Temos conversado bastante por aqui sobre como ser capaz de descobrir as “respostas certas” para atingir os resultados que desejamos na vida. As respostas certas dependem fortemente das perguntas certas e para isso, um grau de independência mental precisa ser desenvolvido para que possamos pensar sem a influência de outras pessoas. Para isso, muitas vezes, precisamos desafiar figuras de autoridade, pessoas que se impõem e tentam nos fazer acreditar em suas verdades.
Pessoas que começam esse processo geralmente sentem a necessidade de pedir demissão de seus empregos (ou acabam demitidas!) e começar a trabalhar por conta.
Isso pode parecer assustador à primeira vista, porém, quando você começa a pensar de forma crítica, os joguinhos de poder e a autoridade, tão comuns nas organizações, começam a se tornar insuportáveis e você começa a sentir uma ânsia incontrolável por liberdade.
Em certos casos, a maior figura de autoridade em nossas vidas não está em um emprego em que podemos dar um pontapé da noite pro dia. Quando a figura de autoridade e controle está dentro do seu lar ou em seu círculo íntimo familiar, o esforço precisará ser mais enfático. Lutar com agressividade é tolo. É preciso se estabelecer como “fora do círculo de controle” dessa pessoa para que a autoridade dela não mais o afete. Isso exige firmeza de caráter, assertividade e disponibilidade de não se vender por chantagem emocional. Quando a figura de autoridade está dentro da nossa família – seja um de nossos pais, um cônjuge, um irmão -, esteja certo de que a chantagem emocional será uma forte arma a ser usada. Pessoas autoritárias precisam controlar os outros para se sentirem confortáveis e não permitem que seus controlados se tornem independentes.
Você pode estar se perguntando: “Mas por que isso é necessário? Por que é preciso ir tão longe, desafiando autoridade, arriscando até mesmo perder meu emprego?”.
Meus ensinamentos têm como base a conquista de uma maior independência pessoal para que a vida possa ser vivida com sentido e não por mera obrigação. Chamo essa “filosofia de vida” de Carpe Diem. Carpe Diem é a síntese da liberdade e do aproveitamento do tempo. Mas se você está preso a um emprego ou a uma figura de autoridade que dita o que você deve fazer e como você deve viver, onde está sua liberdade?! A meu ver, aprender a ser emocionalmente livre, sabendo como não se vender para figuras de autoridade, é um dos primeiros passos para ser completamente livre. Por que as pessoas “se vendem” para figuras de autoridade? Porque, em troca, elas recebem amor, atenção, elogios, promoções, aumentos, bônus, enfim, como o bom aluno na escola, há certas vantagens em corroborar com a autoridade vigente, porém nada se compara à vantagem de ser livre e poder fazer o que se bem entende sem pedir autorização ou esperar aprovação de ninguém!
Desafiar autoridade é uma postura íntima. Não é preciso fazer como o adolescente revoltado que briga e esperneia. Basta manter-se fiel a você mesmo, mostrando ao outro que você não está interessado no que ele tem a lhe oferecer ou que você o apreciará se ele se mostrar digno de seu apreço e não porque ele é mais forte que você. Isso se chama assertividade.
Em relações familiares, essa última postura é que garante sua liberdade e ela é plenamente possível quando você mostra ao outro que seu caráter é inabalável, que você não cai em chantagens emocionais baratas, estando disposto a pagar o preço da dissolução da relação caso o outro não aceite sua liberdade.
Veja que a figura de autoridade emocional geralmente é uma pessoa insegura que precisa impor seu poder sobre os outros para se sentir bem. Quando ela está no controle, ela se sente poderosa e confiante, no entanto, ela não é nem autoconfiante, nem poderosa e quando você se dá conta desse segredinho dela, você a tem em suas mãos. Pessoas controladoras temem aqueles que não podem ser controlados. Não é necessário se rebelar, basta mostrar que você não é controlável.
Muitas vezes, as pessoas são incapazes de enxergar a realidade, pois certas figuras de autoridade em suas vidas colocaram suposições em suas cabeças e elas acreditam passivamente nessas falsas verdades, sendo incapazes de questionar e seguir adiante. Isso é muito frequente quando se cresce acreditando no que os pais contam como verdade absoluta, ou na confiança cega em autoridades religiosas.
O sucesso em seus objetivos pode exigir que você revise alguns conceitos que tem sobre “como as coisas funcionam”, pois uma das razões para o fracasso é justamente acreditar nas ideias erradas sobre como conquistar o que se deseja.
Esse é o primeiro passo para enxergar a realidade, pois não estando mais preso a uma figura de autoridade, você se sente mais livre para pensar o que quiser e procurar as respostas para as perguntas mais pertinentes sem ter que aceitar a opinião de ninguém.
Muito interessante como sem percebermos, nos deixamos levar por pessoas que nos sugam e ao mesmo tempo se fazem de coitadas. Mas quando nos rebelamos, agridem e se fazem de injustiçadas e mal compreendidas.
Este artigo me traz a consciência de como me portar melhor com estes”mandões” que desejam sempre nos guiar.Perdi muito de minha vida vivendo a vida dos outros.
Noto que esse tipo de pessoa, tenta controlar tudo e todos. Principalmente pelo dinheiro. “comprando” as pessoas. Não deixo pessoas assim fazer parte da minha vida.
Liberdade é muito apreciada quando vivida plenamente.
Muito interessante este artigo. Tenho uma irmã que é psicóloga e que descobriu como os nossos pais manipulavam os filhos a ponto de terem “colocado os irmãos uns contra os outros”, segundo ela mesma me disse e por isso mesmo, está entre aspas.
E, ela rompeu com eles. Não atendia telefone, não os visitava e não permitia visita deles.
Contudo, meu pai fez uma “jogada estratégica”: vendeu um imóvel que tinha, e fez uma doação de herança para os filhos. E agora ela voltou a ser amiga deles. Disse que “perdoou”, mas eu particularmente penso que a questão de perdoar não significa voltar a ser conivente com os erros de outrem.
Eles deram a herança, mas exigiram que os filhos investissem o dinheiro naquilo que eles quisessem. E acabaram decidindo por ela naquilo que ELES ACHAVAM MELHOR o investimento do dinheiro, embora fosse herança.
Comigo eles pressionaram, mas eu resisti, e aí eles ficaram com raiva. Ficaram com raiva, mas por outro lado se sentiram mais fortes, porque agora, tinham uma nova “aliada”.
Que coisa não? Como o dinheiro muda as pessoas ao ponto até de fazê-las “perdoar”…