• Pular para navegação primária
  • Skip to main content
  • Pular para sidebar primária
  • Pular para a sidebar secundária
  • Portal
  • Acessar Livros
  • Fale Conosco
  • 23 de janeiro de 2021

Guia da Vida

Dicas para uma vida melhor

  • Vida
  • Saúde
  • Negócios
  • Educação
  • Dinheiro
  • Ciência
Você está em: Home / Vida / Produtividade / Planejamento Pessoal / Como uma técnica ensinada em Harvard pode ajudá-lo a melhorar sua vida e relacionamentos

Como uma técnica ensinada em Harvard pode ajudá-lo a melhorar sua vida e relacionamentos

10 de novembro de 2020 by Christina Wallace 2 Comentários

Técnica Harvard - Balanced Scorecard
Compartilhe!

Eu sempre fui viciada em conquistas, mas só nos últimos anos me dei conta de que isso pode ser negativo. Cada ano, eu costumava definir metas no Ano Novo como “correr uma meia-maratona”. Naquele ano em particular, eu atingi minha meta. Eu ainda aumentei a meta para uma maratona completa porque a última tinha sido cancelada e eu não queria deixar passar.

Mas eu me tornei mais saudável no ano em que corri a meia-maratona? Provavelmente não. Eu não necessariamente treinei apropriadamente para a meia-maratona ou me alimentei melhor; eu nem curti a corrida tanto assim. Na verdade, eu defini essa meta porque uma empresa que eu tinha fundado tinha acabado de falir. Eu precisava de uma meta “maior que a vida” para me ajudar a me sentir como um super-herói de novo.

Essa mentalidade também me levou ao topo do Kilimanjaro em 2010 (para superar o fim de um relacionamento) e ao campo base do Everest em 2014 (para provar a mim mesma que eu sou boa o suficiente, depois de várias experiências negativas com namorados).

Mas enquanto eu passava minha noite de Réveillon tremendo de frio em meu saco de dormir fundo nos Himalaias, me ocorreu que eu não estava gastando meu tempo e energia em coisas que realmente me faziam feliz. Eu estava definindo metas simplesmente para atingi-las, o que acabava sendo mais vaidade do que progresso verdadeiro.

Então quando eu voltei a Nova York, eu lembrei de uma técnica que eu aprendi em Harvard chamada de “Balanced Scorecard”. Eu decidi adaptá-la para a minha vida pessoal.

O Balanced Scorecard

O Balanced Scorecard original foi criado no começo dos anos 90 por Robert Kaplan, professor de Harvard, e o consultor de negócios David Norton. O Scorecard é basicamente um modelo para avaliação e relatório da performance de uma empresa. O que foi tão revolucionário sobre essa ferramenta era que ela se focava em descobrir as prioridades estratégicas primeiro – por exemplo, “se tornar uma marca reconhecida internacionalmente” – e decidir que atividades poderiam ser realizadas para quantificar esse resultado depois. Ao invés de simplesmente se basear em medidas de performance que são fáceis de mensurar, como metas financeiras, o scorecard o obriga a olhar para o todo primeiro.

O mesmo princípio pode ser aplicado às nossas vidas pessoais. Pense em resoluções comuns de ano-novo como “perder peso” ou “economizar dinheiro”. Esse é o fim desejado, mas ele não explica “porque” você se importa com seu peso ou porque deseja guardar dinheiro.

Se a razão que o leva a desejar perder peso é ser mais saudável, você pode descobrir que é mais adequado medir seu progresso através de suas taxas de colesterol e triglicerídeos, dentre outros índices, do que um número na balança. Igualmente, se você quer economizar dinheiro para ter mais segurança e garantir seu futuro financeiro, pode ser uma melhor ideia pagar seus débitos com maiores juros do que guardar o que sobra. Em geral, quando você começa com o motivo, é mais fácil determinar “como” – quais metas e medidas devem ser usadas para atingir o fim que você está buscando.

Colocando meu scorecard em prática

Para criar meu próprio Balanced Scorecard, eu identifiquei quatro categorias que são mais relevantes em minha vida: finanças pessoais, saúde física, carreira, e saúde emocional. Em cada categoria, eu defini de 3 a 5 prioridades. Eu selecionei coisas em que eu posso agir no momento, ao invés de coisas que dependeriam de sorte ou recursos dos quais eu não disponho no momento. Eu evitei coisas como “publicar um best-seller” (vendas de livros dependem de outras pessoas comprarem o livro, não depende de mim, é mais “sorte” do que qualquer outra coisa); ou “conseguir com que meu irmão me pague o que ele me deve” (também não depende de mim). O mesmo vale para coisas como “ser promovido”, “encontrar um grande amor”, e tudo o mais que depende de sorte ou da atitude de outras pessoas.

O próximo passo foi definir medidas concretas para acompanhar meu progresso. Por exemplo, eu não poderia definir “ir mais para a academia”, pois isso é muito vago. Eu escreveria “fazer 2 treinos de musculação e 2 aeróbicos por semana” – melhor ainda, definir os dias e horários exatos em que cada treino será feito. Ao invés de “pagar minhas dívidas” eu colocaria “pagar a dívida X no valor de XXXX até a data XX/XX/XXXX, pagando XXX por mês”.

O que eu percebo é que quando nós temos dificuldades para encontrar essa exatidão nas metas, é porque não sabemos direito o que estamos querendo realizar. Quando não temos uma noção clara do motivo pelo qual estamos fazendo algo, ou não conseguimos conquistar nada ou conquistamos coisas à toa, como minhas metas passadas que só tinham o objetivo de inflar meu ego (subir o Everest, correr uma meia-maratona, etc.). Essa postura não nos impele para frente, apenas nos transforma em ratinhos de laboratório, sempre correndo atrás de uma recompensa, mas sem qualquer objetivo ou propósito.

Eu tenho usado o Balanced Scorecard em minha vida há dois anos e eu me sinto muito mais conectada com meu crescimento pessoal, me sinto mais feliz e realidade, além de menos estressada. No final de cada ano, eu avalio como está o progresso das minhas metas, usando um simples SIM ou NÃO para evitar autoengano (enganar a si mesmo, fingindo que progresso está sendo feito, quando na realidade a meta está empacada). Depois do primeiro ano, minha avaliação me fez mudar algumas metas que eram irrealistas como “tocar violoncelo quatro vezes por semana” já que minha vida é corrida demais para ter tanto tempo assim disponível para coisas que não são prioridade absoluta. Eu também revi algumas coisas que não eram mensuráveis como “fazer de projetos criativos uma prioridade”.

Eu conclui que o processo de definir metas estratégicas e resumir todas as coisas que poderia fazer em uma lista prática de coisas que eu posso fazer de verdade é transformador. Eu adquiri uma visão muito mais objetiva da minha vida, me dando conta, talvez pela primeira vez, que eu sou apenas humana e que tenho apenas 24 horas por dia para dar conta de tudo o que eu deixo entrar em minha vida.

Balanced Scorecard Pessoal

Esse é o modelo do Balanced Scorecard original (simplificado). As áreas aqui são adequadas para uma empresa, mas é fácil pensar em como podemos usar a mesma estrutura na vida pessoal, lembrando que não há nenhuma regra quanto às áreas correspondentes. Cada um deve preencher esse modelo com as áreas da vida em que precisa trabalhar com maior intensidade, o que pode ser diferente para cada pessoa.

Esse é um modelo mais completo de como ele deve ser montado após essa seleção inicial de áreas e metas:

Balanced Scorecard

Christina Wallace

Christina Wallace é professora de administração empreendedora na Harvard Business School. Christina é formada em matemática e teatro e tem MBA pela Harvard Business School, tendo construído uma carreira eclética misturando arte, negócios e tecnologia. Ela já foi consultora da Boston Consulting Group e vice-presidente de crescimento da Bionic. Christina é host do podcast The Limit Does Not Existe co-autora do livro New To Big (sem tradução para Português).

www.christinawallace.com/

Compartilhe!

Arquivado em: Planejamento Pessoal Marcados com as tags: balanced scorecard, balanced scorecard pessoal, Como definir metas, definir metas, Harvard, Harvard Business School

Participamos do Programa de Associados da Amazon, um serviço de intermediação entre a Amazon e os clientes, que remunera a inclusão de links para o site da Amazon e os sites afiliados.

Reader Interactions

Comentários

  1. Pedro Gomes diz

    13 de janeiro de 2021 às 20:07

    A Christina Wallace é o máximo. Agradeço o site Guia da Vida por traduzir os artigos dela e disponibilizar para o público do Brasil.

    Responder

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode se inscrever para ser notificado de novos comentários sem comentar primeiro.

Sidebar primária

Tópicos

Siga no Facebook

Guia da Vida

Perfil Empreendedor

Você é empreendedor? 50 sinais de que você tem perfil empreendedor

Por Rich Schefren

Foco é dizer não

O maior segredo da produtividade é dizer não

Por James Clear

Extraterrestres viagens

O custo de visitar a Terra pode ser alto demais para extraterrestres

Por Ethan Siegel

Melhores livros de astronomia

Melhores livros para começar a aprender sobre astronomia

Por editor

Projeto Genoma Humano

30 anos depois do Projeto Genoma Humano – qual o próximo passo?

Por James Keller

Conversas Difíceis

Como conduzir conversas difíceis?

Por Franciane Ulaf

Amazon Kindle

Os melhores Kindles para levar sua biblioteca para qualquer lugar

Por Alex Giovanni

Gêmeas Clement - Gêmeos idênticos

Gêmeos univitelinos podem não ser tão idênticos quanto se pensava

Por James Keller

Cérebro e Solidão

Cérebros solitários “tem fome” de gente

Por Carolyn Rubenstein

Técnica Harvard - Balanced Scorecard

Como uma técnica ensinada em Harvard pode ajudá-lo a melhorar sua vida e relacionamentos

Por Christina Wallace

Ransonware

O perigo dos ransomwares só tende crescer

Por Alex Giovanni

Tipos de Arroz

Arroz branco ou arroz integral? Qual é mais saudável?

Por Rosalia Wilson

Origem da Vida - Mundo RNA

Há mais evidências de que a vida na Terra começou com mais do que apenas RNA

Por James Keller

Arroz ou quinoa

Arroz ou quinoa? Qual é mais saudável?

Por Rosalia Wilson

Quebrar regras dieta

Oito regras das dietas que foram feitas para serem quebradas

Por Alexandra Bellino

Sidebar secundária

Livros Recomendados














Copyright © 2021 · Guia da Vida · Todos os Direitos Reservados