Como estudar nos EUA?

Diego Meille

Como estudar nos Estados Unidos

Essa é uma pergunta um pouco “guardachuva”! Estudar o quê?

ESTUDAR INGLÊS

Se você quer estudar inglês (ELS) nos EUA, existem várias opções, dependendo muito da sua idade (se já terminou o ensino médio ou não) e da sua disponibilidade (você quer fazer um cursinho de férias ou passar um ano lá?). Esses cursos geralmente são disponibilizados e organizados por agências que cobrem tudo para você, exceto a passagem (geralmente). Você fica em um campus, divide quarto com outros alunos e tem suas despesas com transporte e alimentação já contabilizadas no valor que você acertará com a agência no Brasil. Essa opção é boa para quem é bem jovem, já que para quem é mais velho, ficar em um campus universitário e dividir quarto com estranhos não é mais “tão legal”!

Eu sei muito pouco sobre isso e é claro, interessados devem procurar (no Google mesmo) mais informações nos sites das agências que oferecem esse tipo de intercâmbio, seja para fazer um curso de férias, parte do ensino médio ou um curso de inglês “solto”.

É também possível estudar inglês nos EUA independente da ligação com uma agência, principalmente nas chamadas escolas de verão. Um visto de turista para os EUA permite que você fique no país durante 6 meses – e é possível solicitar extensão do visto 2 vezes, dado que você dê uma boa justificativa para a imigração acerca do motivo que você tem para permanecer no país, dado que você NÃO PODE trabalhar (ou não pode fazer isso LEGALMENTE). Então, em tese, você pode ficar nos EUA legalmente até um ano e meio com visto de turista e nesse tempo você pode fazer um curso de inglês por conta, considerando que você cuide do resto também sozinho (moradia, transporte, alimentação, etc.)

Inúmeras universidades, incluindo as escolas “VIP” como Harvard e Columbia oferecem as famosas “Summer Schools” ou escolas de verão (entre os meses de Junho e Agosto, o verão Norte Americano). Muitos estrangeiros aproveitam essas oportunidades para sentirem um gostinho de estudar em escolas de alta classe. Não é preciso nada além de dinheiro (para pagar o curso em si, a viagem, estadia e demais despesas) e disponibilidade para fazer estes cursos. Não há nenhum tipo de “processo seletivo”, qualquer pessoa pode estudar inglês (ou diversas outras matérias) na Harvard Summer School, ficando hospedado (opcionalmente) nos dormitórios de Harvard!

Para quem quer ficar mais tempo, mais do que os meses do verão, mas menos do que 1 ano e meio (máximo do visto de turista com extensão) e não quer ir com agência nem ficar em dormitórios “comunitários” pode se inscrever nos inúmeros cursos ELS nas diversas faculdades e colleges em todas as cidades Norte Americanas. Algumas escolas, contudo, exigem visto de estudante e não permitem que estrangeiros com visto de turista se matriculem. Nesse caso, você precisa se informar e caso precise de visto de estudante, não custa nada o trabalho extra de solicitar o documento (I-20) da escola para obtenção do visto F-1 (estudante). Você não pode obter visto de estudante sem esse documento, que deve ser emitido pela escola específica que você já se matriculou previamente. Isso deve ser feito no Brasil, não se emite mais visto de estudante para turista que está já nos EUA.

FAZER FACULDADE (BACHARELADO)

É muito importante para o Brasileiro interessado em cursar faculdade nos EUA, compreender a diferença no sistema educacional dos dois países. O cabra chega dizendo que quer “estudar medicina nos EUA” e eu pergunto, ok, então, que faculdade você já fez? E a pessoa responde: como assim? Eu quero fazer medicina! Mas não é assim que funciona!

Medicina, assim como direito, odontologia, arquitetura, administração de empresas, psicologia e muitos outros cursos só estão disponíveis para quem já tem um diploma de bacharel. Como assim?

Nos EUA, acredita-se que os alunos precisam de uma base científica e cultural antes de se aventurarem em áreas complexas como medicina e direito. O aluno recém saído do ensino médio não possui nível de cultura, nem iniciação científica suficiente para acompanhar um curso complexo como são estes.

No Brasil, existe também o mesmo raciocínio, mesmo que muitos alunos não se dêem conta disso! Daí, medicina no Brasil durar 6 anos, direito durar 5! Os primeiros anos são dedicados a dar ao aluno esse embasamento que ele precisa. Matérias como metodologia científica, filosofia, introdução à psicologia, matemática (de nível superior), entre outras, embasam o aluno com o conhecimento e cultura necessários. Nos EUA esse processo de “aculturamento” é separado e é chamado de “college”. Só depois do college, que geralmente dura 4 ou 5 anos, mas alguns alunos conseguem fazer em 3 ou até mesmo 2 anos e meio, é que o aluno pode se candidatar a um curso superior propriamente dito. O curso de medicina, então, tem 4 anos de duração, enquanto direito tem apenas 3, pois as matérias básicas já foram cursadas no bacharelado.

Se você quer fazer bacharelado nos EUA, você está “falando” em fazer o tal college, essa escola generalizada de matérias básicas que tem o objetivo de “aculturar” e iniciar cientificamente o aluno para entrar em curso superior propriamente dito.

Esse esquema é uma “benção” e eu desejaria muito que fosse implantado no Brasil! Por quê? Porque no college o aluno não precisa saber o que quer fazer da vida! No Brasil, existe essa imensa pressão em cima dos pré-vestibulandos, crianças de 17, 18 anos para fazerem uma escolha que irá impactar (ou empatar) o resto de suas vidas – sim, todo mundo pode mudar de ideia e mudar de curso ou fazer outra faculdade, mas o tempo perdido, esse não volta nunca mais! Nos EUA, o jovem simplesmente “entra” no college. A única exceção é engenharia (todas elas) que possuem escolas especiais e o aluno entra direto nelas sem passar por college. Nesses 4 ou 5 anos (ou menos se o aluno der conta), os alunos têm total liberdade para se matricularem nas matérias que bem entenderem e aos poucos, à medida que vão crescendo e amadurecendo, vão tendo a oportunidade de moldar seu bacharel para a área que possuem mais afinidade, mesmo assim, esse primeiro diploma não define nada em suas vidas. No final do college, os alunos terminam com um “major” e opcionalmente um ou dois “minors” ou seja, uma concentração maior e opcionalmente até duas concentrações menores. Por exemplo, o aluno pode ter um “major” em psicologia com um minor em neurociência e outro em biologia, o que seria muito bom para depois entrar em medicina.

Mesmo fazendo um college com um major que depois a pessoa descobre que não é a dela, não importa muito. Quando ela foi se candidatar a um curso superior (de verdade) como medicina, direito, arquitetura ou administração, ela já estará madura (então com seus 22, 23 anos) e com bagagem acadêmica suficientes para aí sim, escolher algo que tenha muito mais a ver com o que ela deseja fazer para o resto da vida.

Se a pessoa quer fazer direito ou medicina, faculdades que ela só poderá se candidatar depois de terminar o college, o bacharel que ela obteve faz muito pouca diferença, faz alguma, mas é pouca. No Brasil, contudo, a concentração maior (major) que pessoa escolheu nos últimos anos do college é a faculdade propriamente dita e o diploma conta como se tivesse sido emitido por uma faculdade daquela especialidade. Então, por exemplo, se a pessoa se formou em um college com major em psicologia, no Brasil, ela é psicóloga. Guardadas as devidas proporções e considerando que a pessoa voltando ao Brasil faça a equivalência de diploma todos os testes de sua categoria, a pessoa pode usar o diploma do college para exercer uma profissão. Nos EUA não pode! O college não vale praticamente nada! Se a pessoa quer ser um profissional de uma determinada área, ela deve seguir a partir do college para a chamada graduate school ou “escola de graduação” onde ela poderá fazer cursos como medicina, direito, psicologia, odontologia, farmácia, medicina veterinária, entre outros.

Então, se você quer estudar nos EUA, você precisa definir se deseja ou precisa fazer um college antes de entrar para uma graduate school, se esse é o seu objetivo. Você também pode fazer uma faculdade no Brasil e isso irá valer como um college para entrada em faculdades de nível superior (direito, medicina, arquitetura, etc.). Como eu disse, o bacharel não importa muito, mas pode “ajudar” sua candidatura em uma graduate (grad) school se for em uma área compatível com especialidade que você pretende estudar. Por exemplo, um major em biologia é mais desejável do que um em literatura para a pessoa que quer fazer medicina. Para quem quer entrar em direito, bacharéis comuns são filosofia, ciências políticas, literatura e letras. Para quem entra em odontologia, é comum se focar em biologia ou química. Contudo, o mais importante é o desempenho do candidato nas matérias relevantes para a escola de graduação durante o bacharelado. Por exemplo, se um aluno que se formou em estudos religiosos fez matérias de biologia e química durante o college (lembre-se, os alunos podem fazer as matérias que quiserem durante o college) e tirou notas altíssimas, ele pode entrar em medicina ou odonto, mas se suas notas nessas matérias foram “mais ou menos” ele jamais será aceito por qualquer escola minimamente decente. Nesse caso, ele terá que fazer um college complementar (sem valer diploma) só com as matérias que ele precisa para aplicar para a graduate school que ele deseja cursar. para medicina, por exemplo, o nome deste curso é premed (curso prémedico) onde o aluno cursa biologia, química, física e matemática (incluindo cálculo) se preparando para o MCAT (o “ENEM” da medicina) e a aplicação para a faculdade.

Se você está interessado em fazer faculdade nos EUA é super importante compreender esses detalhezinhos, pois todo o processo de seleção universitária nos EUA é subjetivo, o aluno envia seu currículo, incluindo notas, cartas de recomendação, artigo (essay) explicando porque quer fazer aquele curso e contando um pouco da sua vida. A partir dessa “aplicação”, como é chamado o processo de candidatura a uma vaga, sua vida toda será escarafunchada até que ele passe pela primeira peneira. A segunda parte do processo seletivo, nas melhores universidades pelo menos, é a entrevista individual, em que o aluno é chamado a comparecer na escola (ou via Skype para estrangeiros) e é entrevistado pessoalmente pela equipe (ou responsável) de admissão.

FAZER FACULDADE (NÍVEL SUPERIOR)

Com nível superior eu quero dizer a graduate school que expliquei bastante no item anterior. Cursos de nível superior são: medicina, direito, odontologia, farmácia, medicina veterinária, administração de empresas (MBA), psicologia, entre outros. Apenas engenharia e arquitetura são cursos decentemente profissionalizantes que a pessoa pode entrar direto do ensino médio (high school nos EUA). Praticamente todos os outros cursos, alguns que até mesmo oferecem concentração a nível de bacharel, são ignorados profissionalmente se a pessoa pretende trabalhar nos EUA. Por exemplo, o aluno pode até se formar em psicologia como major no college, mas só com isso ele jamais poderia abrir um consultório ou mesmo trabalhar em um departamento de RH nos EUA. Major em psicologia não dá a ele o direito de “ser psicólogo” como ocorre no Brasil. A menininha sai da faculdade de psicologia com 22 anos no Brasil e já está apta a abrir consultório ou realizar dinâmicas de grupo em departamentos de RH nas empresas! Nos EUA, nananinanão! Psicólogo propriamente dito precisa ter DOUTORADO! Até lá a pessoa é apenas um zé ninguém com um bacharel com foco em psicologia e não pode fazer absolutamente NADA com isso! O bacharelado em si, nos EUA, não vale nada, vale apenas para a pessoa pegar um empreguinho um pouquinho melhor do que fritador de hamburger ou valet de carros, com a exceção, como eu disse das engenharias e de arquitetura, se bem que mesmo assim, um emprego “massa” em engenharia vai exigir escolaridade de nível “superior” ou graduate school para o engenheiro também. Por exemplo, um emprego legal na Microsoft não está disponível para o bacharel em engenharia da computador, somente para os que possuem mestrado e de preferência doutorado na área.

Praticamente todo mundo que, comparando com o Brasil, faria curso superior (bacharelado), nos EUA, faz graduate school depois do college. O que quero dizer com isso é que a faixa da população equivalente à classe média no Brasil que chega a fazer uma faculdade, nos EUA, esse pessoal passa da faculdade e vai para a “grad school”. Mestrado e doutorado também são “grad school”.

Se você já fez um curso superior e quer fazer então a tal “grad school” nos EUA, seja mestrado, doutorado ou entrar em uma das escolas profissionalizantes como medicina ou direito, você precisa avaliar se seu currículo é bom o suficiente. Isso porque os americanos de classe média e alta passam a vida inteira se preparando para a entrada no college e posteriormente na grad school, eles sabem o que estão fazendo desde o berço! Isso porque a cultura de “ser individualmente avaliado e aceito” por uma escola está já impregnada na sociedade. Eles já sabem o que precisam fazer durante a vida para, quando chegarem num processo seletivo desses, terem chances de serem aprovados. E isso difere demais do Brasil… Uma aplicação competitiva para faculdades como medicina, odonto ou direito, por exemplo, envolvem muito mais do que o mero histórico escolar do aluno, que diga-se de passagem, precisa ser perfeito! As equipes de avaliação estudam cada candidato individualmente (após a peneira do currículo, ou seja, se você não teve SEMPRE notas boas no bacharelado, sua aplicação será automaticamente excluída do processo seletivo) e isso envolve desde trabalho voluntário, engajamento social, excelência nos esportes, empreendedorismo e demonstrações de liderança. Para o aluno Brasileiro que nunca foi exposto a essa necessidade de comprovar que foi um super-herói mirim, é complicado até mesmo pensar sobre isso. Mas há outros fatores que estão mais ao lado dos Brasileiros (e demais estrangeiros) que favorecem uma candidatura. As universidades Norte Americanas são ultra politicamente corretas e sendo assim, possuem milhares de cotas para serem preenchidas com os mais diversos grupos de minorias. Brasileiros podem facilmente se aproveitar das vagas disponíveis para latinos. Só o fato de ser estrangeiro já ajuda pois não-residentes no estado da escola pagam um valor mais alto e no país do capitalismo, quem paga mais sempre tem vantagem!

Se seu currículo de bacharelado não foi dos melhores e você tem seus olhos em escolas de ponta como Harvard, Yale ou Columbia, o ideal é que você faça outro curso superior antes de tentar aplicar para uma grad school. Escolas como Harvard (na Harvard Extension School) e Columbia (na Columbia General Studies) oferecem cursos superiores para pessoas “mais velhas” (acima de 22 anos, ou seja, acima da idade de entrada em um college convencional) e muitas dessas pessoas já possuem um diploma de bacharel e estão fazendo esses cursos justamente para obterem notas melhores e principalmente, obterem escolaridade Norte Americana, muito apreciada no processo seletivo das grad schools. Você não vai deixar de ser estrangeiro e mesmo fazendo outro college nos EUA, poderá se beneficiar de sua cota de minoria ao aplicar depois para a grad school de sua escolha. Praticamente todas as Ivy Leagues (faculdades de elite da costa leste Americana como Harvard e Yale) possuem esses programas especiais para os alunos chamados “não-tradicionais”, ou seja, toda a população que não tem mais 18 anos e não está entrando no college tradicional, seja pela primeira vez ou não. Na costa oeste, Stanford, UCLA, Berkeley e cia. também possuem programas desse tipo.

Cada curso de nível superior possui um teste generalizado (standardized test) que pesa bastante no processo seletivo. Medicina tem o MCAT, direito tem o LSAT, psicologia tem o GRE, administração tem o GMAT. Esses testes são **extremamente** difíceis e põem no chinelo provas de concursos e outros testes do gênero no Brasil que cobram conteúdo de nível superior. É necessário um nível pra lá de fluente em Inglês, no sentido de que o conhecimento de língua inglesa do candidato precisa ser mais profundo do que o nativo “normal” americano, especialmente em termos de vocabulário e capacidade de expressão escrita.

CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO (MAS NÃO MESTRADO E DOUTORADO)

Mestrado e doutorado são grad school (opção anterior). Se você apenas quer fazer um curso normal de pósgraduação, não há muito o que discutirmos aqui. É só você procurar uma escola que ofereça o que você quer fazer, numa área onde você desejaria passar um tempo e se matricular. Não há processo seletivo nesses tipos de cursos, pagou, entrou… Alguns inclusive, oferecem aulas à distância como em Harvard, Universidade de Washington, Stanford, entre outras. Alguns desses cursos à distâncias tem alguns requisitos de residência, ou seja, parte do curso é feito online, mas é preciso passar um tempo, às vezes alguns finais de semana, em aulas na própria faculdade.

Como você pode ver, há diversas opções para estudar nos EUA, desde cursos de inglês até faculdades, mestrado, doutorado, cursos de pós-graduação. Há ainda outras opções que não mencionei aqui como estudar com bolsas, que é assunto de outros artigos. De qualquer forma, é muita informação, muitíssimos detalhes! Se você quer fazer algo mais complexo do que um cursinho de inglês ou uma simples pósgraduação nos Estados Unidos, você precisa se engajar em pesquisar, escarafunchar o Google, visitar sites das escolas em que você pretende estudar e acumular conhecimento sobre como esses cursos funcionam e principalmente como o processo de seleção dessas escolas funciona nos EUA. Por ser bem diferente, e principalmente, altamente subjetivo, é precisa saber “o caminho das pedras” para evitar erros que podem custar a sua vaga, mesmo que você seja uma pessoa bem inteligente e preparada.

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8 comentários em “Como estudar nos EUA?”

  1. Para quem deseja estudar medicina no exterior, é importante saber que existe a chance de estudar no Uruguai. Meu irmão estuda na universidade Claeh a uns dois anos, ele está muito feliz com o curso e o ensino é de primeira. Os casos de estudo são bem atuais e os professores são profissionais atuantes em medicina.
    Deixo o link para quem desejar conhecer mais sobre o Claeh e os estudos no Uruguai [link removido: proibida a postagem de links].

    Responder
  2. Quando as pessoas pensam em estudar no exterior geralmente pensam em ir para a Europa ou para os Estados Unidos. O meu irmão escolheu estudar fora do país mas ele ficou aqui perto. Ele estuda a dois anos no Uruguai na universidade Claeh (http://goo.gl/GTU9ZJ). Vale a pena a gente parar um pouco e pensar em que as opções são muitas e nem tudo começa e acabe em Harvard e Estados Unidos.
    Espero que a dica sirva para vocês ou que pelo menos ajude a expandir suas opções de universidades na hora de estudar fora do Brasil.

    Responder
    • Olá Marília,

      Pós graduação e mestrado/doutorado são dois “bichos” completamente diferentes!

      Pós graduação é só pagar, não tem processo seletivo nenhum, você faz a inscrição e vai estudar. Não há qualquer tipo de obstáculo, a não ser o fato de que não existem bolsas ou financiamento, você tem que pagar do próprio bolso e muitos desses cursos não dão visto de estudante, então você teria que se virar de alguma forma para conseguir ficar legalmente no país. Alguns, porém, dão visto. Tem que procurar essas informações nos respectivos sites das escolas em que você está interessada.

      Mestrado e doutorado não são “cursos” propriamente ditos, são empregos no departamento de pesquisa de algum professor que tem a finalidade de habilitar o aluno a se tornar cientista na área. Alguns mestrados são mais do tipo “pós graduação” no sentido de que são cursos mesmo com aulas. Esses geralmente são pagos e não exigem muita coisa para admissão (também não são muito valorizados). Os mestrados “de verdade”, e principalmente os doutorados, exigem que o aluno tenha vasta experiência com pesquisa científica (mesmo na área de direito) e já tenha pelo menos publicado como segundo, terceiro, quarto autor em publicações científicas relevantes na área. Mestrado e doutorado servem para dar aula e ser pesquisador. Esses cursos, nos EUA, exigem muito do aluno e você já precisa chegar sabendo produzir artigos científicos (isso não é ensinado no curso). Se não é isso o que você quer, faça apenas uma pós graduação.

      Mais informações sobre detalhes de cursos, veja os sites das escolas em que você está interessada.

      Abraços,

      Diego

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  3. Você se formou no Brasil ou já foi direto para os EUA, passou pelo college?
    Desculpa a pergunta, sei que é um pouco invasiva, mas fiquei curiosa devido ao seu domínio pelo assunto.
    Espero que não se importe qualquer coisa, compreenderei.

    Obrigada, um abraço!

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  4. Boa tarde! Tenho uma dúvida. Tem como uma pessoa exercer o emprego apenas com o college? Por exemplo: se eu quiser ser fisioterapia ou então pofessora de história preciso fazer ” pós-graduação”? Ou elas só se aplicam a medicina, direito, psicologia etc?

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    • Olá Gabriela,

      Sim, é claro. O college é igual a faculdade no Brasil. A maioria dos Americanos exerce profissão só com college. São pouquíssimos os cursos que exigem a graduate school. Pelo que eu me lembre só medicina, direito, farmácia, veterinária, e psicologia são graduate. Até mesmo engenharia é só college. Mas não tenho informação sobre fisioterapia, desconheço se esse curso existe no nível de colege ou se é uma especialização (diferente de graduate school).

      Abraços,

      Diego

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