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Você está em: Home / Vida / Saúde Mental / Ansiedade / Medo da rejeição: Cura em um dia! (Parte I)

Medo da rejeição: Cura em um dia! (Parte I)

19 de setembro de 2010 by Harriet Lerner 7 Comentários

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Curado em um dia? Aconteceu assim.

Fiquei surpresa em receber a ligação de Frank, um cliente antigo de terapia que agora mora em Tulsa, Oklahoma. Ele estava vindo ao Kansas a trabalho para um seminário de dois dias e queria saber se eu podia encontrá-lo.

Medo de Rejeição

Ele explicou que não havia namorado ninguém desde que seu casamento terminara, há dois anos. Ele estava apaixonado por uma colega de trabalho chamada Liz, mas só a idéia de convidá-la pra sair o deixava paralisado.

Frank era o tipo de cara que metia a cara e resolvia tudo, então não fiquei surpresa quando vi que ele esperava uma solução rápida – que não é como eu costumo trabalhar. Mas eu havia feito recentemente um workshop com Cloe Madanes, uma psicoterapeuta famosa por suas estratégias de transformação inovadoras. Eu me lembrei de uma intervenção que Cloe havia feito em um homem que tinha um problema parecido com o de Frank. Eu tinha uma forte intuição de que esse diretriz seria perfeita.

Frank tinha definido seu problema como “medo de rejeição”. “O problema real”, eu disse a ele, “é que você não tem experiência suficiente com rejeição”. Para resolver seu problema, Frank tinha que acumular rejeições. Sua tarefa, se ele aceitasse cumpri-la, seria “juntar” 75 rejeições em um dia.

Ele deveria proceder da seguinte forma: no dia anterior ao seu seminário em Kansas City, ele tinha que ir ao Plaza – o maior shopping e maior ímã de turistas da cidade. Começando no Latte Land (um café bem popular, com uma atmosfera informal e relaxante), ele teria que se aproximar de várias mulheres (uma por vez, é claro) e dizer: “Oi, meu nome é Frank. Espero que você não me ache rude demais, mas eu estava pensando se você não gostaria de tomar um café comigo”.

Depois disso, ele teria que andar até a loja Barnes & Noble e ficar no pé da escada rolante. Lá, ele tinha que fazer a mesma pergunta às mulheres que desciam a escada rolante.

Ele não podia se desviar desse roteiro. Ele tinha que anotar exatamente quantas rejeições teve e só parar quando chegasse a 75. Obviamente, eu disse a ele que fosse discreto o suficiente para não ser mandado embora do shopping pelos seguranças ou pela gerência. Ele podia ir a outra escada rolante, se fosse o caso. Eu disse a ele que me ligasse quando voltasse a Tulsa para me contar o que tinha acontecido.

Frank ficou intrigado com a idéia de que tinha que colecionar rejeições para superar sua falta de experiência. As diretrizes que eu dei pareceram igualmente assustadoras e absurdas pra ele, mas sua motivação era altíssima. O fato de ele não morar mais em Kansas City provavelmente ajudou também.

“Eu posso fazer qualquer coisa por um dia”, ele disse.

Quando ele me ligou algumas semanas depois de ver voltado a Tulsa, ele estava super alegre. “Eu falhei”, ele disse alegremente.

No começo, ele tinha levado minhas instruções ao pé da letra. No Latte Land, ele acumulou três rejeições até que uma mulher aceitou seu convite e ele percebeu que acumular 75 rejeições levaria mais tempo do que ele esperava. Na Barnes & Noble, ele acumulou mais cinco rejeições seguidas. Depois, ele teve novamente o “problema” de algumas mulheres aceitarem. Tomado pelo desafio, ele se tornou maios estratégico e passou a prestar mais atenção nas mulheres que tinham mais potencial para rejeitá-lo – aquelas com alianças de casamento ou filhos pequenos.

Não demorou muito para que a motivação de Frank decaísse bruscamente – “De dez a dois”, Frank admitiu. Enquanto a má vontade e a irritação cresciam nele, ele viu uma mulher maravilhosa pegando a escada rolante. Ela era uns bons dez centímetros maior que ele, muito bem vestida e, segundo Frank, de comportamento “frio como gelo”. Essa era a última mulher do mundo de quem ele pensaria em se aproximar ou mesmo em quem se interessaria – e ele tinha bastante certeza de que a recíproca era verdadeira. “Eu não achei que me aproximaria dela”, disse Frank”, “Mas dei a mim mesmo um bônus de 15 pontos se o fizesse”.

Ao ir até a base da escada rolante, Frank se sentiu absurdamente ridículo. Esse percebeu que mesmo com o bônus que ele prometeu a si mesmo, ele ainda precisaria de mais 30 rejeições para completar a tarefa. Só pensar nisso já o deixava cansado. Então, uma lâmpada brilhou em sua cabeça. Com um suspiro de alívio, ele foi para uma seção menos movimentada da loja, pegou o celular e ligou pra Liz.

Como ela não atendeu, ele não hesitou em deixar um recado na secretária eletrônica: “Oi, aqui é o Frank do escritório. Espero que você não me ache rude demais, mas eu estava pensando se você não gostaria de tomar um café comigo quando eu voltar para Tulsa”.

“Foi tão fácil”, Frank me contou. “Ligar para Liz foi um milhão de vezes mais fácil do que pensar em chamar aquela mulher para um café ou cumprir a tarefa. Afinal, a razão principal pela qual eu estava lá parado no pé da escada rolante, me sentindo um completo idiota, era conseguir chamar a Liz pra sair!”. Frank disse que passou o resto do dia visitando pontos turísticos, fazendo compras e aproveitando o dia. “Mas eu nunca mais entro em uma loja da Barnes & Noble na vida”, ele prometeu.

Quanto à Liz, aconteceu que ela já estava saindo com alguém e recusou o convite de Frank. Mas alguns dias depois, Frank se aproximou de uma mulher com quem conversava de vez em quando em seu bairro – “Uma pessoa que gosta de cachorros, como eu” – e a chamou pra sair. Ela aceitou e eles estão namorando desde então.

“E sabe o que?”, Frank me contou com uma risada. “Eu nem tive que dizer: ‘Oi, meu nome é Frank. Espero que você não me ache rude demais, mas eu estava pensando se você não gostaria de tomar um café comigo’!”.

Esse artigo continua. Para a segunda parte, clique aqui.

Harriet Lerner

Harriet Lerner é psicóloga clínica, conhecida pelas suas contribuições para a psicanálise e teorias feministas. Harriet é autora de diversos livros na área de psicologia, dentre eles Mudando os Padrões dos Relacionamentos Íntimos, As regras do casamento feliz: Um manual para quem leva a vida a dois, O Jogo da Dissimulação, Mulheres em Terapia e A Ciranda da Intimidade.

www.harrietlerner.com/

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Comentários

  1. joao diz

    22 de outubro de 2010 às 20:30

    moro em porto alegre, nunca tive namorada 28 anos. faço tratamento com psicologa a 3 meses quero tratar meu medo da rejeição e talvez conseguir uma bela namorada.

    Responder
    • Lucas Wickert diz

      12 de outubro de 2016 às 14:17

      Procura o Dr. Nelson Spritzer.

      Responder
  2. Carolina diz

    2 de fevereiro de 2011 às 16:01

    Muito bom artigo. Parece ser um exercício interessante não só para problemas de rejeição mas tb para se tornar um pessoa mais assertiva.

    Responder
  3. Glória diz

    3 de fevereiro de 2011 às 10:02

    Eu, que tenho uma bagagem de rejeições, praticamente me acostumei com elas principalmente vindo de quem vinham: minhas filhas. Hoje, depois de simplesmente viver a rejeição, cheguei à conclusão de que a resposta já está pronta dentro de nós, e a gente chega até lá quando realmente RESOLVE dar um basta. A gente precisa dizer para si mesma: BASTA!
    Agora, vejo minhas filhas (adultas) como pessoas e não como fontes de amor inesgotável para uma mãe. Hoje sei que somos todas juntas simplesmente pessoas vivendo suas experiências.

    Responder
  4. maria luisa diz

    7 de março de 2011 às 21:01

    Tenho uma bagagem de rejeicão e fiquei mais ainda quando minha terapeuta dispensou- me do tratamento.Não consegui superar esta outra perda.Estou muito mal….

    Responder
  5. telma diz

    5 de abril de 2011 às 10:49

    sinto-me rejeitada acho que é desde da minha geraçã,tenho 43 anos e agor me sinto rejeitada pelo meu marido.Sei que não é normal .trabalho.vivo mas me sinto muito carente e isso foi a minha vida toda .sempre pedindo migalhas e atença.Tenho medo de passar para os meus filhos o qual amo muito.se puder me ajuda a contolar essa ansiedade.

    Responder
  6. Ana diz

    26 de setembro de 2014 às 20:23

    Este artigo é simplesmente ridículo. Essa técnica e pessima

    Responder

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