Para quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve

Franciane Ulaf

Alice no país das maravilhas - quem não sabe onde vai qualquer lugar serve

Em Alice no País das Maravilhas, Alice, perdida, pergunta ao gato risonho qual o caminho certo a seguir. Ele responde perguntando para onde ela quer ir. Ao receber a resposta de que “tanto faz, não importa muito para onde”, ele responde: “Então, não importa qual o caminho a seguir, qualquer um serve.” Em conseqüência, ela segue sem rumo em suas viagens.

A vida de muitas pessoas é como a de Alice, elas desperdiçam um tempo enorme tentando buscar ajuda, descobrir para onde devem seguir, qual o caminho certo, sem ao menos saberem onde querem chegar. Videntes, cartomantes e astrólogos ganham rios de dinheiro em cima desse tipo de pessoa.

Indivíduos que abdicam da capacidade de definir o próprio futuro e partem em busca de alguém que lhes diga o que fazer, como se o futuro fosse algo já predeterminado e nossa única opção fosse esperar pacientemente por sua realização. Há pessoas que mesmo frente aos mais bem elaborados argumentos ainda insistem em manter esse ponto de vista. Uma outra característica perigosa dessas pessoas, além da passividade quanto ao seu próprio poder de decisão, é a irresponsabilidade para com os próprios atos.

Indivíduos que agem dessa maneira adotam uma postura reativa, não assumindo a responsabilidade por nada do que lhes acontece. A culpa é sempre de um terceiro, do governo, da má sorte, de Deus, do destino ou do analista que indicou o caminho errado.

A primeira atitude a ser adotada por uma pessoa que deseja tomar as rédeas da própria vida é se tornar proativa, ou seja, assumir que seu destino está em suas mãos e tomar a iniciativa para realizar o que deseja. Se você não consegue definir para onde quer ir neste momento, isso não significa que nunca poderá saber. Por mais difícil que possa ser a sua situação, desistir de tentar não pode ser uma alternativa.

A palavra responsabilidade – “respons-abilidade” – significa a habilidade para escolher a sua resposta.

Algumas pessoas argumentam que não podemos controlar os eventos externos. Há quem diga até que não pode controlar as próprias reações. Eu digo que essas pessoas estão se esquivando da responsabilidade sobre a própria vida. De fato, não podemos controlar o que ocorre à nossa volta, mas não é essa a intenção da proatividade. O que ela nos diz é que nós temos o poder de escolher como os eventos externos nos afetarão.

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