Planejar ou não planejar? Eis a questão!

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Uma das maiores objeções ao planejamento de vida é a ideia de que não adianta planejar porque a vida acontece, as coisas mudam, não podemos prever o futuro, não temos como saber o que vai acontecer quando começarmos a seguir numa determinada direção. Neste vídeo, vamos conversar sobre esse dilema.

Como lidar com o inesperado, com o fato de que a vida tem vontade própria?

Uma das dúvidas mais comuns quanto ao planejamento pessoal é em relação à sua manutenção num mundo cheio de surpresas, mudanças inesperadas, urgências, acidentes de percurso e influências externas.

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O Efeito Cumulativo é baseado no princípio de que as decisões moldam o seu destino. Pequenas decisões do dia a dia poderão levá-lo à vida que deseja ou, sem querer, ao desastre.

Muitas pessoas deixam de planejar porque acreditam que as forças externas atuam de tal forma que não adianta planejar, e que é melhor deixar a vida acontecer.

Uma analogia que gosto de fazer é com a navegação. A humanidade navega há milênios, e é claro que muita da navegação do passado foi feita às cegas, sem um destino claro. No entanto, existe uma compreensão quando se trata de navegação de que podemos definir velejar ou navegar de um lado para o outro do mundo, apesar de ninguém poder controlar a natureza.

Um barco está sujeito às diversas forças da natureza que operam naquele ambiente: ventos, tempestades, furacões, correntes marítimas, até mesmo a possibilidade de colisões com baleias. Enfim, muitas coisas podem acontecer no mar, e não temos controle sobre as forças que atuam nessas circunstâncias. Mesmo assim, a navegação é algo corriqueiro e faz parte do mundo moderno. Navios planejam suas viagens de um lugar para outro ao redor do mundo e realizam essas jornadas sem maiores incidentes.

Um veleiro, sendo um barco pequeno, corre mais riscos. No entanto, muitas pessoas velejam e atravessam o mundo de um lado para o outro. Elas não partem à deriva, sem rumo, apenas esperando para ver onde chegarão ou onde o mar as levará. Pelo contrário, elas estabelecem metas, levando em consideração toda a flexibilidade necessária ao lidar com as forças da natureza. Elas decidem ir de Recife a Lisboa, do Rio de Janeiro às Ilhas Galápagos, entre outros destinos. Milhares de velejadores embarcam nessas aventuras o tempo todo.

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Os autores ensinam como atitudes diárias garantem um planejamento de qualidade para que seja possível arquitetar – e realizar.

Incidentes acontecem? Certamente! Recentemente, vi um caso em que um veleiro colidiu com uma baleia, e a tripulação ficou à deriva em alto mar por vários dias. No entanto, outros velejadores não olham para esse caso e pensam: “Veja só o que aconteceu com essas pessoas, isso pode acontecer com qualquer um! Vamos desistir de velejar!” Não, é claro que isso não acontece. Todo velejador compreende os riscos envolvidos nessa atividade.

A postura que devemos ter em relação à definição de metas e planejamento na vida é semelhante. Entendemos que o simples ato de viver já envolve vários riscos. Como diz o ditado, “para morrer, basta estar vivo”. E não se trata apenas do risco de morte, mas de qualquer risco: o risco das coisas darem errado, de acidentes de percurso, o risco de nos decepcionarmos, nos frustrarmos, o risco de interferências indesejáveis em nossos planos e de nossos desejos não se realizarem. No entanto, tudo isso faz parte do jogo da vida. A objeção ao planejamento, como “não vou planejar porque as coisas podem dar errado” ou “não vou planejar porque coisas inesperadas acontecem, não tenho controle sobre a vida”, revela uma ingenuidade.

Nós vemos pessoas planejando e alcançando metas o tempo todo, desde metas como velejar de um lugar para outro até abrir uma empresa e transformá-la em um negócio bem-sucedido, metas pessoais como perder peso, mudar um hábito, superar uma dificuldade de comportamento, superar um obstáculo, escrever um livro e assim por diante.

As pessoas alcançam metas corriqueiramente, apesar de todas as possibilidades de as coisas não saírem como idealizado, como planejado.

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Essas objeções ao planejamento, ou essa resistência à ideia de planejar, decorrem de mitos e ideias incorretas que as pessoas acreditam, preconceitos em relação ao planejamento.

Há a ideia equivocada de que o planejamento é inflexível, de que se algo foi planejado, precisa acontecer exatamente daquela forma, e qualquer alteração significa que os planos falharam.

Ou ainda, a noção de que o planejamento envolve controlar a vida de alguma forma. Portanto, as pessoas podem ter uma antipatia automática em relação ao planejamento, vendo-o como algo chato, limitador e até manipulador, como se aqueles que planejam estivessem tentando manipular seu próprio destino.

Muitas pessoas têm uma visão romântica e idealizada da vida, influenciada por filmes de Hollywood, como se o ideal fosse simplesmente deixar a vida acontecer, esperando que as coisas se desenrolem e as surpresas surjam. No entanto, essa visão é fantasiosa, pois a vida é desafiadora. Sem direcionamento e intencionalidade prática, que levem a pessoa em direção a metas definidas, é muito fácil ficar para trás, ser engolido pela pressão da vida.

Se alguém se permite ficar à deriva no mar da vida, há muito mais probabilidade de que coisas negativas o afetem do que eventualidades positivas.

Isso acontece porque a falta de planejamento torna a pessoa mais vulnerável. Ela não se prepara para as eventualidades negativas e, da mesma forma, não se prepara para tirar melhor proveito das oportunidades e das ocorrências positivas.

Então, na prática da vida, a falta de planejamento, deixando de lado toda a ilusão de novelas e histórias de Hollywood, deixa a pessoa estagnada.

A própria dificuldade da vida faz com que ela esteja sempre correndo para dar conta das responsabilidades, pagar as contas e manter uma qualidade de vida mínima.

O tempo passa e a vida continua seguindo seu curso, nem sempre levando a pessoa para os lugares maravilhosos e fantásticos que ela idealiza. Se a pessoa deseja alcançar esse lugar fantástico que imagina, ela vai precisar planejar.

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