Como encontrar a motivação?

Franciane Ulaf

Como encontrar a motivação?

“Quem tem um porquê para viver, pode enfrentar todos os ‘comos’” – Nietzsche

Muito se fala em motivação e a maioria das pessoas ainda continua “em busca da motivação perdida”, sem saber que para se sentir motivado é preciso saber para onde está indo. Quem não tem metas, acaba não vendo razão para fazer as coisas. Motivação vem de “motivo”. Qual o motivo pelo qual você faz o que faz? Se a resposta não lhe agrada ou você não sabe responder, você não se sentirá motivado.

E isso não tem necessariamente a ver com um trabalho cheio de desafios e novidades. A motivação nasce quando você sente que o que faz tem sentido e você gosta do que está fazendo. O seu grau de motivação para continuar progredindo determina o grau de realização das metas que você estabelece na vida.

O contrário também é verdadeiro: quanto mais metas você tiver – inclusive objetivos de longo prazo –, mais motivado você estará para conquistá-las, simplesmente porque são as suas metas, os seus sonhos. Quando temos que nos esforçar para realizar metas estabelecidas pelos outros, é comum a desmotivação se instalar a não ser que essas metas “externas” façam parte da concretização de uma meta “interna” – como disse Peter Drucker, os seus valores e os da empresa devem ser compatíveis, do contrário você se sentirá desmotivado. Claro! Por que você vai dar o melhor de si para atingir metas que para você não fazem o menor sentido?

Esse é um dos principais motivos da desmotivação em nossa sociedade. Muitas pessoas sem opção de escolha de emprego, acabam aceitando qualquer coisa só para garantir o próprio sustento. Vivem com o peso de terem que realizar algo cujo sentido não lhes interessa. Às vezes, os outros ditam o que você quer e o que deve fazer e, a princípio, você pode aderir aos seus planos, mas se não tiver seus próprios motivos de estímulo, perde o interesse em alcançar a meta.

Mas será que tem que ser assim? Será que temos que aceitar um destino imposto pela vida e não há outra escolha? A história nos mostra que não. Há inúmeros casos de pessoas que saíram de uma condição muito inferior aos padrões da sociedade e conseguiram ser bem sucedidas. São essas pessoas que tinham um sonho e acreditavam nele, possuíam objetivos de longo prazo e, conseqüentemente, sempre estavam motivadas, enquanto as pessoas que não conseguiram são as que mantinham a mente somente no presente. Não tinham metas, não tinham sonhos, eram pessimistas com relação ao futuro e tinham uma postura reativa diante da vida – esperavam que algo externo resolvesse seus problemas, não admitiam uma atitude ousada para melhorar o futuro, pois temiam que ”alguma coisa pudesse dar errado”. Essas pessoas estavam sempre desmotivadas, reclamando da má sorte, do governo, da vida ingrata… A própria história se encarrega de nos mostrar que os objetivos pessoais são os grandes responsáveis pelo sucesso e pela motivação.

Por outro lado, é importante manter em mente que não devemos esperar a motivação para começar ou dar continuidade aos nossos projetos. O motor da motivação é a persistência. Os casos que observamos de pessoas que “chegaram lá”, conseguiram superar grandes obstáculos ou demonstram grande resiliência têm uma coisa em comum: uma determinação de ferro sustentada pela persistência, o senso de continuar progredindo aconteça o que acontecer. Isso é diferente de motivação. Motivação é uma força que sentimos na pele, gasolina no tanque, energia. Não é possível sentir-se motivado o tempo todo. Haverão momentos ao longo do caminho em que esse tanque estará quase vazio (ou até mesmo completamente vazio). O que fazemos nesses momentos é que determina nosso sucesso. Há os que esperam a motivação voltar e nesse meio-tempo não fazem nada e há os que continuam seguindo seus planos, mesmo sem sentir um pingo de motivação.

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