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Você tem brilho nos olhos? Qual o segredo da automotivação?

14 de setembro de 2010 by William Johnson Deixe um comentário

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O que você enxerga quando se olha no espelho toda manhã: alguém que só faz as coisas por obrigação ou uma pessoa determinada e comprometida com os seus objetivos? Se a resposta for a primeira opção, não temos muito a dizer. A não ser que as suas chances de brilhar, pessoal e profissionalmente, são quase nulas. A razão? Falta de automotivação. Falta você acreditar naquilo que faz e determinação para alcançar as metas futuras. “Se a pessoa não conseguir se motivar sozinha, os meios externos ajudarão pouco”, diz a psicóloga e consultora paulista Bene Catanente.

Se você se enquadra na segunda alternativa, parabéns. Motivação é fundamental em tudo o que fazemos na vida. “Pessoas automotivadas têm uma missão definida. Elas não se cansam nem se estressam com os possíveis obstáculos”, diz Jair Moggi, consultor de recursos humanos em São Paulo. “Elas têm aquele brilho nos olhos.”

Esse brilho é visível no indiano Cedric Lewis, 60 anos, presidente da filial brasileira da sueco-suíça ABB, líder mundial na área de sistemas de energia. Ele acorda por volta das 5 horas da manhã para ler ou caminhar. Três vezes por semana ele participa de reuniões com a sua diretoria. Uma delas dura todo o expediente. Mesmo com a agenda lotada de compromissos, Lewis conversou pessoalmente com a EXAME na mesma terça-feira em que havia retornado de Zurique. Lá, ele comandara duas reuniões mundiais e um jantar para 70 pessoas durante o final de semana. Na quinta-feira seguinte à entrevista, viajou para São Roque, onde dirigiu um seminário voltado às famílias de 150 funcionários. “Preciso gerar idéias o tempo todo”, diz Cedric. “Não consigo ficar parado.” Segundo Moggi, o que pessoas motivadas como Lewis fazem é conectar sua missão pessoal com a da empresa. “Está ao alcance de qualquer um. Basta focar na essência do que você está fazendo.”

Para começar, diz Moggi, é necessário construir quatro pontes. A primeira é a identificação consigo próprio. É algo que se refere ao pensamento. “Não basta ter um belo discurso”, diz Moggi. “É preciso agir.” A segunda delas interage com os sentimentos. Faz com que, por exemplo, você acorde cedo todos os dias e vá para o escritório. As empresas mais competitivas não querem mais saber de gente que segue para o trabalho motivada apenas pelo salário. A realização deve ser também pessoal. A terceira ponte, a da dedicação, ocorre quando você se empenha no trabalho a ponto de deixar de almoçar para concluir um relatório. “Cada vez mais as empresas vão investir na capacitação de funcionários que já estejam nesse nível de motivação”, diz Pedro Mandelli, consultor especializado em organização e mudanças. Finalmente, há a segurança, relacionada aos atrativos materiais (salário mais benefícios). “Sem essas quatro ligações, dificilmente um profissional será automotivado”, diz Moggi. Veja o que diz a respeito o consultor americano Richard Barret, autor de Liberating the Corporate Soul: “Só nos sentimos automotivados a fazer algo quando isso realmente nos beneficia de alguma forma”.

Mas, afinal, como se tornar uma pessoa automotivada? Para alguns especialistas, isso dificilmente ocorre se não houver um equilíbrio com estímulos externos. “A motivação externa faz com que as pessoas focalizem os resultados”, afirma Edward Deci, Ph.D. em psicologia e diretor do centro de motivação humana da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos. As pessoas vivem se perguntando: “Mas o que eu vou ganhar com isso?” Essas pessoas só estão correndo atrás de resultados imediatos. Se enxergarem o trabalho como uma obrigação, terão mais dificuldades para se sentir motivadas.

Não estamos pregando aqui que as recompensas monetárias não possam ser motivadoras ou devam ser descartadas. Mas, por si, elas não conduzem à automotivação. Por isso, as empresas que desejam ter funcionários proativos devem dosar com sabedoria as recompensas. Uma vez que você começa a usá-las para motivar as pessoas, não conseguirá voltar atrás facilmente. Um bom exemplo é o show de focas apresentado em zoológicos. Elas batem as nadadeiras, fazem piruetas e equilibram as bolas com seus focinhos somente enquanto estão sendo alimentadas. “Pessoas que só pensam em recompensas acabam se apegando a algemas de ouro”, diz Moggi. Outro ponto importante sobre a administração de recompensas é que elas devem ser eqüitativas. As pessoas precisam sentir que os prêmios são proporcionais às suas contribuições. Na Microsiga, uma empresa paulista de software de gestão empresarial, escolhida pela EXAME como uma das 50 melhores empresas para trabalhar, existe um programa chamado Projeto Boca-a-Boca. Para cada idéia aproveitada pela empresa, o funcionário ganha pontos que, acumulados, são transformados em prêmios. “Com o programa, sensibilizamos os funcionários a ser mais motivados”, diz Sofia Refinetti, analista de recursos humanos da Microsiga.

Outra maneira de motivar pessoas é com elogios. Melhor ainda se acompanhados de pequenos gestos. Antônio Carlos da Cruz, presidente da Teletrim, a maior empresa de pager do país, diz que é pródigo nessa prática. Desde que assumiu o cargo, em 1995, ele cria incentivos mensais para todos os seus 1 250 funcionários. Essa maneira de demonstrar atenção pode ser por meio de uma rosa, um panetone ou uma mochila. Todos os funcionários recebem também, no dia do seu aniversário, uma caixa de chocolates. “Tento fazer com que eles encarem o trabalho como um hobby”, diz Cruz. “É mais fácil trabalhar quando se faz com prazer.” De onde vem sua auto-motivação para motivar seus funcionários? “Me pergunto todas as manhãs como posso ser melhor do que fui ontem”, afirma Cruz.

A motivação interna está associada a uma experiência mais rica e criativa. “Ser automotivado é estar envolvido em uma atividade e não necessariamente em atingir um objetivo”, diz Deci. É o que acontece com Lewis, da ABB. Fluente em seis idiomas (inglês, dinamarquês, sueco, espanhol, alemão e português), ele planeja aprender italiano. Por que? Apenas para sentir novamente o prazer de aprender algo novo.

É difícil alguém ser automotivado 24 horas por dia. Também não há nenhuma fórmula mágica para despertar a automotivação. O segredo, para quem persegue o sucesso, é permanecer desmotivado o mínimo de tempo possível. “É em seu próprio interior que você encontrará a força que não está usando”, disse, certa vez, Thomas Watson, o visionário que construiu a IBM. “Quando começar a usá-la, irá tirar o máximo proveito da situação.” O primeiro emprego de Watson foi como vendedor de pianos, órgãos e máquinas de costura que levava numa carroça a famílias de fazendeiros no interior de Nova York.

Watson também dizia que jamais se consegue melhorar com imitação. É por isso que há cada vez menos empresas dispostas a torrar dinheiro com aqueles programas tradicionais de motivação, como levar uma equipe de vendas para um final de semana num hotel-fazenda. O que as empresas devem fazer é se empenhar para recrutar o profissional certo para o lugar certo. Quando bem selecionados, os funcionários liberam suas energias sob a forma de resultados produtivos, afirma Deci. “É extremamente importante que as pessoas em cargos de chefia proporcionem mais opções de tarefas ao seu pessoal”. A autonomia, segundo Deci, é fundamental para predispor as pessoas à automotivação. Ao proporcionar escolha às pessoas, elas sentem que você simpatiza com elas como indivíduos. “Do contrário, elas só se envolvem parcialmente com as atividades”, afirma ele. Mas quando as pessoas estão inteiramente dispostas a fazer o que estão fazendo, elas abraçam aquela atividade com senso de interesse e comprometimento.

Veja o que aconteceu na ABB. Havia tempos a empresa tentava criar um projeto eficiente voltado ao meio ambiente. Em vez de ir buscar uma solução fora da empresa, Lewis apostou num projeto apresentado por um trainee e a ABB ganhou o certificado ISO 14001.

O Grupo Algar, que também figura na lista das melhores empresas para trabalhar, permite que seus funcionários façam seus próprios horários de trabalho. Ali, o importante é cumprir as metas. “Com essa flexibilidade, ganhamos comprometimento”, diz Pérsio de Oliveira, especialista em talentos humanos do grupo.

São atitudes e práticas como essas que promovem um ambiente propício à automotivação. Para pessoas auto-motivadas, o importante não é ser o melhor em tudo o que fazem. Basta ter um desafio pessoal significativo e conseguir o melhor de si.

William Johnson

William Johnson, Ph.D foi psicólogo e consultor, especializado em autoestima e superação de dificuldades pessoais como ansiedade e insegurança. William tinha mestrado e doutorado em psicologia pela Universidade da Carolina do Norte (Chapel Hill). O Dr. Johnson morreu de câncer em 2017.


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