Como moldamos nosso futuro a cada momento

Carlin Flora

Candidiase preservativo

Como escolhas aparentemente inconsequentes moldam a sua vida

Semana passada, eu li um artigo que alegrou o meu dia, um texto sobre a fórmula para o sucesso e para o fracasso por um filósofo de administração Jim Rohn. Rohn raramente diz algo que você, no fundo, já não saiba, mas a maneira como ele aponta as coisas é que o faz pensar e até mesmo mudar seu comportamento – algumas vezes para a vida toda. Esse artigo me lembrou de quão sutil e sorrateiramente o sucesso e o fracasso nos acompanham em nosso dia-a-dia. Nós podemos almejar grandes objetivos, fazer marcos e dizer centenas de palavras otimistas, mas são as pequenas decisões cotidianas que vão, no fim das contas, nos conferir sucesso ou fracasso.

Eu me debato muito com minhas finanças. Eu trabalho duro e organizei minha vida de tal forma a ter várias fontes de renda das diferentes coisas que faço e amo. Eu não preciso ter muitas coisas e geralmente tenho o suficiente para ser feliz. Mas, assim como muitas pessoas, eu ajusto meus gastos de acordo com minha renda atual. Eu vivo com conforto e aproveito a vida, mas não tanto quanto eu poderia se eu pudesse ter um controle melhor de minhas pequenas decisões diárias sobre dinheiro.

Quando se trata de gastar dinheiro, eu costumo viver mais o hoje do que o amanhã. Resultado: não tenho nem dinheiro suficiente na poupança, nem toda liberdade financeira que eu gostaria de ter para criar o novo nível de vida que eu gostaria de levar.

Para citar um exemplo, hoje eu poderia perfeitamente bancar o aluguel de uma pequena casa em uma praia tropical (como eu já fiz no passado) para dar uma escapada, escrever, sonhar e relaxar – nada mal, um sonho de muitas pessoas, mas realmente muito irritante quando se está em uma casa cujos vizinhos de quarteirão acham que todo mundo tem que acordar junto com o primeiro raio de sol (essa foi minha experiência passada).

Meu sonho é viver num ambiente só meu, que eu possa controlar nos mínimos detalhes, mas as decisões comuns que eu tomo com relação a dinheiro hoje (por exemplo: “Vamos jantar fora DE NOVO! Por minha conta DE NOVO!”) continuam me impedindo de viver meu grande sonho: ter minha casa em uma praia tropical em um lugar calmo e criar um centro de reabilitação lá.

Alguns exemplos de pequenos hábitos que o fazem arruinar sua vida no longo prazo, de acordo com Rohn:

– Comer as comidas erradas só pelo prazer do momento;

– Fumar demais;

– Beber demais;

– Não ler livro algum num prazo de três meses;

– Cometer outro erro (aparentemente pequeno) em suas decisões diárias;

– Perder tempo fazendo coisas que não acrescentam nada à sua vida.

Como Rohn aponta, com cada um desses hábitos, nada acontece após algumas semanas – ou até mesmo meses e anos. Eles satisfazem na hora e não têm conseqüências imediatas. O resto de sua vida pode parecer estar correndo muito bem, mas seus hábitos diários (o que você faz e o que você deixa de fazer) constantemente plantam a semente do sucesso ou do fracasso futuro – financeiro, físico, profissional e pessoal.

Eu adoro como Rohn explica a fórmula do sucesso ou do fracasso: “Algumas disciplinas simples, praticadas diariamente”. Vimos um conceito parecido por aqui há algumas semanas, quando Darren Hardy explicou o poder do Efeito Composto na construção do sucesso.

Aqui vão algumas disciplinas que eu gostaria de praticar todos os dias úteis da semana (algumas eu já pratico, outras eu gostaria de praticar):

– Dormir de oito a nove horas por noite e levantar até às 8h;

– Rezar e meditar todas as manhãs;

– Manter um blog ou encontrar qualquer outra maneira de escrever algo original;

– Dançar – ensaiar o meu flamenco, praticar com o DVD do balé de Nova Iorque ou fazer alguma aula;

– Trabalhar com/interagir com a mídia – eu adoro e é essencial para meu sucesso como autora;

– Fazer algo que melhore minha vida financeira;

– Ler algo que aumente meu conhecimento ou me inspire.

Algumas coisas que eu gostaria de parar de fazer:

– Ficar acordada até tarde;

– Perder tempo na internet;

– Gastar impulsivamente com a desculpa de que “eu mereço porque…”;

– Distrair-me com bobagens enquanto “trabalho”, reduzindo minha produtividade;

– Checar sempre meu e-mail ao invés de me preocupar em focar em maneiras efetivas de mudar a vida.

O que você gostaria de transformar em um hábito diário? De quais hábitos você gostaria de se livrar?

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4 comentários em “Como moldamos nosso futuro a cada momento”

  1. Artigo interessante,pois leva-nos a refletir coisas simples, é importante listar o que queremos fazer e depois criar possibilidades para realizar, ou seja, pragmatizar as idéias. O essencial não é complexo.

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  2. Por experiência própria, há coisas que não há um “como fazer” do ponto de vista teórico. Você tem que apenas fazer e ponto. E isto, para o seu bem ou para o seu mal.

    Eu tinha um vício de ficar no facebook durante muitas horas por dia. Sempre procrastinava minhas atividades ligando o computador para dar uma olhadinha no facebook.

    E, justo quando eu estava para tomar a decisão de não entrar mais lá (no facebook), aconteceu algo “incrível”: tive a ideia de criar um grupo de Auto Ajuda. Eu achava que a criação do grupo não ia interferir na minha vida “off line”. Mas a verdade foi que a criação do grupo foi só uma desculpa para continuar no facebook.

    E então algo mais incrível aconteceu depois que criei o meu grupo: voltei a beber (eu já estava há um mês sem beber) e comecei a me sentir mal com aquele trabalho.

    Mas, eu tinha a resposta para isso em um dos meus “passo a passos” que eu passava diariamente para as pessoas, que é:

    – Como saber se a opção que você está fazendo é boa ou ruim para você?
    R: Sabendo como você SE SENTE perante a opção feita (e essa é uma dica para todos).

    Ora, se eu havia feito a escolha de criar o grupo para a ajudar as pessoas e eu não estava bem com isso, o que havia de errado?

    >>> fazer a opção de criar o grupo.

    Parece contraditório, não?

    Mas não é. No meu caso foi uma desculpa para continuar no facebook, e aquilo estava me fazendo mal.

    E, numa certa manhã tomei a DECISÃO de desativar a minha conta no facebook, pois, aquilo lá não põe comida na mesa de ninguém não é mesmo?

    É isso.

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  3. As coisas óbvias muitas vezes são as mais difíceis de fazer. Como regrar-se para não se distrair durante o trabalho ou qualquer outra atividade, como verificar e-mails a toda hora ou consultar o Facebook.
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    A rotina, o fazer a mesma coisa todo dia pode ser entediante. Quando estamos estressados , ansiosos, procuramos prazer imediato sem pensar nas consequências. Como comer em demasia. O prazer de comer equilibra com as nossas frustrações. Ver Facebook na hora inconveniente, Internet, etc, vai tudo pela mesma linha.
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    Uma dica que uma terapeuta me deu foi tomar consciência da situação que gerou aquele ato.
    Por exemplo: reparei que sempre que tenho uma discussão desagradável com alguém aqui em casa, eu corro para a cozinha depois e como alguma coisa gostosa. Quando deparo-me com uma situação tensa, também.
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    Há um gatilho disparado cada vez que passamos por uma situação incômoda. Só que ele normalmente não chega ao nosso nível de consciência. A gente age por impulso, sem pensar.
    Mas quando passamos a relacionar (conscientemente) o ato impulsivo com nossa ação automática, começamos a perceber que nossa dificuldade segue sempre um determinado padrão definido. Ou seja: passamos por aquela situação, e sempre agimos inconscientemente da mesma forma.
    Bebendo, comendo, procrastinando, etc.
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    Quando descobrimos o padrão, de forma consciente, damos o primeiro e importantíssimo passo para brecar o impulso (negativo) e agirmos de forma consciente para modificar ou transformar esse velho hábito em coisa positiva.
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