantenha em mente que bolsas raramente são de 100%. Mesmo quando você as consegue, elas cobrem somente uma pequena parcela do custo total.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  27. Olá, Diego!
    Estou me formando no ensino médio técnico (química).
    Vou começar a graduação em história pela UPF. O curso sendo em história influencia em algo?
    Com notas ótimas, participação em bolsas de pesquisa, realizando um intercâmbio e preparação para o LSAT as chances de cursar a law school são boas?
    Faço cursinho de inglês e vou me dedicar mais ao aprendizado da língua mais para o fim do ano.
    Obrigada!

    Responder
    • Olá Mariana,

      História é uma concentração relativamente comum para os alunos que depois aplicam para a law school, mas não ajuda, nem atrapalha, é simplesmente “normal”. O que é fundamental é que você mantenha ótimas notas durante todo o curso. Entrar na law school não é difícil na realidade. Como direito não exige laboratório, é fácil criar uma faculdade (isso ocorre no Brasil também, há milhares de faculdade de direito e outros cursos na área de humanas e ciências sociais como administração). A dificuldade depende de qual escola específica você deseja cursar. Há centenas de boas escolas no “meio do caminho” que são boas o suficiente e ainda relativamente fáceis de entrar. Mas se sua intenção é entrar em uma escola top aí todas essas minhas dicas no artigo se aplicam.

      O que será questionado durante uma entrevista é como você foi de química a história, o que pode levantar a dúvida de que você não tem foco. Os Americanos são muito focados, eles seguem um caminho reto na vida acadêmica. Quando você muda de ideia (ou seja de área), você levanta a questão de que talvez possa também desistir de direito. Você precisa ter uma boa resposta para esse tipo de pergunta.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  28. Olá Diego
    Estou terminando o meu ensino médio e desejo muito,algo decidido recentemente, estudar direito. E sempre me cogitou a ideia de estudar fora, pois, acredito que abre muitos horizontes e com certeza expandia mais a apenas passar num federal no Brasil. Porém, não compreendo uma coisa:
    então caso eu queira estudar direito nos EUA( Minha idealização :Harvard) só serviria apenas lá nos EUA e não serviria de nada no Brasil?
    Queria entender também, como afinal consigo passar para essas universidade s( não entendo as diferenciações de SAT e LSAT) só o SAT n me auxiliaria?
    Oque é como estudar fora me auxiliaria então no exercício de direito aqui no Brasil?
    Aliás, acredito que por estar prestes a encerrar o ensino médio, me sinto um pouco perdido e indeciso e gostaria que me auxiliasse: lutar por uma universidade internacional ou nas faculdades federais aqui no Brasil?
    Me ajudaria muito se me ajudasse?

    Responder
    • Olá Antônio,

      Direito não é faculdade nos EUA, pelo menos não como é no Brasil (eu explico isso no artigo). Direito é um tipo de pós-graduação. Você precisa já ter diploma de curso superior para entrar em direito nos EUA, então estando no ensino médio, você ainda está muito longe de poder aplicar para direito.

      Nos EUA, se faz college ao sair do ensino médio. Esse college é uma faculdade generalizada, o aluno simplesmente “entra no colege”, ele não entra em uma faculdade de alguma coisa. Dentro do curso, ele vai escolhendo as matérias que deseja cursar e no final se forma com um diploma de sub-graduação (undergraduate) com uma concentração específica. Quem quer fazer direito geralmente escolhe se formar em ciências políticas, literatura, letras, psicologia, antropologia, sociologia, ou algum curso na área de humanas ou ciências sociais. Para entrar no COLLEGE é necessário fazer o SAT.

      Depois do college, que dura 4 ou 5 anos, o aluno pode escolher entrar em uma escola profissionalizante. Aí sim, estão disponíveis cursos como direito, medicina, odonto, veterinária, farmácia. O LSAT é o teste para entrada em direito. Cada curso profissionalizante tem o seu.

      Contudo, fazer direito nos EUA não lhe permite praticar a profissão no Brasil. O Brasil usa o direito Romano, enquanto os EUA usa a Common Law Britânica, 2 sistemas completamente direferente. Da mesma forma, fazer direito nos EUA também não lhe permite praticar a profissão no país, se você não tiver Green Card nem for cidadão Americano. O que vejo muitos fazerem é fazer a faculdade de direito no Brasil e virem aos EUA fazer mestrado e outros tipos de pós-graduação, o que enriquece o currículo para a prática no Brasil.

      Abraços,

      Diego

      Responder
    • Olá Karen,

      Não. Não existe “graduação” de 2 anos. Cursos de 2 anos (associate degrees conferidos por community colleges) somente dão acesso ao resto do curso em uma universidade propriamente dita. Você não pode fazer nada com um diploma de 2 anos.

      Estudantes fazem esses cursos de 2 anos em community colleges por diversos motivos (não conseguiram entrar em nenhuma univerdade direto do ensino médio, ou estão tentando economizar dinheiro). Depois desses dois anos, se tiverem notas boas, eles podem então passar para uma univerdade e terminar o curso (mais 2 ou 3 anos).

      Contudo, direito é pós-graduação, não é um curso universitário (como no Brasil) e por isso fazer o curso de 2 anos não dá acesso a direito. Para entrar em direito nos EUA você precisa de uma faculdade completa (4 ou 5 anos), que nos EUA é chamada de college (equivalente à faculdade normal no Brasil). É bom manter em mente que o direito nos EUA é completamente diferente do direito no Brasil, então fazer o curso nos EUA não é equivalente ao curso no Brasil e você não pode praticar a profissão se voltar ao Brasil. Da mesma forma, você não pode praticar a profissão nos EUA também, pois sem ser cidadã Americana você teria que voltar ao Brasil depois de terminar o curso.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  29. Oi, Diego.
    Estou cursando o quarto período de direito no Brasil, mas tenho a pretensão de cursar a law school em uma das top 10 americanas. O ideal seria que eu primeiro terminasse a graduação aqui, ou não teria sentido eu fazer o curso inteiro de direito no Brasil para depois tentar ingressar em uma universidade de direito americana?

    Responder
    • Olá Bernardo,

      Como direito nos EUA é “pós-graduação”, você precisa de um bacharel de qualquer forma. Seu curso no Brasil não será visto como law school, já que law school é graduate e seu diploma será de undergraduate. Seu diploma será equivalente ao college americano. O mais importante, contudo, é determinar por que você quer fazer law school, já que o direito no Brasil é diferente. Se sua intenção é voltar ao Brasil, às vezes um mestrado vale mais à pena.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  30. Olá Diego, muito bom o texto.
    Fiquei com uma dúvida. Estou no terceiro ano de direito aqui no Brasil, mas gostaria muito de cursar em alguma universidade dos eua. Andei pesquisando sobre harvard, yale e NYU. Será que o fato de eu me graduar em direito no Brasil, me impediria de aplicar em alguma dessas universidades?
    Abraços.

    Responder
    • Olá Lucas,

      Sim, nenhuma dessas faculdades aceita aluno que já tenha feito curso superior. Ainda tem a questão da idade. Não sei NYU (que não está nem perto do nível de Harvard e Yale), mas essas duas só aceitam alunos em idade recém saído do ensino médio, em alguns casos MUITO ESPECIAIS aluno que tenha passado 1 ou 2 anos depois do ensino médio fazendo alguma outra coisa (coisa que seja muito bem justificável). Agora, mestrado, doutorado, e pós-graduações latu sensu, aí não tem qualquer restrição, é claro.

      Abraços,

      Diego

      Responder
    • Olá Lucas,

      Mais uma coisa que não tinha me dado conta… se você quer fazer direito nos EUA, esse curso não é faculdade, é “graduate school”, então as regras para entrada na faculdade não valem. Não ficou claro em seu comentário se você deseja fazer “outra” faculdade (undergraduate) nos EUA ou se você quer fazer graduate school (o que inclui cursos que no Brasil são faculdade).

      Abraços,

      Diego

      Responder
  31. Olá Diego, tudo bem?
    Tenho 19 ano, faço direito no Brasil,atualmente cursando o 5º semestre em uma faculdade particular. Tenho grande interesse de fazer um LL.M fora do Brasil, inclusive sonhava no ensino médio em conseguir estudar em Harvard Law School. No entanto por motivos pessoais esse sonho foi deixado de lado por um tempo, com a correria da faculdade, estágio e outras responsabilidades acabei me distanciando do objetivo de estuda Direito fora do Brasil. Mas recentemente, ao ler alguns sites e artigos acerca de .D., LL.B., LL.M., LSAT, e etcs percebi que ainda posso realizar o meu sonho de sair do Brasil e expandir meus horizontes tanto academicamente como profissionalmente. Logo, compreendo que o sistema no EUA é bem diferente do Brasileiro, por isso sei que estudar fora requer uma pesquisa aprofundada. Meu questionamento é em relação ao procedimento que devo realizar pra fazer o LL.M em direito, o TOEFL tem validade de 2 anos, como eu posso me candidatar a uma vaga a LL.M em uma universidade com Yale ou Harvard e não perder a validade do TOEFL?

    Responder
    • Olá Brandha,

      O TOEFL é um dos únicos testes que possui data da validade. O IELTS dura para sempre. Se você se preocupa com isso, faça IELTS, não TOEFL. Mas isso não deve ser sua maior preocupação… Você pode deixar para prestar o teste de proficiência por último, por exemplo. O mais importante é o LSAT e esse não expira, além de você poder prestar inúmeras vezes para aumentar a sua nota.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  32. Olá Diego, tudo bem?
    acabei de completar o terceiro ano do ensino médio, começarei na faculdade no próximo mês. Achei muito esclarecedor o seu texto, mas gostaria de confirmar alguns pontos que não ficaram muito claros para mim:
    1-Posso fazer os 5 anos de direito no brasil, conseguindo assim o diploma de bacharel e após esse período prestar o LSAT para fazer novamente direito em uma universidade americana ou o diploma de bacharel tem que ser em outra área?
    2- Gostaria que se possível você falasse um pouco mais sobre o o programa Harvard Extension Scool, no caso eu poderia terminar a faculdade e ir para esse programa me preparar para o LSAT?

    Responder
    • Olá Naiara,

      Você pode fazer direito no Brasil e depois fazer direito nos EUA sim, pois os cursos são completamente diferentes. A Harvard Extension School não oferece nada na área jurídica. Essa área é exclusiva da Harvard Law School e eles não oferecem o open enrollment como a HES. Também não há uma preparação para o LSAT na HES.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  33. Olá Diego
    No meu comentário anterior esqueci de expor outra duvida que tive, supondo que eu consiga ingressar em uma universidade americana, após o final do curso terei que voltar ao Brasil ou poderei continuar nos EUA, para trabalhar? Como seria o processo ao final do curso de direito.

    Responder
    • Olá Naiara,

      Não há processo algum depois do curso. Você termina seus estudos, você tem que voltar para o seu país, não pode ficar aqui. A exceção seria se conseguisse um visto de trabalho, o que hoje em dia, está praticamente impossível para qualquer área que não seja médica, engenharia e alta tecnologia.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  34. Olá, seu post foi muito esclarecedor

    Tenho algumas duvidas, e agradeceria se você pudesse responde-las

    1- Estou atualmente vivendo no Chile, e curso o ensino medio, pelo fato de eu viver em outro país (que já nao é o meu natal) interferiria em alguma coisa (positiva ou negativamente) ?

    2- Seria melhor eu estudar o college nos EUA ou fazer uma faculdade aqui mesmo e depois fazer a law school ai?

    3- No hipotetico caso que eu esteja em uma universidade americana comum (que nao é nenhuma das top mas é uma universidade boa) cursando o college, eu posso depois fazer a law school em Harvard ou nao? Se sim, ate onde a qualidade da universidade interferiria na minha entrada em Harvard?

    Desde já, muito obrigada

    Responder
    • Olá Vitória,

      O fato de você estar vivendo em outro país ajuda, pois adiciona diversidade ao seu currículo. Há muitos estudantes internacionais na law school, então tanto faz você fazer college nos EUA ou em qualquer outro país. Não é possível te dar uma estimativa de potencial de entrada na Harvard Law School nesse momento, ainda é muito cedo. Muitos fatores são considerados no processo seletivo, além do pedigree da univerdade que você fez. A qualidade da univerdade que você fez em Harvard influencia com mais peso a entrada em cursos como medicina, odonto, e veterinária e também nos programas de doutorado. Law school, não tanto… o maior peso é dado ao “que você já fez na vida” com relação à sua conexão com o mundo social (trabalho voluntário, envolvimento com causas sociais, liderança, como se envolver com o senado da faculdade por exemplo, estágios em ONGs, etc.). Contudo, veja que tudo o que você fez ANTES de entrar no college não é considerado (somente o fato de você ter vivido em mais países do que o seu país de origem). Lembre-se que a Harvard Law School escolhe seus alunos baseado em quão extraordinários eles são e sendo assim, muitos fatores além de escola e notas são considerados. No college, seja onde for, procure se tornar essa pessoa “extraordinária” que Harvard está procurando, se envolvendo com atividades que possam demonstrar seu engajamento com causas sociais e liderança. Veja os casos de ex-alunos da Harvard Law como o ex-presidente dos EUA Barack Obama e Hillary Clinton. Ambos se envolveram bastante com atividades sociais na faculdade e chegaram em Harvard já com um currículo invejável que demonstrava engajamento e liderança, apesar de ambos terem vindo de famílias de classe média baixa.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  35. Olá, sou estudante de direito do 5 período e estou interessada em cursar direito nos EUA. Você acha que compensa mais eu formar aqui depois ir fazer direito lá ou é melhor largar a faculdade aqui e fazer só lá? E se eu fizesse aqui teria que fazer só 3 anos lá ? Outra coisa, quais faculdades são boas (sem ser nível Harvard) ? Tenho notas boas na faculdade, perto de 90%, porém não fiz muitas atividades voluntárias, acha que isso iria interferir?

    Responder
    • Olá Fabricia,

      Isso não seria possível. Direito nos EUA é um tipo de “pós-graduação”, ou seja, você precisa ter primeiro um curso superior, depois você pode fazer direito. É por esse motivo que o curso tem duração de apenas 3 anos (os alunos já chegam com toda a bagagem inicial de 4 ou 5 anos de faculdade). Outra coisa para manter em mente é que o direito no Brasil é diferente do direito nos EUA e por isso você não pode aproveitar um diploma obtido nos EUA no Brasil. Você pode se formar no Brasil, depois fazer o curso nos EUA e usar esse diploma para enriquecer seu currículo profissional, mas nada além disso. Existem centenas de universidades boas nos EUA “além de Harvard”! Recomendo que você veja o site http://usnews.com que é o guia “semi-oficial” das faculdades nos EUA e os rankings são usados pelas próprias instuições para se compararem umas com as outras.

      Com relação ao trabalho voluntário, ainda é cedo. Se você ainda está no quinto período, você tem tempo para voluntariar. Quanto mais elevado o nível da instituição, mais importantes se tornam essas atividades extra-curriculares, principalmente em direito. Mas mantenha em mente que os critérios não são os mesmos que o college exige (primeira faculdade). Universidades mais “meia-boca” não pedem nada disso, apenas diploma da faculdade e nota no LSAT.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  36. Olá Diego
    Muito esclareçedor, mas tenho algumas dúvidas, sou estudante de direito no Brasil, mas pretendo fazer direito no EUA, sei que o direito de ambos sao diferentes. Porém, vc disse que para estudar nos EUA preciso ter um bacherelado em qualquer área. Pois bem, a minha dúvida é, como já estou estudando no Brasil pretendo me formar para ter o bacherelado, por ser direito o meu curso, isso nao vai prejudicar eu entrar na faculdade de direito nos EUA? Ou isso nao importaria e se o bacherelado para eu começar a estudar direito nos EUA.

    Responder
    • Olá Sanara,

      Qualquer diploma de bacharel no Brasil que seja equivalente a um diploma nos EUA (no caso de direito, provavelmente é) vale para a entrada na law school, não importa se o bacharel já é em direito.

      Abraços,

      Diego

      Responder

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