• Pular para navegação primária
  • Skip to main content
  • Pular para sidebar primária
  • Pular para a sidebar secundária
  • Portal
  • Acessar Livros
  • 19 de janeiro de 2021

Guia da Vida

Dicas para uma vida melhor

  • Vida
  • Saúde
  • Negócios
  • Educação
  • Dinheiro
  • Ciência
Você está em: Home / Vida / Desenvolvimento Pessoal / É melhor esperar ou agir num impulso?

É melhor esperar ou agir num impulso?

30 de abril de 2013 by Franciane Ulaf 4 Comentários

Compartilhe!

Muito ouvimos sobre ponderação e não sermos impulsivos, o que pode nos levar a acreditar que toda ação rápida é negativa. A impulsividade, contudo, é uma consequência da ansiedade e da precipitação. Nem toda ação rápida pode ser classificada como impulsiva. A ponderação, na realidade, tem apenas o papel de nos dar oportunidade para refletir o suficiente sobre a situação a fim de não tomar uma decisão errada. A maioria das pessoas, contudo, pondera muito mais do que o necessário, o que na verdade tem outro nome: postergação. Postergar a tomada de decisão não é ponderar! Evitar escolher porque você não está conseguindo decidir sobre qual o caminho ideal a seguir não é a mesma coisa do que ponderar no intervalo entre uma ideia e um impulso de ação.

De uma forma generalizada, agir é sempre preferível a esperar. É claro que não podemos extrapolar essa afirmação para tudo quanto é situação, mas estamos falando aqui de “ideias” sobre coisas a fazer, decisões sobre mudanças em nossas vidas e atitudes que precisamos tomar. A ponderação deve ter seu tempo e espaço, mas na maioria das situações, nunca mais do que alguns dias. No espaço de alguns poucos dias já é possível refletir o suficiente sobre a situação e concluir se a ação é para você ou não. Estender esse intervalo de tempo sem uma razão bem definida e justificada apenas revela hesitação e insegurança e não “sabedoria” ao supostamente evitar a impulsividade.

É claro que há possíveis decisões cujas consequências podem ser drásticas como pedir demissão ou comprar um imóvel. Contudo, o processo de reflexão em si não precisa durar anos, ou mesmo meses. Não é preciso mais do que alguns dias de reflexão para que você saiba se é sua intenção é pedir demissão mesmo ou não. O mesmo é válido para outras escolhas. Você pode demorar para tomar uma atitude e finalmente agir, mas a decisão em si já está tomada.

Agora, existe motivo para a hesitação? Se há medo, de onde ele vem? Pense: se você fosse uma pessoa extremamente autoconfiante, você hesitaria frente a mesma decisão? Muitas vezes, o problema não são as reais consequências, mas a insegurança gerada pelo medo delas. Se esse é o problema, que bem fará o tempo nesse caso? (ou seja, que bem fará esperar e não agir agora?).

Há um certo conforto na expectativa de tempo. Acreditamos que o tempo nos oferece oportunidade de nos escondermos de nós mesmos, como se esperar fosse uma forma de nos proteger da velocidade da vida. Mas é claro que isso é apenas uma ilusão e nós sabemos disso, mesmo assim, não abrimos mão da confortável hesitação.

Há algumas técnicas que podemos usar para avaliar se esperar é mesmo a melhor das opções. Uma delas é refletir se a espera resultará em algum benefício visível e mensurável. Ser paciente às vezes é o próprio segredo, então em algumas situações, esperar é a solução. Quando nada bom virá da espera e o problema todo é o medo das consequências da ação, é preciso lidar com essa insegurança ao invés de achar justificativas lógicas para continuar esperando.

Na maioria das questões de emprego, esperar é geralmente a pior das opções. Numa situação em que a pessoa está insatisfeita com o emprego atual, não tem possibilidade (nem vontade) de crescer naquele ramo ou empresa e não haverá mudança alguma resultante da espera, hesitar não tem justificativa. As pessoas hesitam nessa situação mais por medo de não conseguir outro emprego do que pela esperança que o atual venha a melhorar.

O problema é que a vida passa e todo esse tempo desperdiçado com hesitações não pode ser recuperado. Essa perda é muito pior do que uma eventual consequência negativa – e geralmente passageira – resultante de uma decisão rápida.

Há uma linha de pensamento a qual simpatizo muito que defende a noção de que nós nos alinhamos com aquilo que aceitamos em nossas vidas. Os adeptos da lei da atração também dizem a mesma coisa. Pessoas que vivem no que chamo de “fluxo de serendipidade” ou simplesmente fluxo, agem de acordo com seus instintos, o que popularmente chamamos de “seguir o coração”. De vez em quando as coisas dão errado para essas pessoas, mas no geral, a vida vai muito bem, as coisas simplesmente acontecem, “do nada”, elas quase sempre estão no lugar certo, na hora certa. Elas próprias não sabem explicar o que fazem para se dar bem na vida, mas elas costumam ser muito bem sucedidas. Meu pai é uma dessas pessoas e convivendo com ele minha vida inteira eu pude observar certos traços de personalidade que “batem” com outras pessoas que também parecem viver em “fluxo”. Uma dessas características é extrema autoconfiança, essas pessoas não hesitam por medo, jamais, elas simplesmente vão e fazem. Não pedem permissão, nem dão satisfação. Se não deu certo, que seja… Não há ansiedade, não há medo, não há arrependimento. Elas simplesmente seguem seus instintos e agem rápido, pois como elas não sentem ansiedade ou medo, elas não hesitam. O resultado é uma “abertura” da vida para elas. As outras pessoas se sentem atraídas por elas, lhes dão oportunidades, querem fazer negócios com elas, querem fazer parte de suas vidas.

A ansiedade e o medo que alimenta a hesitação coloca bloqueios em sua energia e sem que possamos explicar, todos à sua volta percebem isso. A vida não “flui” para você, tudo é empacado, difícil. A solução não é algo que eu possa explicar em um simples parágrafo em um artigo, mas passa pelo trabalho nessa insegurança, pois é isso que está bloqueando a energia da vida em você.

Uma mudança de paradigmas que deve ocorrer para que o nível dessa insegurança diminua é parar de colocar pressão e importância em cima de cada aspecto da vida, como se uma consequência fosse final.

Enquanto a pessoa que vive em fluxo diz “e daí se não der certo?!”, a pessoa insegurança trava “mas e se não der certo, meu Deus?!” Você percebe a diferença em perspectiva? A pessoa insegura faz uma tempestade em copo d’água com todas as possibilidades e é justamente a falta de preocupação que liberta a outra.

Acredito que o segredo para superar esse tipo de insegurança seja o mesmo para superar outros tipos de medo como o medo de falar em público. O segredo é simplesmente se expor e passar pelo maior número de experiências possível, até você perceber, como a outra já percebe, que se não der certo, não é lá grandes coisas, você vai e faz de novo, muda, faz outra coisa, enfim, continua sua vida.

A impulsividade, sim, deve ser evitada. Devemos evitar agir sem pensar. Mas ao mesmo tempo, devemos nos acostumar a não pensar muito, apenas o necessário, mantendo o foco na racionalidade (e não no medo, nos “e ses”) e tomando decisões com frequência gerando um grande volume de ações que nos dão experiência, conhecimento e sabedoria.

Um outro aspecto a favor de agir ao invés de esperar é que sabemos muito pouco sobre o caminho que se desenrolará a partir da ação até começarmos a percorrê-lo. Pensar e refletir não nos dá perspectiva sobre o que não sabemos e a única forma de obter mais informações sobre como é e como será uma determinada opção é envolver-se com ela. Não é possível obter total clareza de cima de nosso pedestal enquanto estamos seguros e protegidos do “perigo” da realidade olhando tudo à distância e muitas vezes, sem essa clareza, nós nem sequer podemos tomar uma decisão certeira. A perda de tempo ao hesitar e evitar decidir é imensurável, especialmente quando no final das contas, depois de muito tempo ponderando e pensando, nós tomamos uma atitude, só para descobrir que não era o que queríamos e daí então, nós desistimos, mudamos de ideia. Não seria muito melhor ter chegado a essa conclusão o mais rápido possível? Me diga o que você pensa na seção de comentários abaixo!

Franciane Ulaf

Franciane Ulaf é administradora e psicóloga, especializada em psicologia evolutiva. Atualmente, Franciane é mestranda em psicologia na Universidade de Harvard. Sua linha de estudos investiga as raízes evolutivas da natureza humana. Franciane escreve sobre comportamento humano, produtividade, psicologia, biologia e evolução.


Compartilhe!

Arquivado em: Desenvolvimento Pessoal Marcados com as tags: Esperar, Hesitação, Hesitar, Impulsividade, Ponderação, Ponderar, Ser Impulsivo

Reader Interactions

Comentários

  1. marcelo diz

    30 de abril de 2013 às 10:47

    Nossa, adoro ler seus artigos são muito bons, me fazem pensar melhor.
    As vezes paro pra pensar e me vejo uma pessoa insegura com medo de agir, oque me trás essa insegurança eu não sei, mas estou vivendo esse momento justamente por gosta de uma pessoa que tem a vida diferente da minha ou melhor nos somos de classes totalmente diferentes acabo tendo insegurança e medo. Alem da diferença temos diferença de idade e gostaria de pedir a sua ajuda.

    Muito Obrigado, você faz um bom trabalho.

    Responder
  2. Carlos diz

    30 de abril de 2013 às 11:10

    Olá, interessante esse artigo, mas mesmo com todas as justificativas e as advertências a respeito da não generalização das ações sem muita ponderação, fica a impressão de que tais conceitos são perigosos. Perigosos porque nossa sociedade ainda não sabe o valor da reflexão, da fundamentação e do raciocínio lógico, mas somos exatamente impulsivos e isso nos custa caro, pois de modo geral a população do Brasil é facilmente manipulável e recebe com euforia as consequências sem se quer entender o que significam. O agir, o não ponderar demasiadamente não é para todos, mas para alguns privilegiados que entendem a importância da percepção empírica, que valorizam a experiência e sabem usá-la a contento.

    Responder
  3. Paulo diz

    30 de abril de 2013 às 13:41

    Eu hesito em tudo que faço e isso me desgasta muito, travo completamente.
    Gostaria de saber o que devo fazer ou se preciso procurar um escpecialista?

    Responder
  4. Ana diz

    30 de abril de 2013 às 23:34

    Chris, amo ler seus artigos; incentivam, esclarecem, motivam. Penso que não devemos agir impulsivamente, acho que devemos analisar seja qual for a situação, apenas o tempo necessário, como vc mesma colocou; eu não costumo pensar muito…mas quando se trata de assuntos que envolvem relacionamentos amorosos, sofro demais, demoro muito para compreender e resolver sentimentos que me fazem mal. bjs querida!

    Responder

Deixe uma resposta Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Você também pode se inscrever para ser notificado de novos comentários sem comentar primeiro.

Sidebar primária

Tópicos

Siga no Facebook

Guia da Vida

Extraterrestres viagens

O custo de visitar a Terra pode ser alto demais para extraterrestres

8 de janeiro de 2021 Por Ethan Siegel 2 Comentários

Melhores livros de astronomia

Melhores livros para começar a aprender sobre astronomia

6 de janeiro de 2021 Por editor 1 comentário

Projeto Genoma Humano

30 anos depois do Projeto Genoma Humano – qual o próximo passo?

31 de dezembro de 2020 Por James Keller 2 Comentários

Conversas Difíceis

Como conduzir conversas difíceis?

20 de dezembro de 2020 Por Franciane Ulaf Deixe um comentário

Amazon Kindle

Os melhores Kindles para levar sua biblioteca para qualquer lugar

15 de dezembro de 2020 Por Alex Giovanni 1 comentário

Gêmeas Clement - Gêmeos idênticos

Gêmeos univitelinos podem não ser tão idênticos quanto se pensava

1 de dezembro de 2020 Por James Keller 4 Comentários

Cérebro e Solidão

Cérebros solitários “tem fome” de gente

25 de novembro de 2020 Por Carolyn Rubenstein 2 Comentários

Técnica Harvard - Balanced Scorecard

Como uma técnica ensinada em Harvard pode ajudá-lo a melhorar sua vida e relacionamentos

10 de novembro de 2020 Por Christina Wallace 2 Comentários

Ransonware

O perigo dos ransomwares só tende crescer

24 de outubro de 2020 Por Alex Giovanni 1 comentário

Tipos de Arroz

Arroz branco ou arroz integral? Qual é mais saudável?

20 de setembro de 2020 Por Rosalia Wilson 1 comentário

Sidebar secundária

Categorias

  • Ciência
    • Astronomia
    • Biologia
      • Genética
    • Neurociência
  • Dinheiro
    • Financas Pessoais
    • Imóveis
      • Imóveis no Exterior
    • Independência Financeira
    • Investimentos
  • Educação
    • Estudar no Exterior
    • Profissões
  • Entretenimento
    • Séries de TV
  • Feminismo
  • Negócios
    • Carreira
      • Entrevista
      • Marketing Pessoal
    • Empreendedorismo
    • Recursos Humanos
  • Saúde
    • Alimentação
    • Doenças
    • Fitness
      • Emagrecimento
        • Dietas
      • Exercícios
      • Musculação
    • Metabolismo
    • Saúde Feminina
    • Sono
  • Tecnologia
    • Apps
  • Turismo
    • Estados Unidos
  • Vida
    • Desenvolvimento Pessoal
      • Autoconhecimento
      • Comunicação
      • Determinação
      • Hábitos
      • Motivação
      • Organização Pessoal
      • Postura Mental
      • Propósito de Vida
      • Sucesso
      • Traços Pessoais
        • Autoconfiança
    • Papo de Mulher
    • Produtividade
      • Administração do Tempo
      • Planejamento Pessoal
    • Psicologia
    • Relacionamentos
    • Saúde Mental
      • Ansiedade

Copyright © 2021 · Guia da Vida · Todos os Direitos Reservados