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Metas de ano novo pra valer

Franciane Ulaf 4 Comentários

Ano novo 2015
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Ano novo, metas novas. Estamos naquela época do ano em que nos sentimos extremamente motivados para mudarmos velhos hábitos, conquistarmos aquelas metas que já estão rodeando nossas mentes há anos, e eliminarmos tudo aquilo que não desejamos mais em nossas vidas. Em anos anteriores, já conversamos bastante sobre os aspectos técnicos do planejamento de ano novo. Se quiser ler esses artigos, siga os links abaixo:

O ano da virada: como transformar simples resoluções de ano novo em um ponto de mudança em sua vida

6 passos para o ano da sua vida

Desta vez, vamos nos focar em outro aspecto que pode levar ao fracasso ou abandono das resoluções de ano novo: seu comportamento.

Hipoteticamente, se você fosse uma “pessoa perfeita”, você definiria qualquer meta e a alcançaria sem qualquer problema ou dificuldade. Se esse não é o caso, o motivo mora em seu próprio comportamento. É claro que não estamos buscando a perfeição, esse não é o meu ponto aqui – ninguém é perfeito. Esse raciocínio, contudo, nos ajuda a compreender porque falhamos com nossas metas. Ao invés de investigar as causas desses fracassos, contudo, a grande maioria das pessoas apenas define metas novas todo fim de ano sem se perguntar: ok, eu estou definindo as mesmas metas há 10 anos. Qual o problema? Por que ainda não consegui conquistá-las?

Simplesmente renovar as mesmas metas e achar que “ano que vem tudo vai ser diferente” é ingenuidade das boas. Ano que vem não vai ser nada diferente dos anos anteriores porque você não vai mudar, você está se focando nas metas assim como fez nos anos anteriores. Você vai continuar sendo a mesma pessoa de sempre, a pessoa que até agora ainda não conseguiu conquistar “aquelas metas”. Uma das insanidades típicas de final de ano é uma esperança tola de que no próximo ano seremos pessoas “completamente” diferentes. Seremos capazes de fazer o que nunca conseguimos fazer antes, superaremos obstáculos que até agora foram intransponíveis, iremos furar o céu, estourar a boca do balão. Essa empolgação toda geralmente não dura o mês de janeiro, e então, tudo volta a ser como antes.

O que fazer, então?

Foque-se em mudar seu comportamento, não em conquistar metas que seu comportamento atual não lhe permite. Comece por não supor ingenuamente que “a partir de agora tudo será diferente”, e que no próximo ano você conseguirá fazer coisas que nunca foi capaz de fazer antes (ou que há muito tempo não faz). Não há força de vontade ou motivação que corrija problemas comportamentais no médio e longo prazo. Eventos ocasionais podem desencadear picos de entusiasmo que geram uma produtividade fora do normal, mas isso nunca dura. Você não pode, nem deve, esperar que suas metas serão conquistadas com essa energia efêmera e incontrolável que aparece só de vez em quando.

Isso nos leva para o ponto principal dessa questão: a necessidade de realizar uma reflexão profunda acerca dos motivos que fazem com que você tenha um comportamento X e, por isso, não consiga atingir certas metas. Essas razões podem não ser óbvias, podendo exigir uma investigação mais profunda e complexa. Aproveite esse final de ano para relaxar e refletir sobre isso. O que impede com que você conquiste certas metas que sempre aparecem em seus desejos de ano novo? Que aspectos da sua personalidade fazem com que você não consiga completar (às vezes nem começar) certos objetivos?

Evite simplificar tudo em explicações “guarda-chuva” como: ah, eu perco a motivação. Vá mais fundo: tá, ok, eu perco a motivação, mas por que isso acontece? O que está por trás desse tipo de comportamento? Tente chegar à raiz do problema, ao invés de ficar arranhando a superfície com sintomas como falta de motivação, procrastinação, desorganização, dispersividade (querer fazer muitas coisas ao mesmo tempo), autossabotagem, má administração do tempo, entre outros fatores que apenas surgem como resultado de problemas comportamentais mais complexos.

Mas quais problemas são esses? Baixa autoestima (o que também inclui falta de autoconfiança), pouca assertividade, falta de direcionamento (não saber o que quer da vida), falta de propósito (não ver sentido no que faz no cotidiano), crenças limitantes, atitude reativa. É claro que muitas dessas questão estão interligadas e uma pode causar outras, mas cada caso é um caso e você deve chegar ao âmago de suas dificuldades para que possa superá-las.

Essas questões também podem ser aprofundadas: de onde elas surgiram? Por que você nunca conseguiu superá-las? O que você pode fazer no presente para mudar esse quadro?

Suas metas de ano novo devem se focar em exercícios e estudo sobre como superar esses seus gargalos que o impedem de progredir na vida ou conquistar o que você deseja. Leia e estude sobre esses assuntos e planeje, com base no que você aprender, um plano de ação para vencer esses obstáculos comportamentais. Você pode também trabalhar nos sintomas se você quiser, como desorganização e dispersividade, mas sempre mantendo em mente que esses problemas são causados por questões psicológicas mais profundas, que devem ser trabalhadas paralelamente para que esses sintomas não voltem no futuro para atrapalhar sua produtividade.

Franciane Ulaf
Franciane Ulaf

Franciane Ulaf é administradora e psicóloga, especializada em psicologia evolutiva. Atualmente, Franciane é mestranda em psicologia na Universidade de Harvard. Sua linha de estudos investiga as raízes evolutivas da natureza humana. Franciane escreve sobre comportamento humano, produtividade, psicologia, biologia e evolução.


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Arquivado em: Planejamento Pessoal Marcados com as tags: Metas, Resoluções de ano novo

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Comentários

  1. Vanessa diz

    31 de dezembro de 2015 às 14:12

    Sempre textos relevantes!

    Responder
  2. JU diz

    1 de janeiro de 2016 às 21:34

    Artigo Edificador…Parabéns!

    Responder
  3. João diz

    3 de janeiro de 2016 às 08:55

    Muito bom !!! È pra começar o ano com os pés no chão.

    Responder
  4. Laelson diz

    6 de janeiro de 2016 às 11:16

    As vezes acho até inacreditável, que uma pessoa possa escrever coisas tão construtivas e inteligentes

    Acompanho sempre os artigos, a anos!

    Responder

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