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A sua vida já está acontecendo… AGORA

15 de janeiro de 2011 by Franciane Ulaf 11 Comentários

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Passamos a mais intensa e rica parte de nossas vidas sonhando, imaginando e nos preparando para a vida “real” que acontecerá quando crescermos. Na infância e na adolescência adquirimos o hábito de pensar em nossa vida como sendo algo “ainda para acontecer”. Precisamos, então, nos preparar, estudar bastante, ser disciplinados, educados e tudo o mais que nos dizem ser importante para o nosso futuro. No fundo de nossas mentes, estamos tentando fazer sentido de tudo isso e passamos um bocado de tempo pensando sobre como será essa vida para a qual os adultos insistem em dizer que temos que nos preparar bem.

Esse hábito adquirido de pensar sobre o que vamos ser quando crescer pode se tornar tão ferrenho que alguns de nós crescem e não se dão conta de que o tempo passou e que a vida já está acontecendo… AGORA!

Pode parecer tola a noção de que alguém pode não se dar conta de que cresceu, mas esse mecanismo é muito mais sutil do que um comportamento simplesmente infantil. Não estou me referindo às eternas crianças, pessoas que se recusam a amadurecer ou qualquer coisa nesse sentido. Estou falando de pessoas normais que levam a sério suas vidas adultas e estão bem cientes de sua idade, mas ainda mantêm o hábito de ver sua “vida real” como algo que ocorrerá no futuro. É o caso daquela pessoa que está sempre se preparando, em sua vida tudo é temporário. Essa preparação pode se estender por décadas, mas ela ainda mantém o hábito infantil de sonhar com o futuro como algo logo ali adiante, que, quando acontecer, será maravilhoso e satisfatório… mas ainda não chegou a hora. O que ela não percebe é que o tempo de se preparar já passou, sua vida “real” já está acontecendo e ela não é tão maravilhosa quanto o sonho infantil.

Esse hábito é um grande gerador de ansiedade. Desde sua origem na infância, a criação mental de um futuro de sonhos e o tempo dispensado com suas elucubrações e fantasias apenas rouba a pessoa de vivenciar e aproveitar o presente. O exagero nas expectativas em algumas pessoas vem da pressão colocada na ideia de futuro pelos adultos em suas vidas quando crianças e adolescentes. Quando há uma forte e freqüente repetição de idéias como:

– “Se você não estudar bastante agora, você não vai conseguir um bom emprego quando você crescer e vai ser um fracassado na vida, é isso que você quer ser?”;

– “Você tem que aprender a ser educado, senão ninguém vai gostar de você quando você crescer” – idéia que é a semente da timidez e fobia social em muitas pessoas, a síndrome do “bonzinho”;

– “Você não vai conseguir arranjar namorado quando você crescer.” – se referindo a qualquer comportamento indesejado ou inconveniente em meninas;

– “Se não casar até os 30, vai ficar pra titia”.

Essas e outras frases comuns repetidas incessantemente por adultos, principalmente para as gerações que hoje têm entre 25 e 55 anos, ficam marcadas na mente mesmo na vida adulta e, inconscientemente, a pessoa não percebe que já cresceu ou ainda mantém a ansiedade relacionada à pressão na infância, como se casar antes dos 30 ou não ser capaz de arranjar namorado.

Para a maioria das pessoas o que mais incomoda é a insatisfação na vida profissional, amenizada pelo mecanismo de auto-engano de que o presente é apenas temporário e o auge profissional será conquistado “no futuro”. O problema é justamente o fato de que esse futuro nunca chega, mas a pessoa não percebe e continua mantendo a mesma noção retilínea de presente temporário VS. futuro de sonhos.

Com o passar do tempo, uma parte da mente começa a desconfiar do processo de auto-engano e a ansiedade tende a aumentar. Isso ocorre geralmente entre os 40 e 50 anos e é chamada de “crise da meia-idade”. Quando a pessoa se dá conta de que o temporário está durando muito e os sonhos não estão se realizando, ela começa a entrar em desespero. Ansiedade intensa e angústia são comuns nessa fase. A esperança dá lugar a uma sensação de frustração e fracasso, como se finalmente a mente estivesse se dando conta de que foi enganada – não há terra prometida alguma no final da jornada e é nesse ponto que o que era inconsciente começa a vir à tona e ser colocado em reflexão.

Minha dica para superar ou evitar essa frustração é manter a mente no presente e procurar não se envolver com qualquer coisa que mereça o nome de “temporária” ou que seja vista como “preparação”. Se você já é adulto, sua vida “real” já está acontecendo. O tempo de se preparar já acabou, faça só o que merece ser feito (esqueça o que for temporário) e se permita arriscar mais ao invés de se auto-enganar com toda a idéia de preparação, que geralmente é apenas um artifício da mente para retardar a hora H em que você deve assumir riscos e se expor mais na vida. Claro que tudo dentro dos limites da sensatez. Se você está estudando medicina, isso é realmente uma preparação! Não vá querer operar alguém antes da hora! 🙂

Franciane Ulaf

Franciane Ulaf é administradora e psicóloga, especializada em psicologia evolutiva. Atualmente, Franciane é mestranda em psicologia na Universidade de Harvard. Sua linha de estudos investiga as raízes evolutivas da natureza humana. Franciane escreve sobre comportamento humano, produtividade, psicologia, biologia e evolução.


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Arquivado em: Desenvolvimento Pessoal

Reader Interactions

Comentários

  1. Amanda diz

    28 de janeiro de 2011 às 18:11

    Chorei ao ler esse artigo! Sem brincadeira, chorei mesmo! Eu tenho 30 anos e muitas vezes me pego pensando que ainda preciso me preparar para a minha vida que ainda está para acontecer, quando eu me dou conta de quão patética eu sou… Já estou ficando velha e não sinto que vivi minha vida até aqui. Eu tenho um certo medo de me arriscar e de me expor e acho que a minha zona de conforto é exatamente essa “preparação” que você fala. É como se ainda não estivesse valendo, como um jogo que você pode treinar antes da partida de verdade. Nunca senti que entrei no jogo da vida de verdade e me sinto uma covarde por causa disso.

    Obrigado por todos os seus insights, eles me ajudam demais!

    Amanda

    Responder
  2. Nikole diz

    2 de fevereiro de 2011 às 16:24

    Ei Franz,

    Te admiro há muito tempo, tenho seu livro de montar negócios em sites (só não tive a coragem de começar ainda), e esse artigo está maravilhoso como sempre! Incrível o seu dom de mostrar a todos exatamente o que não conseguimos enxergar! Mais uma vez, obrigada!! Abraços da fã, Nikole.

    Responder
  3. Daniela diz

    10 de fevereiro de 2011 às 11:20

    Bom dia Fran!!

    Maravilhoso artigo!!
    Grata pela clareza e lucidez… que me auxiliam na minha vida.
    Daniela

    Responder
  4. Geraldo diz

    13 de fevereiro de 2011 às 03:34

    Muito bom o artigo, obrigado por ajudar a solucionar nossos dilemas.

    Responder
  5. Perséfone diz

    5 de abril de 2011 às 13:40

    É, descobri que sou uma “ansiosa normal”…que só eu tinha esses tipos de artifícios…bom me redescobrir, saber que sempre há tempo p mudar, corrigir essa zona de conforto..muito obrigada.

    Responder
  6. Patrícia Millena diz

    14 de abril de 2011 às 15:08

    Estou emocionada com o que li. Parece que estou diante de um espelho. É impressionante, eu sabia que havia algo de errado comigo e não conseguia conectar as idéias e dá um sentido pra o que sentia e de repente você. Obrigada e parabéns, não estou conseguindo verbalizar mais estou muito satisfeita com o que li.Um abraço.

    Responder
  7. simone diz

    5 de junho de 2011 às 21:03

    E quando você já conquistou tudo, formação, cargos, etc e aos 40 perde, que fazer? Como não pensar no futuro, pois o agora chegou e está vazio e você percebe que virou uma grande piada da vida isso sim…Não devo me preparar mais então, viver o nada? E as contas, quem paga???O texto é bom para quem chega aos 40 estabilizado, e quando não se está estabilizado? Qual o futuro? o corpo não é mais o mesmo, nem somos mais tolos em acreditar em tudo quanto antes..Tá, vou viver o “agora” sem dinheiro, sair por aí fingindo que está tudo bem, rindo, rindo de quê, do fracasso?A vida é real, e as contas também são em reais….Abraços.

    Responder
  8. Fabiano diz

    5 de julho de 2011 às 23:50

    Venho por muito tempo tentando descobrir o que está acontecendo comigo. Sinto muita angústia. Já me perguntei várias vezes o que eu tenho, mas nunca obtive resposta. Esse texto me fez refletir muito, parece que sou eu ali citado. Na reflexão que fiz, foram abertas várias janelas, que jamais foram abertas. Acredito eu,que agora posso tirar muitas conclusões de minha vida depois de ler esse texto. Agora, que conheço esse site, vou ficar frequentador assíduo. Abraço.

    Responder
  9. Alba diz

    27 de julho de 2011 às 16:30

    Olá Fran. Conheço esse site desde sua formação, te admiro muito e não deixo de ler um artigo sequer. Ainda não tinha deixado nenhum comentário aqui, mas o que me levou a fazê-lo foram as palavras da Simone.

    Olá Simone, tenho 31 anos e por muitas vezes achei que já havia conseguido tudo que pretendia até perder tudo e me sentir impotente diante da vida. Entendo quando você fala no vazio que o “futuro” te trouxe e na “piada” que você se auto denomina, com certeza, palavras bonitas não pagam as nossas contas, sei muito bem disso, mas o que eu percebi depois de algum tempo foi que a revolta que a gente sente nesses momentos também não pagam.
    Não viva o agora sem “dinheiro” nem saia por aí “fingindo que está tudo bem” pois sua desilusão apenas irá aumentar e lhe sucumbir, viva um momento de cada vez.
    Aproveite sua experiência de vida, sua formação e contatos e procure dar um novo rumo a sua vida e a si mesma. Não será fácil, mas você estará vivendo um novo “presente” e com a sua persistência e força de vontade o seu “presente” amanhã será mais reconfortante do que a desilusão que você está vivendo hoje.
    Tenha fé em Deus, Ele acredita em você, acredite você também.

    Abraço.

    Responder
  10. LEILA diz

    24 de agosto de 2011 às 00:42

    somente agora me dei conta o q me deixava tao dscontrolada , deseperada sem chao por tudo e por nada era essa sensaçao de derrote de preocupaçao com o futuro e ao inves de fazer algo eu sempre me isolo do mundo pq e muito mais confortavel do que tentar fazer algo , mesmo pq eu nunca consegui entender o q me deixava tao paralisada as vezes nao consigo tomar desiçoes pequenas do dia a dia e entro em desespero por pouco motivo quando li esse artigo me deu um aliviu imediato .

    muito obrigada

    Responder
  11. helio diz

    15 de fevereiro de 2012 às 12:58

    É exatamente deste jeito que me sinto toda a hora em que penso…
    Pensar para mim ficou uma coisa muito ruim…]
    acho que sou ansioso demais.
    este artigo me ajudou bastante.

    Responder

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