Por que não vale a pena tentar entrar em medicina nos EUA?

Diego Meille

Medicina nos EUA

Meu nome é Marcos Andrade. Sou leitor do blog e inicialmente escrevi o que você lerá aqui como comentário no artigo do Diego Meille aqui: Como estudar medicina nos EUA?. O Diego me convidou a expandir o comentário para que eu compartilhasse a minha história em um artigo para que mais leitores do blog pudessem ver a minha experiência, já que nem todo mundo lê comentários!

É bom ler o artigo do Diego primeiro, pois aqui eu simplesmente falo dos elementos do currículo pré-médico nos EUA, que se você não sabe quais são, você terá dificuldade para compreender o artigo. Eu não tive a oportunidade de ler um artigo desses antes de me embrenhar na maior aventura da minha vida, que acabou não dando em nada. Valeu a pena pela experiência de vida, mas perdi muito tempo, já poderia ser médico hoje, mas não sou ainda porque perdi meu tempo tentando entrar no curso em uma universidade americana. Vou te contar a minha história:

Eu tenho cidadania Americana por parte de pai. Meu pai é brasileiro, mas em sua juventude foi casado com uma americana e virou cidadão, tendo passado cidadania para os filhos.

Eu sempre quis estudar nos EUA, fiz 1 ano de intercâmbio no ensino médio, mas queria mais. Queria fazer faculdade e posteriormente viver no país.

Eu pus na cabeça que queria fazer medicina, mas não no Brasil. Como medicina nos EUA é pós graduação e você precisa já ser formado antes de tentar entrar, eu resolvi fazer ciências biológicas (biologia) no Brasil por ser um curso muito frequente entre alunos premed. Como todos devem saber, ciências biológicas é um curso inútil, serve para você ser professor e qualquer coisa além disso, exige mais educação (mestrado e doutorado). Só com biologia, você não faz nada (nem serve para ser professor na maioria dos lugares, pois hoje em dia, pós é o mínimo exigido). Mas eu não queria ser professor (nem pesquisador na área biológica), eu queria ser médico.

Ao me formar, com 22 anos, eu já tinha juntado uma boa grana para me mudar para os EUA e começar a montar meu currículo pré-médico. Algumas coisas eu já tinha feito durante a faculdade, pois já sabia para onde estava me destinando. Fiz shadowing com vários médicos no Brasil, trabalhei em consultório e hospital e fiz várias matérias premed durante a faculdade (já que ciências biológicas já contém várias dessas matérias). Me mudei pra Boston, uma cidade cara “pacas” para que eu pudesse fazer meu pré-médico em Harvard.

Lá encontrei outros 3 brasileiros em situação bem parecida com a minha (tinham cidadania Americana e já tinham feito faculdade no Brasil). Diga-se de passagem, sem Green Card ou cidadania, você não entra em medicina, não adianta nem teimar, espernear, brigar comigo, é a realidade. Algumas poucas universidade aceitam estrangeiros, mas o cara vai precisar ter fiador americano ou pagar o curso todo à vista. O problema maior, contudo, não é esse. O pré-médico precisa ser feito dentro dos EUA e não tem bolsa, não tem nada, pois não é um curso propriamente dito, além de todas as outras atividades extra-curriculares que o aluno precisa para montar seu currículo. Sem autorização para ficar no país por anos a fio, antes de entrar em medicina, o aluno não tem como ficar legalmente no país. Eu precisava de 2 anos fazendo as matérias premed que faltavam e construindo meu currículo, antes mesmo de poder aplicar para entrada em medicina e olha que eu já tinha feito parte das matérias premed e já tinha experiência para o currículo. Muitos que chegam aqui não tem nada disso e com as novas mudanças no premed, o aluno pode passar de 3 a 5 anos, além do curso superior, só para estar pronto para aplicar para medicina (sem qualquer garantia de que vai conseguir entrar). Somando com a faculdade no Brasil ou nos EUA, o aluno pode chegar a passar 10 anos se preparando para entrar medicina (e no final das contas, pode não conseguir entrar!).

Foi o que aconteceu comigo e com meus colegas Brasileiros. Uma colega já estava há 2 anos no país quando eu a conheci. Ela planejava só fazer mais 1 ano de premed antes de aplicar. Outro já estava fazendo premed há 1 ano.

Minhas notas do curso de biologia no Brasil em uma universidade federal eram muito boas, a par com as notas dos meus colegas americanos. Estava indo muito bem nas minhas matérias premed também.

Fiz ainda mais voluntariado, trabalhei como EMT (paramédico de emergência), scribe (documentador médico) e auxiliar de enfermagem, o que me custou muito dinheiro e tempo também com todo o treinamento que precisa ser feito antes de poder trabalhar nessas áreas. Fiz tudo direitinho, tudo como manda o figurino.

Meus colegas brasileiros também estavam com a corda toda, todos tínhamos notas excelentes, estudávamos em Harvard à noite e trabalhávamos o dia todo nessas atividades de construção do currículo pré-médico.

Tentávamos o MCAT (teste de entrada em medicina) várias vezes por ano para ir praticando. Eu fiz ainda outros testes para outras escolas (GRE, LSAT e GMAT) só para ficar craque em fazer provas. Eu ía muito bem em todos eles.

No final do primeiro ano, alguns colegas aplicaram sem sucesso, nenhum foi chamado para a entrevista. Um deles desistiu e voltou para o Brasil. No final do segundo ano, foi a minha vez, apliquei com tudo “nos trinques” e nada, não fui chamado para nenhuma entrevista. Como no final do segundo ano eu já tinha terminado minhas matérias premed, eu me concentrei no currículo. Como eu não precisava ir pra aula todo dia, resolvi fazer voluntariado “pesado” e me candidatei no programa Médico sem Fronteiras e na ONU para ir junto com alguma equipe para um país de terceiro mundo (no Brasil, eu já tinha feito esse tipo de trabalho e isso já constava no meu currículo). Fui para a África (bem no auge da epidemia de Ebola), alguns lugares na Ásia e fiz bastante coisa dentro mesmo dos EUA com populações carentes (sim, tem população carente nos EUA também!). Trabalhei direto com os médicos, fiz até mesmo procedimentos médicos que um estudante pré-médico jamais deveria fazer (mas que pela falta de pessoal, eu acabei sendo a “bola da vez”).

Quando eu apliquei no final do terceiro ano, eu estava seguro de que minha aplicação era mais do que sólida, afinal de contas, além das minhas notas perfeitas, eu tinha rodado o mundo em campanhas médicas, ajudando os necessitados e tinha cartas de recomendação de excelentes médicos com quem eu havia trabalhado. Fiquei estático quando fui finalmente chamado para uma entrevista.

Durante a entrevista, o entrevistador logo percebeu que tinha sotaque (não importa quão bom é seu inglês, um americano nativo sempre percebe que você não nasceu nos EUA). Eu notei que ele mudou de atitude quando eu disse que era Brasileiro. A resposta dele: “nós não temos nenhum estrangeiro em nosso curso atualmente”. Ele disse isso só como comentário, mas eu percebi a discriminação. Eu disse que tinha cidadania Americana, ele fez uma cara, tipo “esse é o problema do nosso país, deixa qualquer um entrar em fica naturalizando todo mundo”. Ele não disse isso com todas as letras, é claro, mas essa é a opinião dos Republicanos (partido político) e muita gente dentro da medicina é Republicana. Eles são muito xenofóbicos, simplesmente não gostam de estrangeiros e são contra qualquer tipo de imigração.

De qualquer forma, saí da entrevista com a nítida impressão de que o cara não tinha ido com a minha “cara de Brasileiro”. Fui chamado para outras 3 entrevistas. Nessas outras, houve uma certa reação também com o fato de eu ser Brasileiro (não ser “do Brasil” em si, mas simplesmente “ser estrangeiro”), mas não tão fortes quanto a primeira.

Meus colegas Brasileiros também foram chamados para algumas poucas entrevistas, enquanto alguns colegas Americanos tinham que se desdobrar em 10 para correr o país para comparecer às suas dezenas de entrevistas marcadas. Meus colegas Brasileiros também perceberam uma certa discriminação. Interessante que a discriminação ocorre não por termos nascido no Brasil, mas por termos sotaque, que nos “denuncia” como estrangeiros quando abrimos a boca.

No final das contas, nenhum de nós entrou. Depois desse ano intenso de atividades, eu fiquei muito deprimido, queria desistir de tudo, mas resolvi passar mais 1 ano tentando. Fiz mais um pouco do mesmo que eu já tinha feito e mais algumas “missões” em outros países. Fui para o Nepal, Madagascar, Bornéo e Malásia. No final do quarto ano, jurei que seria a última vez que eu iria aplicar. Fui chamado para 3 entrevistas. Só percebi discriminação em 1, e as outras duas foram excelentes.

Esperei, esperei, esperei e nada. Eu não tinha entrado de novo. Meus colegas também foram desistindo, alguns já tinham voltado ou ido para outro lugar dos EUA no ano anterior. Alguns outros Brasileiros chegavam com as mesmas esperanças que tínhamos no começo e nos ignoravam completamente quando contávamos nossas histórias, achando que com eles seria diferente.

No final do quarto ano então eu resolvi voltar para o Brasil. Eu poderia ter ficado, feito outro curso como alguns dos meus colegas estavam fazendo, mas nessas alturas do campeonato eu já estava cansado dessa brincadeira de “sonho Americano”. Até hoje eu não sei o que os alunos que entraram no curso tinham que eu e meus colegas Brasileiros não tínhamos. Não sei se era o sotaque (quero acreditar que não), não sei se era mais experiência profissional na área médica, mais voluntariado, mais atividades extra-curriculares, cartas de recomendação ainda mais impressionantes, notas ainda mais altas, não sei… Eu tinha total confiança de que seria aceito, tinha montado o quebra-cabeças com toda a atenção e detalhismo, estava tudo perfeito, mesmo assim, nunca fui considerado “bom o suficiente” para fazer medicina nos EUA. Eu não tenho explicação para o que aconteceu, não tenho como justificar os 4 anos perdidos da minha vida, mais o curso superior inútil que eu fiz só para entrar em medicina, que hoje não me serve para nada.

Estou de volta no Brasil me preparando para prestar vestibular de medicina, como deveria ter feito já de cara ao sair do ensino médio. Hoje, na realidade, me acho um “estúpido” por ter considerado fazer medicina nos EUA, onde eu me formaria depois 4 anos com uma montanha de débito (a maioria dos recém formados em medicina se forma com um débito médio de $250.000 dólares), ao invés de fazer medicina de graça no Brasil, me formar sem dever nada à ninguém e depois fazer residência nos EUA, onde o salário inicial é de $55.000 (por baixo). Antes que você me pergunte, não existem bolsas para medicina nos EUA, todo estudante pega financiamento estudantil (que só está disponível para quem tem Green Card ou é cidadão Americano).

Até hoje, nunca ouvi falar de um Brasileiro fazendo ou que tenha feito medicina nos EUA. Em Harvard, conheci outros estrangeiros que estavam tentando entrar em medicina também (a maioria com Green Card ou cidadania), nenhum deles também entrou. Que minha história sirva de alerta para o sonhador de plantão que acha que sua história será diferente. As pessoas vão sim estudar nos EUA, estudam de tudo, mas não medicina. Você pode encontrar pela net relatos de gente que foi estudar medicina em alguma universidade Norte Americana, mas isso é intercâmbio de suas próprias universidade no Brasil, não é um “fazer o curso nos EUA”, é um tempo que a pessoa passa fazendo pesquisa lá fora e depois volta para o Brasil para terminar seu curso.

Um alerta também para quem acha que se fizer medicina vai poder trabalhar nos EUA, como já ouvi muita gente me perguntando. Não! Medicina em si não dá a ninguém o direito de trabalhar como médico, nem no Brasil. É preciso fazer residência. Se você quer trabalhar como médico nos EUA, faça medicina no Brasil, vá fazendo as provas da residência durante o curso (chamados STEPs) e depois faça residência nos EUA, aí sim, você terá um visto de trabalho (pelo hospital que te contratar para a residência) e poderá ficar no país. A estadia nos EUA após a residência irá depender de algum hospital te contratar permanentemente, mas isso é fácil e comum.

E por fim, se você está procurando por esse assunto na net porque quer escapar da crueldade do vestibular de medicina no Brasil, meu filho, você não faz ideia da benção que é o vestibular! Um teste apenas, todos são iguais, fora a palhaçada das cotas, tudo é muito democrático. Como você deve ter percebido em meu relato, o processo de seleção em medicina nos EUA não é nem um pouco democrático, você pode ser discriminado por qualquer motivo na cara dura e é assim mesmo, não pode reclamar de nada, não pode exigir que te tratem com igualdade. Os comitês que escolhem os alunos de medicina em cada universidade pinçam a dedo os alunos que ELES querem, como empresas escolhem funcionários. Não importa o quão bem qualificado ou quão talentoso você seja, se você não cair nas graças de algum entrevistador que goste de você, você não entra em medicina nos EUA, ponto final. Não importa o quão bem qualificado você possa ser, quão boas são as suas notas, quão rico é o seu currículo pré-médico. Quando há muita concorrência, sempre pode haver muita gente tão boa quanto ou muito melhor do que você.

Compartilhe!
Cadastre-se gratuitamente no Guia da Vida e tenha acesso a nosso melhor material sobre desenvolvimento pessoal, produtividade, saúde mental e motivação:


49 comentários em “Por que não vale a pena tentar entrar em medicina nos EUA?”

  1. Graças a deus existem pessoas tão boas no mundo como você. Eu sempre tive o sonho de estudar nos EUA, mas depois de ler seu texto, percebo que se você se dedicar na faculdade que quer no brasil, terá um retorno enorme em comparação aos estados unidos. Mesmo o vestibular em medicina no brasil sendo bem concorrido e desgastante, entrar p med nos eua nao chega nem perto. Parabéns pelos seus trabalhos como voluntariado, acredito que você tenha se empenhado demais em ajudar as pessoas, e muita gente não reconhece os esforços. Muito obrigada, assim como você, estou estudando muito para realizar meu sonho de salvar vidas, e para servir de lição, em QUALQUER parte do mundo que esteja apto para acreditar no seu potencial!

    Responder
  2. Oi, Marcos! Tudo bem? Meu nome é Clarice, a respeito do seu texto, já havia desmistificado esse “sonho americano” há um tempo depois de ver que seria impossível consegui-lo, se dependesse dos outros… De qualquer forma, meio que não desisti da ideia de uma boa experiência acadêmica fora da minha faculdade, daí estou pensando nos períodos de internato/residência. Entrei esse ano pra Medicina na UFC e sei que, pra ter essas experiências acadêmicas noutras faculdades, é preciso de um ‘histórico’, como o que tem que ter pra aplicar nas grandes uni americanas. Enfim, indo ao ponto, você tem conhecimento do processo de aplicação para um internato/residência por lá, ainda que resumidamente? A respeito dos pré-requisitos, se é preciso o lance do sharowing, notas estratosféricas etc etc… Te agradeço a atenção, desde já! :*

    Responder
    • Olá Clarice,

      A entrada para a residência é completamente diferente. Você precisa de experiência na médica, shadowing, essas coisas, só para entrar em medicina. Quando o formando em medicina aplica para residência, o que importa são suas notas no STEP 1 e 2 do USMLE (que devem ser prestados durante o curso de medicina e você pode fazer esses testes estando no Brasil), as notas na faculdade de medicina e as cartas de recomendação de professores da faculdade. O STEP 1 é prestado no final do segundo ano e o STEP 2 no final do curso. O STEP 3 é prestado no final do internato. Como estrangeira, tendo feito faculdade no exterior, suas notas no STEP 1 e 2 serão decisivas para uma aprovação em uma residência. Além desses elementos da aplicação, você precisará fazer uma entrevista pessoal em cada universidade ou hospital-escola em que aplicar para residência. Seu inglês deve ser bem fluente.

      Procure no Google mais informações sobre esses STEPs. Tem até cursinho preparatório para eles no Brasil (com prof. particulares que montam turmas de alunos de medicina Brasileiros que querem fazer residência nos EUA).

      Abraços,

      Marcos

      Responder
  3. Cara, você foi discriminado.
    É a lei do retorno. Li muita discriminação da sua parte no seu texto.
    Só quer ser o foda no Brasil, chegou lá e viu que é só mais um na multidão.
    Vê se tira alguma lição disso tudo, Uncle Sam.

    Responder
    • Super concordo! A parte em que ele fala que a faculdade de biologia é “inutil como todo mundo sabe” é RIDICULA. A galera agradecendo o cara, depois de uma escrita tão claramente discriminatória é muito triste. Como disse o amigo aí de cima, vê se aprende alguma coisa com a discriminação que voce proprio sofreu e para de achar o maioral! Médicos assim são do pior tipo (gente assim, alias…).

      Responder
      • Triste é vc, um ser invejoso vir destilar veneno e julgar um cara q está ajudando enquanto vc e seu comentsrio inútil não servem para nada !
        O cara tem todo direito de ter uma opinião sobre o curso q quiser, ainda mais oq ELE cursou!
        Vc pagou a faculdade dele?
        Então cala a boca e não vai querer fizer oq o cara pode pensar.
        E fora q vc é um hipocrita pois fala em discriminação enquanto discrimina alguém por ter opinião diferente da sua!
        É de médicos como vc q o mundo não precisa pois um cara lúcido q ajudou pessoas ao reagir do mundo é um ser humano mto melhor e mais digno do q um invejoso hipocrita como vc.

        Responder
    • Vc é ridículo! Se vc é pó de lixo não va tentar espalhar isso para um cara batalhador e lúcido como ele. Nem em 20 vidas vc vai ajudar o tanto de gente q esse cara já ajudou mundo a fora , seu recalcado! Ele estuda onde é Qndo ele quiser e não onde vc decidir e é por lixos como vc q os brasileiros enfrentam preconceito nos USA.
      Espero q vc nunca entre em medicina pois nem gente vc sabe ser.

      Responder
  4. Eu acho que nunca se deve fazer a graduação fora do Brasil. Porque os procedimentos para reconhecer o diploma aqui são muito complicados. E você não está certo desde início se vai gostar mesmo do país que você escolheu para a graduação. Então volta e é aquela complicação. Já a pós-graduação é diferente. Há muitas bolsas para ela, tanto do Brasil (CAPES) como de fundações lá fora. Uma pós no exterior sempre enriquecem o currículo e facilita a obtenção do emprego lá fora.Resumindo: colégio, vestibular e faculdade aqui (graduação), pós lá fora.

    Responder
  5. Primeiro que se você pesar na balança, um médico brasileiro com uma boa pós aqui tem melhor custo-benefício que um médico formado nos EUA que voltou pra exercer a profissão no Brasil. Segundo que uma faculdade de medicina deve beneficiar principalmente a população de seu país; provavelmente as faculdades americanas já admitiram muitos estrangeiros que depois de terminar o curso voltaram ao país de origem e não contribuiriam com a nação (acredito ser o motivo pra dificultar a entrada de qualquer estrangeiro); mesmo sendo pago, o aluno tem que trazer retorno ao país, não é por bondade que o governo americano gasta 5x o que o Brasil gasta com financiamento estudantil. Talvez para cursos na área das exatas não tenha esse preconceito. Parabéns e obrigado por compartilhar sua história, vai ajudar muitos.

    Responder
    • Olá Átila,

      Obrigado pelo comentário. Você tocou em vários pontos importantes que eu gostaria que meus leitores compreendessem melhor, ao invés de ficarem bravos comigo quando eu lhes digo que a probabilidade de conseguirem entrar em medicina nos EUA é zero, além de não valer a pena! O Brasil tem ótimas univerdades públicas de medicina. Ninguém perde nada ao fazer essa faculdade no Brasil, ao passo que ao fazer o curso nos EUA (se conseguir entrar, o que é praticamente impossível para um estrangeiro), a pessoa deve desembolsar o equivalente hoje a cerca de 2.5 milhões de Reais. O caso do Marcos aqui ilustra bem a diculdade para entrar no curso, a perda de tempo no processo de preparação (já que entrar em medicina nos EUA não é uma simples questão de prestar um teste como é o vestibular no Brasil), e a xenofobia e discriminação praticada pelos Americanos (que não estão errados, já que se forma médicos para praticarem a profissão no próprio país, não para voltarem com todo o conhecimento adquirido para seus respectivos países de origem).

      Abraços,

      Diego

      Responder
  6. Diego ou Marcos,
    Sempre tive o sonho de fazer medicina nos EUA e morar lá depois. Passei em algumas faculdades boas lá, mas nada extraordinário, faculdades como University of Miami e Wake Forest University com bolsas razoáveis. Também passei em medicina aqui no Brasil, na ESCS em Brasília. Tenho 18 anos e por isso o tempo não é um empecilho muito grande. Como quero ser médico nos EUA, gostaria de te perguntar se, na sua opinião, valia a pena eu tentar fazer med school lá ou se seria melhor eu ficar aqui, fazer os steps e depois tentar a residência. Consigo entrar numa residência boa saindo do Brasil.
    Não tenho cidadania americana e nem condição de pagar o curso de medicina lá integralmente.
    Grato desde já,
    Paulo.

    Responder
    • Olá Paulo,

      Se você não tem cidadania Americana nem condições de pagar o curso, você simplesmente não tem como entrar em medicina. Não dá pra comparar você ter passado para entrar em um college com a posterior med school. Você passou em medicina no Brasil, o que já é um feito extraordinário. Aproveite! Faça o curso no Brasil, vá prestando os STEPs, aprimorando seu inglês e ao final do curso, aplique para uma residência. Dessa forma, você irá realizar seu sonho como deseja, indo morar nos EUA após completar o curso, e o salário de residente já é suficiente para você ter uma vida digna. Se, ao contrário, você resolver fazer um dos colleges em que foi aceito, você perderá 4 anos, sem garantia alguma de que quando terminar você será aceito em uma med school. 2 anos a mais e você se forma no Brasil.

      Abraços,

      Diego

      Responder
      • Diego,
        Obrigado pela resposta. Meu ingles já é bem avançado pois estudei em escola bilingue a maioria da vida e sou bem seguro quanto isso. Sabe de algum site de dicas e que possa me ajudar a me preparar para os STEPS?
        Abraços,
        Paulo

        Responder
        • Olá Paulo,

          Me desculpe a demora para responder! Vi sua resposta no celular e depois que cheguei em casa, me esqueci de responder. Só estou vendo agora que estou fazendo manutenção no site. Há vários sites em inglês, inclusive apps para o celular com preparação para os STEPs, assim como uma infinidade de livros (ebooks) na Amazon. Sempre procure por esses assuntos direto em inglês. Em português, não há praticamente nada. Há uma mulher em Porto Alegre que dá curso para alunos de medicina e assessoria para prestarem os STEPs, mas perdi o contato dela (se achar te mando). Procure por STEPs do USMLE que você achará bastante material. O primeiro STEP testa o conhecimento dos 2 primeiros anos da faculdade e nesse caso, Brasil e EUA são muito parecidos. O segundo STEP testa o terceiro e quarto ano (que nos EUA são os úlitmos). O terceiro STEP só é feito depois do internato. No caso, você faria esse STEP já nos EUA após o primeiro ano de residência.

          Abraços,

          Diego

          Responder
  7. As universidades em geral querem vender que têm diversidade estudantil. Eu acredito que o principal entrave foi que o próprio currículo denunciou que o Marcos é “mais brasileiro que americano”. Ter feito biologia no Brasil e habitar nos EUA só com aparentes fins estudantis deve ter gerado grande incerteza no intrevistador e na banca examinadora quanto à sua permanência no país. Não que eu considere o ocorrido justo, nada disso.
    Só me aborrece que quem ler seu texto pode ganhar ódio pelos republicanos, não é bem assim. Antes de mais nada, realmente existe sim entre parte dos americanos o sentimento “gente de fora está vindo derrubar salários e roubar nossos empregos e oportunidades”, mas isto é bipartidário. Além disso, os republicanos são avessos aos imigrantes que estão ilegais, conheço pessoas conservadoras fantásticas da “Deep America”.

    Responder
    • Isso não é apenas uma questão republicana. A faculdade de medicina é em especial, ao contrário de TODAS as outras, extremamente xenofóbica. Até mesmo a classe média Americana tem dificuldade de acesso à faculdade de medicina, que é quase que um reduto da classe média alta e rica (e branca) dos EUA. Sendo assim, as chances de QUALQUER estrangeiro, seja brasileiro, francês, ou alemão, de entrar em medicina nos EUA, é ridiculamente pequena, já que o nível de discriminação não é “só” contra os estrangeiros, mas também contra os próprios Americanos que não vieram da nata da sociedade. Na realidade, no Brasil ocorre o mesmo já que sendo o vestibular mais difícil, só consegue entrar em medicina os filhinhos de papai que tiveram a oportunidade de estudar a vida inteira em ótimas escolas particulares, que lhes deram base suficiente para se dar bem na prova. No fundo, nos EUA o que ocorre é similar, pois a pessoa que deve uma educação mais privilegiada entra em um college de maior prestígio, tira notas mais altas nessa primeira faculdade e vai melhor nas matérias premed e no MCAT, aumentando as chances de entrar em medicina.

      Responder
  8. Olá, tenho 16 anos e gostaria de fazer medicina fora do Brasil, se possível, em Harvard. Para que isso aconteça eu tenho que fazer faculdade aqui no Brasil primeiro e depois enviar meu currículo para HMS e ver se eles me aceitam, está correto?

    Responder
    • Olá Andressa,

      Já foi plenamente discutido aqui detalhes desse processo e, principalmente, do principal obstáculo: as faculdades de medicina nos EUA não aceitam estrangeiros. Você leu este artigo antes de fazer sua pergunta?

      Diego

      Responder
  9. Olá! para quem deseja estudar medicina no exterior, é importante saber que existe a chance de estudar no Uruguai. Meu irmão estuda na universidade Claeh a um ano, ele está muito feliz com a cidade e o ensino é de primeira. Não precisou fazer vestibular. Deixo o link para aqueles que desejem conhecer mais sobre os estudos no Uruguai http://goo.gl/GTU9ZJ

    Responder
  10. Uma ótima opcão para todos aqueles que procuram estudar medicina no exterior é estudar no Uruguai. A dos anos meu irmão está estudando medicina na universidade Claeh na cidade de Punta del Este http://goo.gl/ceFyat O curso é completo e você terá uma formacão integral com profesores altamente qualificados. Podem conferir o link, e qualqer dúvida podem me escrever ao eliner015@gmail.com

    Responder
  11. Ola Diego
    Tenho 16 anos e morei nos estados unidos por 5 anos e tenho cidadania americana. Tive que voltar para o Brazil para terminar meus ultimos 2 anos de high school. Quero muito fazer medicina, mas estou indecisa se faco aqui no brasil ou nos estados unidos. Eu gostaria de morrar e trabalhar nos estados unidos. Eu sei que posso fazer faculdade no Brazil e depois fazer residencia la. Mas é facil fazer residencia la tendo feito faculdade no Brazil? Quais sao as chances de entrar em med school la tendo feito college la?

    Responder
    • Olá Carolina,

      As chances de qualquer pessoa, Americana ou não, tendo feito college nos EUA ou no exterior, entrar em medicina nos EUA são muito pequenas. Pegue o vestibular e multiple “tudo” por 100. A dificuldade, o volume de conteúdo, a competição. Você tem chances de entrar em uma med school nos EUA? Tem. Mas isso não quer dizer que é o melhor curso de ação em seu caso particular. Entrar na residência tendo feito med school no exterior é difícil, mas não é impossível. É “mais fácil” do que entrar na med school independente de qualquer outra variável. O que eu recomendo para você é que você leia bastante e poste perguntas no forum do Student Doctor (http://www.studentdoctor.net/) que é um dos maiores sites onde estudantes pré-medicina, estudantes de medicina, residentes, e médicos trocam ideias e informações. Você vai ver relatos de casos, opiniões de outras pessoas que já passaram ou estão passando pelo processo, etc. Vai te dar uma boa visão de como todo o processo funciona muito além da simples informação. Como brasileiros, nós tendemos a ver a entrada na faculdade como uma coisa objetiva, já que o vestibular é objetivo. Você faz a prova, se passar, entra, se não passar, pode tentar de novo quantas vezes quiser. Temos dificuldade para compreender toda a complexidade – e subjetividade – do processo de entrada, principalmente em medicina, nos EUA. O que quero dizer é que o processo é muito mais do que a soma dos fatores, é muito mais complicado do que ter feito college em um lugar ou outro, ter tido notas boas, fazer premed, tirar nota alta no MCAT, etc. Para que você possa tomar uma decisão e possa então planejar de acordo com a sua situação, recomendo que você participe e leia este forum para que tenha uma ideia mais completa do mundo da med school.

      Abraços,

      Diego

      Responder
    • Olá Paulo,

      Sim, eu me formei em Harvard e também trabalhei no setor de seleção de alunos de uma das escolas. Sua pergunta, contudo, é um pouco ampla demais. Fazer engenharia obviamente vale a pena, isso não é uma questão… Se vale a pena para você, no seu caso particular, depende do que você quer fazer da vida, seus objetivos, onde você quer estudar, se tem condições financeiras e acadêmicas de entrar na escola de sua escolha, enfim, simplesmente perguntar se vale a pena é um pouco ingênuo. Me dê mais informações e eu posso comentar sabendo mais sobre o seu caso.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  12. Olá tenho 14 anos e quero fazer Medicina em Harvard , Hopkins ou na UCLA , penso em fazer a minha undergraduate em uma dessas escolas e posteriormente aplicar para a Medical school , n pretendo fazer o pre-med pois quero cursar as matérias obrigatórias no collegge . Porém não tenho Green card e nem condições de pagar a faculdade , eu sei que no colegge dão bolsas , mas eu queria saber se na Medical school dão bolsas . Se não , eu queria saber se fazendo a USP , a Unicamp , a UFRJ ou a UFRS eu tenho chances de entrar em um bom programa de residência nos EUA ou na Inglaterra . Eles têm preconceito com faz Medicina fora ? Principalmente em um país emergente ? Sei que as notas nos steps valem bastante , mas na hora de escolher os residentes , bons programas olham coisas como : notas durante a faculdade , faculdade onde estudou , atividades extracurriculares , trabalhos voluntários , cartas de recomendação , projetos de inciação científica , artigos científicos ?

    Responder
  13. Olá. eu queria fazer o college e medicina nos EUA, mas ainda bem que li este artigo a tempo. Agora mudei completamente os meus planos. Quero fazer medicina no Brasil somente em último caso e pensei em fazer o college e a med school no Canadá ou Inglaterra e depois aplicar para fazer residência nos EUA. O Processo para residência é o mesmo em qualquer lugar do mundo? Vc acha melhor eu permanecer mesmo no Brasil( digo, para faculdade de medicina)?

    Responder
    • Olá Samuel,

      Eu não si te dizer. Eu conheço apenas o processo de entrada na residência nos EUA. De qualquer forma, eu recomendo fazer medicina no Brasil. As universidades de medicina no Brasil são excelentes e você ainda tem a chance de passar em uma instituição federal e não pagar, ao contrário de outros países em que você terá custos exorbitantes, além do seu custo de vida. Residência aí já é outra história. Residência não é curso, é emprego, aí você tem salário e visto de trabalho e pode ir para qualquer país.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  14. Olá,
    Estou escrevendo em busca de conselhos em relação à minha situação acadêmica.
    Comecei a fazer medicina em uma instituição particular no Brasil logo após terminar o terceiro colegial. Fiz um período, tranquei e me mudei para a Califórnia com a minha família. Aqui consegui o greencard e comecei a fazer o college (por enquanto, fiz apenas o spring), para me transferir pra uma universidade após dois anos e aplicar para uma med School depois de mais dois anos. Minhas notas são altas e ja fiz trabalho voluntário no exterior e pretendo continuar fazendo sempre que possível. Entendo que a application para a med school vai além disso (estágios, pesquisas, Mcat) e as vagas são muito disputadas. Minha matricula no Brasil ainda pode ser resgatada. Minha dúvida é a seguinte, seria melhor eu dar a cara a tapa e continuar nos Estados Unidos ou voltar para o Brasil, me formar, e depois fazer residência nos Estados Unidos? Acho válido dizer que não pretendo morar no Brasil futuramente, então de qualquer forma não faria residência lá. Onde posso obter mais formações sobre o processo dos STEPs? Alguém possui o contato de alguém que passou por uma situação parecida com a minha? Ou de algum médico brasileiro que recentemente cursou (ou está cursando) medicina nos EUA ou que realizou os STEPs e fez (ou faz) residência lá?

    Muito obrigada pela ajuda desde já!

    Responder
    • Olá Luiza,

      Não é possível dizer se você teria chances ou não de entrar em medicina, pois como o próprio Marcos comentou aqui no artigo sobre a experiência dele, os comitês escolhem individualmente cada candidato e uma série de fatores podem impactar a decisão. Não é algo simples e direto como passar no vestibular no Brasil, como você já sabe. O que eu recomendo é que você faça bastante pesquisa no site studentdoctor.net (consulte o fórum de discussão). Lá você encontrará estudantes em todos os pontos da carreira de medicina (premed, estudantes já matriculados, residentes, e médicos).

      Sobre os STEPs é só procurar no Google! Há um infinidade de informações sobre eles, sites feitos só sobre esse assunto, enfim, é só procurar mesmo. Lembrando que você só pode prestar os STEPs se estiver matriculada em medicina ou se já tiver concluído o curso em outro país. Sempre digite STEPs USMLE ao buscar sobre esse assunto para evitar obter resultados ligados ao termo “step” com outros significados.

      Entrar na residência depois de ser formada em outro país é muito difícil. É a única solução para quem não tem Green Card (por isso é que eu acabo recomendando aqui), mas como você já tem, aí a minha dica é ficar nos EUA e montar um plano muito bem feito, construindo um currículo bom o suficiente para as exigências das med schools Americanas.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  15. “Fora a palhaçada das cotas”

    É SERIO?? EU LI ISSO?

    Essa tua frase foi típica de um burguesinho safado que faz medicina apenas pelo status. Bem feito não ter passado!!!

    Foi por isso que não te aceitaram!!!

    Tens uma visão elitista, excludente e fora da realidade social do Brasil. Cotas são antes de tudo uma necessidade até o ensino fundamental e médio público no país ter equiparação com as particulares.

    Responder
  16. Olá tudo bom? Vcê sabe me informar se a residência dos EUA é válida no Brasil? Por exemplo, eu me formo aqui, faço os steps e depois faço a residência lá, mas vai que eu me decido voltar para o Brasil, aí terei que fazer outra residência aqui ou não? Muito Obrigada!!!

    Responder
    • Olá Priscilla,

      Eu não tenho essa informação. Eu sei que se você fizer residência no Brasil e se mudar para os EUA, você precisa fazer residência de novo, não importando quantos anos de experiência e prática você tem. Contudo, o Brasil tem regras diferentes. O ideal é verificar essa informação junto com o Conselho Federal de Medicina.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  17. O texto realmente tem uma visão meio elitista. Mas realmente fiz Ciencias Biológicas em uma federal e o curso é uma furada , tenho amigos doutores sem recursos que com os cortes de Temer estão vivendo de traduzir artigos, o diploma de bacharelado só serve para concursos públicos com qualquer nível superior que são mais concorridos.Se não tivesse passado em um no final dos anos Lula perdida.

    Responder
    • Eu fiz biologia nos EUA, amei o curso, mas mesmo aqui não tem campo de trabalho para biológico sem doutorado. No Brasil menos ainda, quem faz biologia acaba só encontrando emprego como professor ou fazendo concurso (ou trabalhando em área não relacionada). Quanto ao artigo ser elitista, se a gente pensar bem sem querer ser politicamente correto, medicina é um curso de elite, tanto nos EUA quanto no Brasil. No Brasil, só quem teve chance de estudar em escolas particulares MUITO boas tem condição de passar no vestibular de medicina. Nos EUA, a pessoa tem que ter um background cultural muito bom e ter conhecimento e capacidade de estudar bem sofisticada para manter a média necessária para entrar em medicina e passar na entrevista pessoal (onde o nível de cultura e sofisticação da pessoa é avaliado). Então, pessoas de baixa renda acabam não conseguindo fazer medicina nesses países, é claro que há exceções, mas são raras. Se isso é justo ou não, não vem ao caso, o que está sendo exposto no artigo é a experiência de uma pessoa que reflete a realidade do processo.

      Responder
  18. Eu tive contato com uma moça que trabalha no dpto de admissao da uni de medicina de uma universidade dessas top. Ela disse que há muito medo de que o estudante volte para o seu país, levando consigo a educação que recebeu nos EUA. Treinar novos médicos é um processo muito caro e os EUA precisam muito de novos médicos. Então treinar alunos que nasceram em outros países é um risco pois eles podem decidir voltar pra casa, seja logo em seguida após terminar a faculdade, seja 5, 10, 20 anos pra frente. Mas ela disse que alguns alunos naturalizados Americanos que nasceram em outros países acabam sendo aceitos sim. Depende muito da faculdade. Em lugares mais racistas do país, se sua cor de pele é levemente escura, se você não tem cara de Americano, você não entra. Em outras, eles valorizam a diversidade. Acho que o autor poderia ter tentando um pouquinho mais, quem sabe ele poderia ter encontrado uma faculdade que o aceitasse.

    Responder
  19. Olá,

    Você está sabendo de algum tipo de financiamento para fazer os STEPs e fellowship nos EUA? Calculando baixo, o processo todo fica em torno de 100.000 reais, inviável para a maioria dos brasileiros.

    Att.

    Responder
    • Olá Ana,

      Os STEPs são apenas testes… Não há financiamento ou qualquer tipo de ajuda financeira, pois não são caros. É uma média de $1000 (dólares) para cada um, o que pode ser caro para Brasileiros, mas não é algo que exigiria ajuda externa. Onde você viu esse custo de 100 mil reais? Quanto à fellowships, esses são empregos, não cursos, então você recebe um salário e são feitos após o final da residência médica. Se você puder me dar mais informações sobre onde viu esses dados, posso ver se talvez não esteja interpretando corretamente sua pergunta.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  20. Eu não encontrei a data em que esse texto foi escrito e publicado! Achei muito interessante, mas acho q muitas coisas mudaram aqui nos EUA. Minha experiencia se parece um pouco com a dele, mas tem um final diferente.

    Responder
    • Olá Nanda,

      Com certeza, a experiência de cada um é diferente. O Marcos compartilhou aqui o que aconteceu com ele, mas não é impossível entrar em medicina nos EUA como estrangeiro naturalizado (ou com Green Card) é apenas mais difícil devido à discriminação. Contudo, recentemente foi determinado que os EUA precisam de muito mais médicos do que as faculdades têm formado e por esse motivo, pode ter ficado um pouco mais fácil entrar.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  21. eu queria trabalhar de medicina nos EUA depois de fazer faculdade aqui no brasil mas o seu texto me fez ficar em duvida sobre certas coisas tipo se é ruim fazer faculdade de medicina lá mas trabalhar lá depois que já terminei minha faculdade de medicina no Brasil seria bom??

    Responder
    • Olá Freya,

      Para trabalhar como médico nos EUA é preciso fazer residência médica no país, mesmo que a pessoa já tenha feito residência em outro país, mesmo que tenha 20, 30 anos de experiência. Então você pode fazer a faculdade no Brasil, inclusive, é praticamente a única opção, pois como você pode ver pelo texto do Marcos, entrar em medicina nos EUA é praticamente impossível como estrangeiro. Após terminar a faculdade, você deve prestar os STEPs do USMLE para se candidatar a uma residência nos EUA. Após completar a residência você fica na dependência de ser contratada por um hospital para que tenha visto de trabalho (você não pode simplesmente “trabalhar nos EUA”, é preciso que seja através de visto de trabalho). Nesse caso, é preciso manter em mente que você não poderia abrir consultório.

      Abraços,

      Diego

      Responder
  22. Acho que vale a pena fazer medicina no Brasil, fazer uma residência básica em clínica, e depois ir fazer residência nos EUA, o que dá oportunidade de trabalhar nos dois países. Tentar fazer medicina nos EUA é suicídio. O pessoal criticando o moço aqui não tem noção… é realmente praticamente impossível entrar em medicina por lá.

    Responder
  23. Eu lembro de ler esse artigo em 2016 e agora lembrei dele e vim aqui ler de novo. Fiquei pensando se não mudou algo nesse tempo? Pois eu acompanho um canal no youtube de uma moça brasileira em que o marido dela também brasileiro e com cidadania americana, conseguiu fazer medicina nos Estados Unidos. Ele se formou em Biologia em uma universidade dos Estados Unidos, fez pre-med, enfim fez tudo nos EUA. Acompanho esse canal faz bastante tempo e lembro dos vídeos em que ele se preparava para entrevista e foi aceito, quando eu assistia esses vídeos, eu sempre pensava nesse artigo aqui. Agora ele é formado e tudo.

    Responder
    • Olá Anna,

      Sim, eu tenho percebido uma mudança gradual ao longo dos últimos 10 anos no padrão de alunos nas universidades de elite nos EUA, incluindo medicina. Infelizmente, não tenho mais contato com o Marcos, autor deste artigo, para saber o que ele pensa. Há uma carência de médicos muito grande nos EUA e as escolas de medicina estão tendo que se ajustar para aceitar um número maior de alunos. Outro fator é a mudança demográfica do público que hoje já está pronto para aplicar para uma faculdade de medicina. Há 20 anos atrás, esse público era predominantemente Americano. Os imigrantes vinham para trabalhar nos anos 80 e 90, não para estudar. Hoje, os filhos desses imigrantes já tem idade suficiente para aplicarem para a graduate school. Então aos poucos estamos vendo uma mudança no perfil dos alunos e uma abertura maior por parte das instituições.

      Obrigado pelo comentário!

      Abraços,

      Diego

      Responder

Deixe um comentário ou pergunta