Como fazer farmácia nos Estados Unidos?

Diego Meille

Como estudar farmácia nos EUA

Muitos leitores tem me pedido para escrever um artigo sobre como estudar farmácia nos Estados Unidos. Ao contrário de medicina, farmácia é um curso um pouco mais acessível para estrangeiros. Contudo, mantenha em mente que todos os cursos na área da saúde (incluindo medicina veterinária) são muito “antipáticos” com estrangeiros e algumas escolas simplesmente não aceitam aplicações de alunos que não tenham cidadania Americana, ou pelo menos, Green Card.

Há significativas diferenças entre a estrutura do curso de farmácia nos EUA. A primeira delas é que farmácia não é faculdade, é pós graduação. Isso significa que o aluno precisa já ter feito um curso superior antes de se candidatar a uma vaga em farmácia. Se você não entende a estrutura do sistema educacional Americano, recomendo o artigo linkado para se familiar melhor. Uma vez que você entenda claramente a diferença entre undergraduate e graduate degree, você pode prosseguir com esse texto.

Só para clarificar, farmácia não exige “oficialmente” um bacharel. Alguns alunos conseguem aplicar com um associate degree (curso de 2 anos) ou pré-farmácia (também 2 anos), contudo, com a crescente competitividade, nos últimos anos não tenho visto alunos com diploma de 2 anos entrando em farmácia. Lembre-se: quando o curso é competitivo, considerando como a seleção funciona nos EUA (cada aluno é individualmente considerado), quem não tem o que a maioria tem, acaba ficando para trás.

E se eu fiz (ou fizer) farmácia no Brasil?

Farmácia nos EUA é nível de doutorado. Ao se formar em farmácia, o aluno é PhD em farmácia. Por esse motivo, fazer farmácia no Brasil é equivalente a ter feito pré-farmácia nos EUA (ou química, biologia, ou qualquer outro curso de nível universitário). Sem um PhD em farmácia, você não pode praticar a profissão nos EUA.

Vale a pena fazer farmácia nos EUA para voltar ao Brasil depois?

Se sua intenção é fazer farmácia nos EUA para voltar e praticar no Brasil, ESQUEÇA! Esse é um programa de doutorado que exige que você já tenha um curso superior na manga. Ou seja, considerando que no Brasil tudo o que você precisa é um bacharel de 4/5 anos, faça no Brasil mesmo! Não faz o menor sentido fazer farmácia nos Estados Unidos (considerando todos os obstáculos) para voltar ao Brasil e ainda ter que validar o diploma. Fazer farmácia nos EUA é só para quem quer morar e trabalhar nos EUA.

Se eu fizer farmácia nos EUA, posso morar e trabalhar nos EUA?

Não. Se você conseguir entrar em farmácia como estrangeiro (o que não é fácil) você poderá somente ficar no país com visto de estudante enquanto estiver estudando. Uma vez que o curso termine, você precisa voltar ao seu país de origem. Você não obtém automaticamente uma autorização para morar e trabalhar nos EUA. É possível obter visto de trabalho depois de formado se um empregador estiver tão interessado em você que esteja disponível a pagar e passar pelo longo processo de aplicação do visto H1B (visto de trabalho). Considerando que um empregador pode muito bem selecionar um cidadão ou portador de Green Card e não ter o custo e dor de cabeça de aplicar para esse tipo de visto, não conte com isto!

O déficit em profissionais na área da saúde ocasionalmente provoca estímulos do governo que tornam a imigração de profissionais formados em farmácia mais fácil, mas isso ocorre em ondas e não há garantias.

Como funciona o processo de entrada no curso de farmácia?

Assim como outros cursos de nível superior (graduate school) como medicina, direito, psicologia, e medicina veterinária, há várias peças no quebra-cabeça da aplicação.

Preparação e GPA em ciências

Como já falamos, é necessário já possuir um diploma de bacharel para se candidatar a farmácia (que é um programa de doutorado). Essa preparação, qualquer que seja o curso de sua escolha, precisa conter as matérias pré-farmácia:

– 1 ano de química geral (com laboratório)
– 1 ano de química orgânica (com laboratório)
– 1 ano de biologia (com laboratório)
– 1/2 ano de fisiologia (de mamíferos)
– 1/2 a 1 ano (dependendo da escola) de física (com laboratório)
– 1/2 a 1 ano (dependendo da escola) de microbiologia (com laboratório)
– 1/2 a 1 ano (dependendo da escola) de bioquímica (com laboratório)
– 1/2 a 1 ano (dependendo da escola) de matemática
– 1/2 ano (dependendo da escola) de estatística
– 1 ano de inglês (não é curso de inglês que você faz no Brasil, é aula de redação nas faculdades dos EUA!)
– 1/2 ano de economia
– 1/2 ano de redação avançada com oratória (public speaking)
– 1/2 a 1 ano (dependendo da escola) de matéria/s eletivas em humanas ou ciências sociais

Quanto mais competitiva a escola, mais criteriosos são esses requerimentos. Em escolas menos prestigiadas, 1 semestre de matemática e bioquímica é aceitável, por exemplo. Em escolas mais competitivas, é necessário 1 ano (2 semestres, ou seja, 2 matérias) de cada uma dessas disciplinas em que eu marquei “dependendo da escola”.

As matérias científicas dessa lista (matemática, biologia, física, química, microbiologia, e bioquímica) formam o que é chamado de GPA de ciências (science GPA). Você terá uma média calculada seguindo uma determinada fórmula que terá uma nota de 1.0 a 4.0. Se você, por exemplo, vai bem em matérias humanas e sociais e vai mal nas matérias científicas, você não será aceito em farmácia, pois seu GPA em ciências não será competitivo o suficiente para garantir uma vaga.

Seu desempenho na faculdade que você fizer antes de aplicar para farmácia será criteriosamente avaliado. Não só suas notas serão revisadas, como também suas atividades extra-curriculares (estágios, voluntariado, etc.), e PRINCIPALMENTE envolvimento com pesquisa científica.

Pesquisa científica

Nos EUA, pesquisa científica é altamente valorizada. Contando que farmácia é um curso de doutorado, experiência com pesquisa científica é necessária para a aplicação. Isso significa voluntariar para ajudar e se envolver com pesquisas dos seus professores durante o curso universitário.

Em instituições gabaritadas, os departamentos de ciências (envolvendo todos os cursos na área científica) sempre têm oportunidades para envolvimento com pesquisas já que os alunos de mestrado e doutorado precisam de estagiários e ajudantes para conduzir seus experimentos. É esse tipo de oportunidade que você deve procurar. Você não precisa necessariamente participar de pesquisas em farmácia! Se você faz faculdade de biologia, por exemplo, participar de pesquisas nessa área é extremamente valorizado. Se você pretende fazer faculdade no Brasil, faça de tudo para entrar em uma universidade pública (onde há muito mais oportunidades de envolvimento com pesquisa científica) ou particular de alto gabarito como PUC. Evite instituições sem histórico de pesquisa. O gabarito da escola onde você fez sua faculdade (undergraduate) será levado em conta durante o processo de aplicação para farmácia.

Conseguir participar de uma pesquisa a ponto de conseguir publicar um artigo científico (obviamente como autor secundário em uma lista de 8, 10 alunos!) vale ouro!

Como isso funciona?

Se você conseguir participar ativamente da pesquisa de um aluno de doutorado ou mestrado, por exemplo, há chances de que seu nome possa aparecer dentre a lista de autores do artigo. Geralmente o primeiro nome é o do professor orientador. Os alunos de doutorado ou mestrado aparecem em segundo, terceiro, etc., dependendo da quantidade de alunos envolvidos na pesquisa. Se sua participação for significativa o suficiente, você pode conseguir que seu nome também faça parte dessa lista.

Se você for bem sucedido em sua participação, você pode até mesmo conseguir publicar como primeiro ou segundo autor e isso terá um peso inestimável em sua aplicação, tanto para farmácia, quanto para outros cursos (como medicina), se você mudar de ideia posteriormente, ou um curso de mestrado e doutorado não profissionalizante – isso tanto no Brasil quanto nos EUA.

PCAT

Todo curso superior (graduate school) possui seu teste de admissão. Medicina tem o MCAT, MBA em administração tem o GMAT, direito tem o LSAT. Para farmácia, o teste é o PCAT. Esse é um teste de ciência que irá cobrar todas as aquelas matérias obrigatórias listadas acima, de inglês a física, química, e biologia. Esse teste é **extremamente difícil** e precisa ser prestado nos EUA. A nota nesse teste é equivalente ao peso do ENEM no Brasil (só para que o leitor entenda o papel do teste na seleção), mas não é o único elemento a ser levado em consideração. Um aluno com nota altíssima no PCAT, mas baixo GPA em ciências em seu curso superior, nenhuma experiência com pesquisa científica, pouca experiência adicional (voluntariado, estágios, etc.), acaba não conseguindo uma vaga em farmácia.

Lembre-se: quando o assunto é teste, praticamente todos os alunos competitivos terão notas excelentes. Seu diferencial tem que estar em outro lugar, não em notas.

Para obter informações sobre o PCAT, visite o site oficial: http://www.pcatweb.info/ O teste é administrado várias vezes por ano.

Cartas de recomendação

Um prática muito comum nas escolas Norte Americanas é a exigência de cartas de recomendação de professores e profissionais que te conhecem muito bem e que podem recomendar você como aluno.

Cartas de recomendação geralmente precisam ser enviadas lacradas (para evitar fraude). É importante verificar os requerimentos no site de aplicação para farmácia (a aplicação é unificada, você não aplica para cada escola separadamente).

Vale mencionar que cartas de recomendação são tão importante que às vezes são usadas para “desempatar” alunos com qualificações semelhantes (como notas altas). É essencial só pedir cartas de recomendação para professores e empregadores que realmente o conhecem muito bem e que irão falar bem de você.

TOEFL (ou teste equivalente)

Se você não fez high school (ensino médio) nem faculdade nos EUA, você precisará submeter resultados do TOEFL (teste de proficiência na língua inglesa). Vale mencionar também que naquela lista de matérias pré-farmácia, se você as cursou ou cursar no Brasil, você ainda precisará fazer 1 ou 2 semestres de inglês dentro dos EUA. Reitero que esse “inglês” não é curso de inglês em si, é matéria de redação que os próprios Americanos fazem durante a faculdade. Cursos de inglês para estrangeiros que você fizer tanto no Brasil quanto nos EUA não contam para preencher esse requerimento.

Processo de aplicação

Assim como medicina e medicina veterinária, o processo de aplicação para farmácia é unificado, ou seja, uma única instituição controla as aplicações de todos os alunos para todas as faculdades de farmácia nos EUA. Visite esse site para mais informações: http://www.pharmcas.org/

Complemente sua aplicação diretamente nos respectivos websites de cada universidade em que estiver interessado. Cada escola pode ter seus requerimentos específicos. Se informe com MUITA antecedência e prepare toda a sua documentação, como traduções de seus documentos e diplomas (veja que muitas escolas exigem que os documentos sejam traduzidos por uma única instituição de confiança deles nos EUA. Por esse motivo, não se precipite, gastando dinheiro traduzindo no Brasil, mesmo que o tradutor seja juramentado. Essas traduções geralmente não são aceitas).

Mantenha em mente que farmácia nos Estados Unidos é um curso muito mais competitivo do que no Brasil (pois os salários de um farmacêutico são muito mais altos). Repito que não vale a pena fazer o curso nos EUA se sua intenção é voltar para o Brasil. Também reforço que se você não tem Green Card ou cidadania Americana, pode não valer a pena manter expectativas de fazer esse curso nos EUA. Tanto as escolas são bem resistentes à entrada de estrangeiros, o curso custa uma fortuna (e não há bolsas! Estrangeiros não qualificam para receber financiamento), quanto as possibilidades de conseguir visto de trabalho depois de formado são limitadas.

Se você quer estudar nos EUA e voltar ao Brasil para praticar a profissão, existem outros cursos mais indicados, contudo o melhor é sempre fazer a faculdade inicial no Brasil (para evitar ter que validar diploma) e depois vir aos EUA fazer mestrado, doutorado, MBA, ou pós-graduação/especialização.

Se sua intenção é imigrar e viver nos EUA, fazer farmácia pode ser um caminho, mas não há garantias. Uma ideia é fazer fisioterapia no Brasil (curso que contém muitas das matérias pré-farmácia) e oferece um caminho mais fácil para imigração já que é um curso pouco popular nos EUA e há uma demanda muito grande de profissionais. Enfermagem também é outro na mesma linha e contém as matérias pré-farmácia. Vindo já com visto de trabalho, você precisaria trabalhar por vários anos primeiro a fim de ganhar o Green Card definitivo. Não é possível cursar farmácia (que é um curso integral) e trabalhar ao mesmo tempo. Mas é um caminho. Após receber o Green Card definitivo (o que pode levar até 10 anos em alguns casos), você pode pedir demissão do emprego a fim de aplicar para o curso de farmácia e receber financiamento estudantil.

Um atalho, se sua intenção é ficar nos EUA, que eu menciono porque, afinal, é uma opção, é se casar com um cidadão Americano ou portador de Green Card. Se você é uma pessoa solteira, não há porque excluir essa opção! O processo de obtenção do Green Card (que já permite obtenção de financiamento estudantil) e cidadania é extremamente rápido – comparando com todas as outras formas de se legalizar nos EUA.

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6 comentários em “Como fazer farmácia nos Estados Unidos?”

  1. Ok. Legal, então no meu caso que trabalho ha 8 anos em farmacia no Brasil sendo 5 como balconista, porém sem nenhum curso na especialidade, apenas com o conhecimento por experiência, não tenho praticamente nenhuma chance de trabalhar na função aí? Por falta de um curso na especialidade?

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    • Você é formado em farmácia? Se sim, talvez seja possível fazer um processo de validação do diploma, o que involve uma série de testes. Se você não é formado em farmácia, ou área relacionada como bioquímica, é impossível trabalhar em uma farmácia nos EUA (tendo qualquer responsabilidade ou manuseio de medicamentos).

      Abraços,

      Diego

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    • Pelo que eu entendi você não tem curso superior… nesse caso, não é possível imigrar para os EUA via trabalho. Somente pessoas com curso superior qualificam para o visto de trabalho, e isso ainda (hoje em dia) só pessoas com altíssima educação (doutorado) e em áreas extremamente técnicas como engenharia. Sua experiência de trabalho seria útil nos EUA caso você conseguisse uma outra forma de imigrar como se casando com uma Americana. Nesse caso, você conseguiria um trabalho em uma farmácia da mesma forma como faz no Brasil. Se você cursar a faculdade de farmácia, aí sim você tem condições de imigrar por trabalho, tanto para os EUA quanto para o Canadá, pois a área de saúde tem uma carência muito grande de profissionais nesses países.

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  2. Quero deixar minha opinião aqui. A educação nos EUA é excelente, mas não é “muito” melhor do que no Brasil não, principalmente nos cursos de formação básica (que definem a profissão da pessoa). O forte dos EUA é pesquisa científica, portanto, vale mais a pena ir fazer mestrado e doutorado (e pós-doutorado) no país do que querer fazer faculdade. Isso porque a maioria dos cursos que no resto do mundo são acessíveis apenas com um diploma de ensino médio, nos EUA exigem primeiro curso superior (bacharelado) e depois é que o aluno então entra em cursos como medicina, direito, e nesse caso, farmácia. Ou seja, o aluno demora muito mais para se formar e sendo estrangeiro, acaba com uma conta para pagar milionária. A maioria dos Brasileiros que acaba em sites como esse procurando informações sobre como estudar nos EUA não têm condições financeiras de arcar com os cursos de educação e de vida nos EUA, que superam – e muito – os custos de uma faculdade no Brasil. Muitos acham que podem conseguir bolsas, mas não é assim que funciona… Existem bolsas específicas no governo Brasileiro para que pesquisadores (mestrado e doutorado) passem determinado período fazendo pesquisa em uma universidade no exterior, e em troca o aluno deve voltar ao Brasil e dedicar X tempo à sua univerdade original no Brasil. Não é o que as pessoas pensam. Bolsa não é dinheiro de graça e praticamente não existem bolsas integrais que paguem uma faculdade inteira nos EUA, nem mesmo para os próprios Americanos, que obviamente, têm prioridade para receber essas bolsas (que se chamam scholarships). Full ride scholarships, aquelas que custeiam toda a vida acadêmica do aluno, são reservado para “estrelas”, alunos que nunca tiraram um 8.5 na vida ou alunos que jogam esportes profissionalmente pela escola. Novamente, isso geralmente é aplicável somente para os Americanos, não para estrangeiros.

    O meu ponto é que não vale a pela fazer FACULDADE nos EUA. O que vale a pena é fazer a faculdade inicial no Brasil e depois imigrar. Farmácia oferece grandes oportunidades de imigração e você faz o curso no Brasil em 4 ou 5 anos (ao invés de 8 nos EUA, 4 de college + 3 de farmácia). Depois de formado, você também pode fazer mestrado e doutorado nos EUA, lembrando que doutorado não é um curso, é um trabalho junto com a universidade e nesse caso, não é pago, você recebe um salário para ser pesquisador e escrever sua tese.

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  3. Gostaria de saber como funciona para pessoas que querem migrar para os eua e possui doutorado, não é meu caso mas tenho curiosidade em saber. Como seria o processo? Precisaria mesmo assim realizar algum curso ou apenas seguir uma sequencia de provas e outras exigencias?

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    • Olá Daiane,

      Existem algumas vias para pessoas altamente qualificadas:

      Uma delas é a pessoa ser contratada por uma empresa (ou universidade no caso de um PhD já que os empregos para doutorados são geralmente na academia). Nesse caso, a empresa/universidade aplica para um visto de trabalho. Contudo, é bom saber que esses vistos são limitados por ano pelo governo Americano e a pessoa realmente precisa ser muito bem qualificada (não basta ter doutorado, precisa ser um expoente em sua área de pesquisa) para que o governo aprove o pedido de visto. O governo Trump limitou ainda mais esses vistos (numa tentativa de reduzir todo o tipo de imigração) e até agora o governo Biden não aumentou o número de vistos de trabalho que podem ser dados anualmente.

      Outra via é a pessoa adquirir notoriedade em seu campo de trabalho (hoje em dia, isso não é difícil, publicando livros, cursos online, se tornando celebridade na internet, tendo milhares de seguidores na mídia social). Essas pessoas podem aplicar para o visto O, que é o visto de pessoas com “habilidades extraordinárias nas ciências, artes, educação, negócios ou atletismo (visto O-1A). A pessoa que ganha esse visto tem que vir para os EUA e trabalhar na área dela e primeiro a pessoa precisa ser convidada por uma empresa ou universidade que deseja obter seus serviços.

      Em nenhum dos dos casos a pessoa pode proativamente pedir o visto. Quem pede esses dois vistos é a empresa ou universidade que está interessada no trabalho da pessoa.

      Uma opção indireta é vir fazer pós-doutorado nos EUA. Nesse caso é dado um visto F1. Ao terminar o tempo (que pode durar vários anos) a pessoa pode tentar conseguir uma posição de professor adjunto em alguma universidade ou pesquisador na iniciativa privada e então aplicar para o visto de trabalho H1B.

      Existem poucas situações em que a pessoa pode vir sem ajuda de uma empresa ou universidade. Não é possível simplesmente imigrar para os EUA (excluindo casamento com Americano/a e asilo). Todas essas opções te dão um visto de não-imigrante e conseguir imigrar permanentemente exige que a empresa ou universidade que está bancando o visto renove seu contrato até dar o tempo para solicitar Green Card de permanência e futuramente cidadania.

      As opções para que tem muito dinheiro são os vistos de investimento e transferência entre empresas (categorias de visto E e L). Nesses casos, você, sendo empresário deve investir uma quantia considerável em empresa nos EUA ou tendo empresa no Brasil, pode transferir gestores (você mesmo) para trabalhar em filial nos EUA. Novamente, não são vistos de imigração, mas sim de permanência, ou seja, você só pode ficar no país enquanto a situação que te deu o visto durar (até passar tempo suficiente para aplicação de um Green Card permanente).

      Não há testes ou cursos a serem realizados.

      Abraços,

      Diego

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