Quando deixar de tentar? Algumas dicas

Franciane Ulaf

Parar de tentar

Algumas vezes, precisamos deixar de tentar. Mas quando?

A sabedoria popular tem pelo menos uma mensagem para todo mundo que está decidido a mudar de hábitos:

Não pare! Não desista!

Quando você se depara com alguma adversidade, aparentemente só há uma solução: simplesmente seguir em frente.

Há muita coisa a se dizer com relação a esse tipo de mensagem. Na verdade, eu mesmo já mandei mensagens parecidas com essas. Afinal, mudar seus hábitos é difícil. Todo mundo vai encontrar obstáculos, enfrentar precipícios e vivenciar a decepção. Se não houver um bom motivo para fazê-lo pensar de outra maneira, todos os conselhos dizem que você deve seguir adiante.

Mas há outra coisa acontecendo aqui e ela merece ser destacada. Eu acredito que é uma espécie de crença virtual religiosa que faz com que as pessoas pensem que desistir simplesmente não é uma opção válida.

“Desistir?”, eles perguntam. “Só pensar em desistir é admitir…”.

Admitir o que?

Que você não pode fazer tudo no mundo?

Que você não é perfeito?

Que algumas metas estão fora do seu alcance?

Ora, isso, afinal, é a mais pura verdade. De vez em quando, todos vamos idealizar objetivos que não podem ser conquistados.

Às vezes, apenas pensar uma segunda vez ou ouvir o conselho de um amigo é o suficiente para percebermos que o que idealizamos está fora de nosso alcance.

Outras vezes, contudo, é só a resposta do próprio objetivo almejado que nos fará cair na real e perceber que aquilo está fora de nosso alcance. Bom, PROVAVELMENTE fora de nosso alcance. Mas nós só teremos certeza disso depois de passarmos a vida inteira tentando provar o contrário sem sucesso. Frustrante, não?

A distribuição de esforços também deve ser levada em consideração. Talvez o tal objetivo seja possível, mas só se você abrir mão de outros objetivos, hobbies, relacionamentos, etc. Então, outra pergunta que você deve fazer a si mesmo é: “Quanto eu quero isso? De que eu estou disposto a abrir mão?”.

Talvez você possa se tornar um tri-atleta se deixar de lado as deliciosas tortas da sua avó, as tardes de diversão com seus amigos e tantas outras coisas. Como sua mãe sempre lhe disse, o dia só tem 24 horas. Você tem que decidir como vai usá-las. Tem que definir o que é importante.

Mas como definir se uma meta é ou não possível de ser atingida?
Algumas dicas:

1. Você se vê em uma rua sem saída já há muito tempo (em comparação a outras pessoas que lutam pelo mesmo objetivo);

2. Você se dá conta de que precisa abrir mão de outras coisas na sua vida para que consiga atingir seu objetivo e essa idéia não lhe agrada nem um pouco;

3. Pessoas próximas a você estão sugerindo que você desista, pois estão preocupadas com você (o que é bom).

Lembre-se: mesmo que você desista de algum objetivo, você certamente teve uma evolução e tanto. Mesmo se você não se tornar um escritor de um best seller ou um premiado chefe de cozinha, você já escreve melhor e cozinha melhor!

Não é tanto o objetivo em si, mas o progresso pessoal que você tem ao longo do caminho. É isso que importa. Aproveite o caminho que você percorre atrás de seus objetivos. E cresça durante a jornada! O fato de que você não pode conquistar absolutamente tudo que deseja não deve surpreendê-lo, não é esse o caso.

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15 comentários em “Quando deixar de tentar? Algumas dicas”

  1. Olá Fran! Boa tarde!
    Partindo da premissa de que todos nós temos objetivos, é fundamental determinar quais são aqueles que nos trarão os resultados esperados.
    A explanação do assunto em lide é muito pertinente. Cada percurso deve ser revisto, pois um plano não pode ser perfeito e carece de ajustes no processo.
    Os objetivos difíceis ou “impossíveis” poderão ser conquistados, pois, quem sabe COM CLAREZA o que se quer, vai conseguir. Contudo, necessário se faz persistir com discernimento do todo e saber se se estar disposto a pagar o preço e/ou se vale a pena ou se é necessário mudar de rota.
    Com relação à questão “impossível”, fico com a máxima de Jean Cocteau, poeta Francês (1889-1963): “Ele não sabia que era impossível. Foi lá e fez.”
    Prazer revê-la.
    Abs
    JDias

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  2. Às vezes é preciso continuar, porém, é preciso também saber para onde estamos indo. Continuar sem saber para onde se está indo é substituir o importante pelo urgente. Abrir mão de uma meta pode ser a solução para a otimização do tempo para utilizá-lo em assuntos realmente importantes. E vamos em frente.

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  3. Fran, vc “arrebentou” com esses artigos, eles chegaram no momento oportuno, pois estava trabalhando esses assuntos e o contexto deles muito me enriqueceu
    parabéns e continue sempre assim, sendo uma pessoa importante como tem sido até aqui. Que Deus continue abençoando sua vida em todos os níveis e caminmhos.
    grande abraço
    Deusimar

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  4. Parbéns mais uma vez, completo seu artigo, as vezes, é necessário corrigir a rota porém outras, é necessário admitir que errou e procurar outros caminhos.
    Penso que isso só acontece,quando já temos alguns anos e algumas experiencias boas e más.

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  5. Oi Fran…
    gostei demais do artigo, e concordo plenamente quando se diz que desistir não é fracassar. Temos que tentar sempre, e frustrar-se por causa de não obter sucesso, só diz uma coisa: você fez o seu melhor! Há uma frase não sei de quem, que diz que “nem todos que tentaram conseguiram, mas todos que conseguiram, tentaram”, portanto tudo é um aprendizado e tudo vale a pena, menos prostrar-se. Mãos à obra!

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  6. Pois é Carol, que furo hein! Coitado do cara! mas acho que ele não sabe Português, ele nem vai ver! hehe

    Mas olha só, uma coisa que a própria Fran fala muito aqui no site é a questão da atenção, o quanto é importante estar atento aos detalhes para viver a vida a cada momento. Vejo que a maioria das pessoas vive a vida como uns zumbis, sem prestar atenção em nada à sua volta.

    Lembro da minha época de escola em que os professores ficavam tiriricas com os alunos que cometiam erros por falta de atenção… Pois é, esses alunos cresceram e se
    tornaram adultos que tem o mesmo perfil, não aprenderam nada na escola, além de dados decorados…

    Vejo isso muito em comentários de blogs, não só aqui na Fran, mas em outros sites também, as pessoas lêem e não entendem o que foi escrito (por falta de atenção mesmo) e daí fazem comentários que não tem nada a ver…

    Essa coisa de ter achado que o artigo foi escrito pela Fran, quando está bem claro que o autor é outro é pequena comparada com a total falta de compreensão do que está escrito no texto.

    Vejo muito nos comentários, mentalidade de povão, aquela coisa de nem pensar direito e já ir balançando a cabeça concordando. Alguns comentários aqui dão a entender que a pessoa entendeu que o autor estava dizendo que realmente não é pra desistir nunca, quando o artigo na verdade mete o pau nessa idéia!

    Gente, vamos prestar mais atenção!

    Alexandre

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  7. fran gostei muito acho que estou vivendo esse momento estou desistindo pois ja estou sentindo estou perdendo tempo .trabalhando correndo atras do nada.demorei mas estou vendo que estou perdendo tempo com coisas que não vale pena. naõ vou desistir mas sim tentar de novo pois vida ta p/ tentar sempre
    recomeçar sempre
    beijjooo

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  8. Por conta dessa coisa de nunca desistir é que muita gente sofre hoje as consequências de tentar sem ter sucesso falo isso fazendo uma analogia aos relacionamentos que conheço e que nunca dão certo, mas as pessoas insistem especialmente , determinadas mulheres que conheço. Os homens aprontam dez vinte anos e as mulheres bobas como sempre ficam sempre acreditando que o cara vai mudar

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  9. Esta questao e relevante. Aos Vinte e cinco anos minha vida mudou e meus sonhos continuaram os mesmos. Somente hoje, depois de uma tragedia, fui fazer terapia e vi que naquele ano deveria ter avaliado o rumo ao qual tomaria e quais sonhos eram possiveis. Acho que nao e deixar de tentar mas reavaliar.

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  10. Gente,

    essa questão de atenção é muito séria. Eu mesma sofro desse mal. N a ansia de fazer tudo logo, deixamos de atentar, e o pior, não são para os detalhes não, e sim para as coisas importante, que farão a diferença nas tomadas de decisões.

    No mais, achei o texto interessante para nos alertar que, tão importante quanto tentar é saber como e onde parar.

    Só nos é ensinaram que devemos sempre seguir adiante, persistindo nos sonhos e esquecem de nos ensinar que também existe o ponto final.

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  11. Concordo… saber usar a humildade quando necessário é um fator crítico de sucesso!… e determinate para o próximo passo. O fato da desistência de um objetivo não significa que que não deverá haver outro… não importa a demora do resultado, a direção é mais importante do que a velocidade.

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  12. Olá! Achei muito pertinente ao meu momento. Durante um ano e pouco um rapaz me cercou. Na época, ele estava só. Mas como sou muito profissional, não podia retribuir mesmo me sentindo muito atraída. Depois, ficamos nos falando durante uma ano por telefone. Sempre quando ele me perguntava o quê eu ía fazer à noite, eu tinha alguma coisa pra fazer. Chegou a me ligar uma vez dizendo que tinha desmanchado com a namorada. Eu também no mesmo dia que ele, desmanchei com o meu. Coincidência, né? Conclusão da história? Rolou e foi muito bom, mas ele já tinha voltado para ela. Não gosto de homens comprometidos, mas esse pecado eu precisava cometer. Agora é com ele. Se ele não me procurar mais, vou guardá-lo com muito carinho em minhas memórias. Foi um grande presente, pois sou muito mais velha que ele. Quando digo muito, é muito mesmo. Bjs e obrigada pela atenção.

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  13. Interessante ter lido este texto (que não é da Fran)… rsrsr justamente nesse momento da minha vida. Sou advogada, bem sucedida até aqui, especializada em Direito Ambiental e atualmente sem emprego. A empresa para a qual eu prestava serviço rompeu o contrato com a empresa contratante. Resultado: estou em casa, despedi minha ajudante e estou fazendo todo o serviço doméstico. Está sendo uma experiência nova. No início, me senti um pouco frustrada, achando um absurdo uma pessoa qualificada ter que assumir afazeres domésticos, eu mesma estava me menosprezando, achando que lidar com as obrigações do dia-a-dia em minha casa era coisa pra empregada doméstica. Ledo engano, como esses afazeres são importantes. Agora vejo o quanto minha família precisa de mim, antes não tinha tempo pra isso. Minha filha está mais feliz, mais tranquila, indo melhor na escola, meu marido está mais alegre, nosso relacionamento sexual melhorou muito, me sinto mais disposta e útil, por incrível que pareça. O que parecia ser um obstáculo, surgiu como uma nova vida. Claro que todos os dias procuro emprego, para não ter a sensação de ter desistido de mim mesma, da minha vida profissional, mas sem correria ou estresse. Não é desistir, mas dar tempo ao tempo, ponderar, avaliar, dar valor ao momento presente, saber extrair o melhor das novas oportunidades, mesmo que essa nova oportunidade pareça ser um retrocesso. Beijos.

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