Seja você mesmo e siga seu coração é bobagem! Por que o autocontrole é o segredo do sucesso e da felicidade?
Vamos desmascarar esses conselhos genéricos (e falsos) e ver como o autocontrole é muito mais importante para o sucesso e felicidade do que “seguir o coração” (ou sua paixão!).
O autocontrole, a habilidade de sobrepor ou mudar impulsos internos em benefício de metas a longo prazo, sempre foi valorizado como um traço humano admirável.
Desde a antiguidade, pensadores reconhecem o poder do autocontrole. Por exemplo, Confúcio ensinou que viver em uma sociedade harmoniosa só é possível se os indivíduos exercerem restrição sobre seus desejos e emoções, posicionando o autocontrole como base do comportamento moral. Sócrates acreditava que apenas aqueles que são sábios, corajosos e justos teriam êxito na arte do autocontrole, que ele via como uma das mais altas formas de virtude. Já na modernidade, Hannah Arendt, como muitos filósofos contemporâneos, enfatizou a importância de pensar antes de agir e a responsabilidade pessoal que surge com a liberdade, o que pode ser visto como uma forma de autocontrole no domínio público.
O PROBLEMA COM OS CONSELHOS DE VIDA E CARREIRA MODERNOS
E ainda assim, os conselhos de vida e carreira modernos estão cheios de dicas que minam a importância do autocontrole. Em particular, a noção popular de autenticidade, que celebra a expressão desinibida de nossos impulsos (“siga sua paixão, não importa o quê”; “faça o que você quer fazer a cada momento”; “diga o que vier na sua cabeça”) e nos incentiva a agir com emoção em vez de razão (“siga seu coração”), e nos libertar de inibições auto ou socialmente impostas (“pare de se preocupar com o que os outros pensam de você”).
Em outras palavras, grande parte dos conselhos de vida populares tenta enfraquecer nosso superego e eliminar a pressão social para fazer concessões aos outros, de modo que possamos relaxar, fluir com a vida e nos mimar sem sentir constrangimento ou culpa.
Se você refletir sobre isso, o que esses conselhos realmente implicam? Que o ideal é sermos imprudentes, aventureiros irresponsáveis, cuja principal prioridade é desfrutar da vida ao máximo no momento presente, sem se preocupar com o futuro ou com os outros.
Essa abordagem parece sábia ou eficaz para construir vidas equilibradas e bem-sucedidas?
O QUE DIZ A CIÊNCIA?
As evidências científicas mostram claramente que o autocontrole tem muitos benefícios, não apenas no trabalho, mas também em outras áreas da vida. Mais notavelmente, há dados convincentes mostrando que crianças que demonstram níveis mais altos de autocontrole acabam obtendo credenciais educacionais mais elevadas, bem como acessando melhores empregos na vida adulta.
Não apenas o autocontrole, que envolve a capacidade de resistir a tentações momentâneas, mas também a determinação, a perseverança e a busca incansável por metas mais elevadas e de longo prazo, contribuem significativamente para aprimorar o sucesso profissional das pessoas. Não é coincidência que esses traços se constróem em cima (e dependem) da capacidade de autocontrole.
Quem está mais preocupado em “curtir a vida”, seja lá o que isso signifique para cada um, geralmente enfrenta dificuldades para controlar os impulsos do momento e acaba incapaz de perseverar, lidar com obstáculos ou superar desafios. E o que isso significa na prática? Pois é… uma vidinha morna, no rame-rame. Desmotivação, desânimo, procrastinação e devaneios excessivos são sinais de que a pessoa não consegue resistir à tentação de buscar prazer no momento presente, mesmo que esse prazer seja apenas navegar nas redes sociais ou sonhar com férias no Caribe.
Isso está em linha com centenas de estudos acadêmicos que demonstram que os problemas mais comuns que as pessoas enfrentam ao buscar sucesso estão relacionados à dificuldade de renunciar ao prazer imediato em favor de objetivos de longo prazo. Muitos estudos destacam o impacto positivo generalizado da conscienciosidade, um traço de personalidade ligado a níveis mais altos de autocontrole, disciplina e tendências de autogestão, tanto em resultados educacionais quanto ocupacionais, a ponto de até mesmo compensar níveis mais baixos de inteligência e habilidades de aprendizado.
COMO O AUTOCONTROLE SE MANIFESTA NA PRÁTICA?
Quando abordo o tema do autocontrole e menciono coisas como “evitar ceder a tentações imediatas”, “controlar impulsos” ou “não se deixar levar pelo prazer momentâneo”, percebo que muitas pessoas associam tais conceitos a casos extremos, como vício em drogas ou preguiça crônica. A imagem que muitos têm em mente é a de alguém que busca apenas o prazer sem responsabilidade ou alguém que se recusa a contribuir de forma produtiva para a sociedade. No entanto, a falta de autocontrole se manifesta nas escolhas cotidianas mais simples, desde o uso excessivo de celulares até a boa e velha procrastinação.
Vamos ver alguns exemplos de autocontrole no dia a dia e seu contraponto, a atitude da pessoa imediatista:
- Manter o foco concentrado em uma tarefa entediante ao invés de recorrer ao telefone a cada cinco minutos para “ver alguma coisa”.
- Ser fiel ao compromento consigo mesmo de exercitar-se X vezes por semana ao invés de esconder-se por trás da desculpa mais esfarrapada do universo: não tenho tido tempo para fazer exercícios!
- Resistir à tentação de gastar dinheiro em compras impulsivas, gastronomia e lazer para economizar e investir para o futuro.
- Manter a atenção em uma apresentação ou aula ao invés de devanear, olhar o celular ou multitarefar.
- Manter uma dieta saudável e balanceada em vez de ceder aos desejos por alimentos calóricos e pouco nutritivos.
- Priorizar o estudo ou o trabalho em vez de passar horas assistindo televisão ou jogando videogame.
- Abster-se de procrastinar e dedicar tempo regularmente ao desenvolvimento de habilidades ou projetos pessoais em vez de adiar constantemente essas atividades.
- Escolher investir em educação ou treinamento profissional em vez de gastar recursos em entretenimento de curto prazo.
O AMPLO IMPACTO DO AUTOCONTROLE NA VIDA
Além do trabalho, esse perfil que denota uma abordagem mais estoica, determinada e diligente para gerenciar a si mesmo e se abster de comportamentos contraproducentes, indesejáveis e autodestrutivos, foi relacionado em diversas pesquisas a uma ampla gama de resultados de vida universalmente desejáveis, desde sucesso romântico e satisfação conjugal até a ausência de problemas de saúde psicológica e física, e alta expectativa de vida.
Pessoas altamente imediatistas, por exemplo, têm dificuldade em manter relacionamentos amorosos de longo prazo, perdendo o interesse assim que a fase inicial da paixão diminui. Relacionamentos mais duradouros demandam trabalho, sacrifício e desafiam as expectativas de emoções e aventuras constantes que são comuns em pessoas impulsivas. Da mesma forma, a pessoa que na vida profissional se apega demais à ideia de “seguir seu coração” e fazer o que gosta acaba se tornando vítima das próprias emoções momentâneas, em vez de trabalhar racionalmente na construção de uma carreira ou negócio viável e produtivo.
Portanto, aquela objeção comum que vê a pessoa com maior autocontrole bem-sucedida, porém infeliz, é também falsa. O clichê diz que é preferível ser feliz do que ser inautêntico, rigoroso, sério (insira aqui qualquer adjetivo que indique maior autocontrole). Porém, a realidade é que a felicidade está altamente relacionada à capacidade de conter os impulsos e retardar a gratificação de prazeres em prol da construção de uma realidade mais perene no futuro.
Ou seja, a pessoa com maior autocontrole é também mais feliz do que aquela que vive “livre, leve e solta”, ao sabor do momento.
O AUTOCONTROLE NA VIDA SOCIAL
Os benefícios do autocontrole se estendem além do indivíduo para também serem vantajosos para seus pares, colegas de trabalho e a sociedade em geral. Notavelmente, grupos liderados por indivíduos mais conscientes e autodisciplinados têm mais probabilidade de trabalhar de forma mais eficaz como equipe, superar outros times e desfrutar de níveis mais altos de moral e satisfação no trabalho. Por outro lado, quando os níveis médios de conscienciosidade são baixos em um grupo ou equipe, a prevalência de comportamentos tóxicos, destrutivos e antissociais é significativamente maior, para prejuízo de todos.
Enquanto sempre existem diferenças culturais em relação às normas sociais, etiqueta e moralidade, o autocontrole altruísta em serviço do bem coletivo é uma característica universal da ética humana. Como Charles Darwin observou, grupos compostos por um maior número de indivíduos altruístas, orientados para os outros e empáticos, possuem maior vantagem competitiva contra grupos rivais nos quais a competição intra-grupo egoísta é a norma, o que resulta em comportamentos parasitas de aproveitamento indevido que destroem a harmonia e cooperação do grupo.
LIMITES DO AUTOCONTROLE
Apesar de todos os benefícios, o autocontrole tem seus limites e, como qualquer outra coisa, é mais útil quando praticado com moderação. Nossa capacidade de autocontrole é finita e, quanto mais tentamos exercitar esse músculo mental, mais ele se esgota. Por exemplo, pesquisas mostram que se você está fazendo um grande esforço para evitar o consumo de alimentos e bebidas açucaradas, terá menos energia para resistir a outros impulsos, como compras online ou ao desejo instintivo de discutir com seu colega de trabalho irritante (em vez de se forçar a ser educado).
Em outras palavras, quanto menos autocontrole você exercer, mais reservas terá para exercer o autocontrole no futuro. Não é surpreendente que pesquisas mostrem que em níveis extremos, o autocontrole disposicional pode levar a comportamentos obsessivos e controladores, que podem não apenas diminuir o bem-estar psicológico e físico, mas também prejudicar nossa capacidade de construir e manter laços sociais positivos com os outros.
Talvez você já tenha experimentado como é viver com um planejador compulsivo ou sair de férias com alguém que adota uma abordagem de planilha do Excel para executar uma viagem ou feriado. Da mesma forma, chefes altamente autocontrolados têm mais probabilidade de adotar estilos de gestão rígidos, excessivamente estruturados e controladores, o que pode prejudicar a criatividade, inovação e experimentação.
AUTOCONTROLE MODERADO
O que estou sugerindo aqui (e que é respaldado pela ciência) não é um autocontrole absoluto, como o de uma freira que fez votos de silêncio! Combater a maioria dos nossos impulsos e desejos imediatistas muitas vezes é tudo o que é necessário para aumentar nossa consciência e nos tornar mais capazes de enfrentar dificuldades e superar obstáculos.
O autocontrole moderado nos leva a um equilíbrio que promove tanto disciplina quanto flexibilidade, permitindo que os indivíduos persigam seus objetivos sem sucumbir à rigidez que o autocontrole extremo muitas vezes exige. Esse equilíbrio promove melhor o bem-estar psicológico, pois acomoda as imprevisibilidades da vida e a necessidade humana natural de indulgência ocasional.
Em contraste, o autocontrole extremo pode levar ao estresse, esgotamento e uma capacidade diminuída de desfrutar dos prazeres da vida. Mesmo ao tentarmos evitar o imediatismo, não precisamos nos privar de sentir prazer ou valorizar os momentos.
A vida (e o trabalho), então, podem ser melhor abordados como um equilíbrio entre autogestão racional de longo prazo, mas sem ser tão rígido ou severo consigo mesmo.
AUTOCONTROLE NÃO É CONTROLE ABSOLUTO
É sempre útil reconhecer que algumas coisas estão além do seu controle, especialmente se você quiser evitar que suas tendências de autocontrole excessivas se tornem um problema maior do que os problemas reais que você está tentando controlar.
O autocontrole não se trata de controlar coisas, outras pessoas ou eventos. Tal motivação revela insegurança, ansiedade e uma necessidade de manipulação, o que difere do controle sobre si mesmo, que é mais uma habilidade mental de conter impulsos imediatistas do que controlar qualquer outra coisa.
APROVEITAR A VIDA NÃO É “VIVER O MOMENTO” DE FORMA HEDONISTA
Como Thich Nhat Hanh disse: “Desapegar nos dá liberdade, e a liberdade é a única condição para a felicidade. Se, em nosso coração, ainda nos apegamos a algo – raiva, ansiedade ou posses – não podemos ser livres.”
O problema da sociedade moderna ocidental é confundir essa liberdade com uma vida de indulgência nos prazeres do momento, uma perspectiva que se esconde por trás de noções ingênuas e enganosas de autenticidade e paixão (“faça o que você gosta”), e espontaneidade (“fale tudo o que você pensa”). Aqueles que caem nessa armadilha correm o risco de desperdiçar muito tempo perseguindo ilusões, disfarçadas de sonhos e às vezes chamadas de metas, ou imaginando que a vida ideal se assemelha a um comercial de perfume.
Nesse contexto, o trabalho é considerado chato e indesejável, um “mal necessário”, com o único objetivo de prover sobrevivência e – com sorte – oportunidades de vivenciar o comercial de perfume pessoalmente em algum paraíso por aí, pelo menos de vez em quando. Qualquer outra responsabilidade ou obrigação é vista da mesma forma, algo que é feito simplesmente porque largar mão é socialmente inaceitável.
FALTA DE AUTOCONTROLE É A RAIZ DA PROCRASTINAÇÃO
Enquanto isso, nos bastidores da mente, devaneios fomentam fantasias e vontades que frequentemente provocam o desengajamento com o momento atual e as atividades que estão sendo desempenhadas.
Se passou pela sua cabeça que isso se parece muito com procrastinação, você está certo. O hábito de adiar, empurrar com a barriga, procrastinar, se distrair, multitarefar e até mesmo devanear tem suas origens na impulsividade que decorre da falta de autocontrole.
Pense nisso: por que é tão desafiador manter a atenção durante uma apresentação de uma hora sem se distrair com o celular, o ambiente ao redor ou com devaneios internos? Por que é tão complicado sentar-se e finalizar aquele relatório ou trabalhar naquela planilha de uma vez por todas, ao invés de se dispersar em multitarefas ou “ir fazer alguma outra coisa”? Por que é tão difícil resistir à tentação de checar as redes sociais a cada poucos minutos, mesmo quando estamos tentando nos concentrar em uma tarefa importante? Ou por que é tão desafiador resistir aos alimentos que sabemos que não devemos ingerir?
Todas essas dificuldades, que na prática indicam uma tendência à procrastinação, têm sua origem na dificuldade de sacrificar o momento presente, mesmo que seja por algo extremamente importante, como nossa saúde. Fazemos a opção de sacrificar nosso futuro sempre que tomamos essas decisões.
QUAL O PROBLEMA COM SER AUTÊNTICO E SEGUIR O CORAÇÃO?
E como chegamos à ineptidão dos conselhos populares de vida, como seguir nossas paixões e ser autêntico? Vamos abordar mais sobre autenticidade no próximo artigo, já que precisaríamos nos alongar em uma explicação mais detalhada.
Basicamente, posso dizer que a autenticidade, conforme as pessoas a enxergam, é uma utopia, e quando presente, torna o indivíduo narcisista e arrogante (“eu sou mais eu, você e suas preferências que se danem!”). Adotar uma postura mais autêntica, na prática, exigiria soltar as rédeas do autocontrole e liberar seus instintos e perspectivas mais secretas, socialmente inaceitáveis e até mesmo cruéis. A vida em sociedade seria inviável se todos resolvessem ser autênticos!
Quanto a “seguir o coração” ou “fazer o que se gosta”, corremos o risco de cair na armadilha de valorizar mais o prazer do que uma vida equilibrada e até mesmo bem-sucedida. É clássico o caso do camarada que mal consegue pagar as contas aos 45 anos porque ainda está tentando o sucesso com sua bandinha de garagem, insistindo em “fazer o que gosta”.
E não vamos cair no clichê da felicidade! Podemos abordar isso em outro artigo para evitar dispersão, mas esse camarada pode muito bem sofrer de depressão e alcoolismo devido à percepção de ser um “fracasso na vida” (é, mas ele tá fazendo o que gosta, né?!). Colocar a felicidade como objetivo máximo nos leva a crer que o prazer (fazer o que gosta) é o mais importante, sacrificando saúde, segurança futura e equilíbrio.
Essas perspectivas não passam de clichês disseminados por pessoas que compreendem pouco da natureza humana e das dinâmicas da vida social e profissional. A realidade da vida exige uma postura mais sóbria e responsável, menos romântica e idealizada.
VALE A PENA REFLETIR?
Creio que após essa reflexão, eu tenha conseguido plantar uma sementinha em sua mente que poderá levá-lo a rever seus conceitos sobre os clichês modernos de autenticidade, paixão e espontaneidade, incluindo o intocável “siga seu coração”.
Pensadores ao longo da história humana sabiamente observaram que a vida vivida apenas para o momento presente é uma vida desperdiçada. Cientistas modernos, com base em estudos realizados com milhares de pessoas ao redor do mundo, confirmam repetidamente essas impressões antigas.
Isso não significa que devemos nos tornar militaristas em nosso autocontrole ou nos privar de prazer e espontaneidade, mas sim que devemos investir no fortalecimento do nosso superego, de modo a adquirir um maior equilíbrio entre aproveitar o presente e garantir um futuro de sucesso, bem-estar e felicidade. Apesar de a vida ser vivida apenas no presente, nosso eu futuro certamente espera que pensemos nele também!
Se você ainda não é assinante do Guia da Vida, aproveite para se inscrever abaixo (a inscrição é gratuita!). Você passará a receber nossas notificações de conteúdo, e materiais exclusivos para assinantes para ajudá-lo em sua jornada de desenvolvimento pessoal e produtividade.
Franciane Ulaf é administradora e psicóloga, especializada em psicologia evolutiva. Atualmente, Franciane é mestranda em psicologia na Universidade de Harvard. Sua linha de estudos investiga as raízes evolutivas da natureza humana. Franciane escreve sobre comportamento humano, produtividade, psicologia, biologia e evolução.
Amei o artigo! me fez pensar em coisas que nunca tinha me dado conta como por exemplo, que procrastinação é causada por falta de autocontrole. Pra mim foi um belo de um insight!
estou curiosa para ler o artigo de autenticidade (semana que vem?) pois sempre pensei que o melhor é ser autêntica.
Olá Carolina,
Fico feliz em ter desencadeado bons insights! Essa é a ideia!
Ainda vou trazer muita coisa sobre procrastinação à medida que monto o curso de motivação (falta de motivação tem muito a ver com procrastinação!).
Sim, o artigo sobre autenticidade é para semana que vem!
Abraços!
Nossa, esse artigo foi um choque! Ainda estou processando…
Olá Manoel,
Esse foi pra chocar mesmo! rsrs
Há muitos mitos para serem quebrados nessa área de sucesso e desenvolvimento pessoal.
Abraços!
Bom pano pra manga! Meio que ja tinha pensado essas coisas antes mas não tinha os argumentos pra defender minha opinião. Obrigado por colocar em palavras! Até posso dizer que essas opiniões são “politicamente incorretas”. O seguir o coração e ser você mesmo esta tão embrenhado no coletivo popular que as pessoas te olham como se você fosse um ET se você começa a levantar argumentos contra essas ideias.
E aí vão pro extremo oposto “então você está dizendo que eu tenho que fazer algo que eu não gosto?”, o que obviamente não é o argumento! Da forma que eu vejo é: “seguir o coração” além de cliché batido releva tendência para priorizar o prazer, como você disse, e torna a pessoa menos tolerante à obstáculos e qualquer coisa desconfortável que apareça pelo caminho. No final das contas, a pessoa que “segue o coração” só se ferra e não consegue ser realmente bem-sucedida porque não consegue fazer as coisas difíceis, chatas e tudo o mais que ela não goste.
Muita gente extremamente bem-sucedida simplesmente seguiu o caminho que a vida lhes deu e consguiram chegar lá através de muito empenho, networking, e estratégia. Isso não significa que fizeram ou fazem algo que não gostam, mas que não ficam muito de mi mi mi escolhendo as coisas, baseando-se em paixões ilusórias.
Olá Ricardo,
Sim, essas ideias são um tanto “politicamente incorretas”! rsrs
É difícil falar sobre esses assuntos porque, como você bem observou, as pessoas tendem a presumir que você está sugerindo o oposto (se não vai seguir o coração, então está dizendo que devem fazer o que não gostam).
Obrigada pela participação!
Como gosto de seus artigos , dos vídeos também, mas na escrita a contundência é fantástica . Depois da leitura, é difícil não refletir a respeito . Se for possível, escreva mais .. sua linha de raciocínio dentro de uma tema é extremamente esclarecedor. Grande abraço!
Obrigada, Mara! É muito motivador receber esses feedbacks!