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Viver intensamente com disciplina? Como assim?

Franciane Ulaf

Disciplina
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Essa é uma pergunta que recebo muito. Falo bastante sobre manter a disciplina e valorizar a produtividade, o bom uso do tempo. Muita gente não entende como isso se alinha com o ponto de vista que defendo aqui neste site. Para muitas pessoas, viver intensamente é justamente o contrário de trabalhar arduamente, ser produtivo e disciplinado, não entendem então o que uma coisa tem a ver com a outra, ou por que eu defendo dois pontos de vista completamente opostos.

Na realidade, o leitor atento aos meus textos sabe muito bem que o meu conceito de “viver intensamente” não tem nada a ver com curtir a vida e viver de ócio – o que na verdade é um desperdício de vida não um aproveitamento. Essa confusão se origina nos próprios preconceitos sociais contra a disciplina e a ideia, digamos, até mesmo besta, de que aproveitar a vida é curtir adoidado, praticar esportes radicais, beber até cair, fazer festa e evitar qualquer tipo de trabalho e responsabilidade. Há quem também “quase” entenda o meu ponto de vista, não vendo o aproveitamento da vida dessa forma festeira, mas também, desvalorizando o trabalho e vendo o ócio, mesmo sadio, positivo, como objetivo do tempo de sobra, ou seja, tempo para aproveitar a família, ler um livro relaxando no sofá ou curtir os hobbies pessoais. O que defendo também não é isso.

Do ponto de vista do longo prazo da vida, ou seja, se pudermos sobrepairar todo o nosso caminho e julgarmos o que valeu e o que não valeu apena no final da vida, momentos de relaxamento e descontração, hobbies e férias provavelmente não farão parte dessa lista. Sim, alguns momentos inesquecíveis vividos com aqueles que amamos sempre são significativos, mas não vivemos 24 horas por dia produzindo memórias emocionais de impacto. No nosso dia-a-dia as oportunidades que aparecem são aquelas que nos permitem construir ou nos dedicar a algo que tenha poder de impacto e permanência, principalmente na vida de outras pessoas, não na nossa.

Um exemplo meu são os artigos e livros que escrevo e que impactam a vida de outras pessoas permanentemente e vão permanecer após eu não estar mais aqui. O tempo que dedico escrevendo livros que vão ajudar outras pessoas é um período que considero viver intensamente, uma janela de tempo em que estou totalmente engajada na produção de algo que não é importante só pra mim, mas para muitas pessoas também. Nesse caso, a disciplina se encaixa perfeitamente, pois sem disciplina e sem valorizar a produtividade e usar bem meu tempo, eu jamais teria conseguido escrever um único livro. Ao olhar minha vida de trás pra frente daqui algumas décadas, vou poder dizer que esse tempo empregado escrevendo meus livros valeu a pena.

É claro que nem todo mundo precisa escrever livros pra viver intensamente, esse é só o meu exemplo! Todas as profissões oferecem oportunidade para que essa função social seja explorada e ainda, há pessoas que preferem manter a profissão em segundo plano, enquanto têm outra atividade que consideram a razão de sua vida, ou seja, um propósito de vida nem sempre precisa ser vivido através da profissão. Isso não quer dizer, porém, que se for assim, devemos dar pouca importância para a atividade profissional e focar nosso valor e atenção somente na atividade assistencial.

Conseguir conciliar duas atividades importantes e ainda dar conta da família, amigos e dos interesses pessoais requer muita disciplina – quanto mais disciplina, menos stress e mais satisfação pessoal, pois lida-se com todos os fatores na vida com maior maestria.

A questão é que seja o que for que você faz da vida, você precisa avaliar dentre todas as atividades, o que está valendo a pena e o que não está do ponto de vida de longo prazo – você velhinho, olhando para toda a sua vida em retrospecto. Se fizermos isso, vemos que muitas das coisas que fazemos hoje nos impede de ter mais tempo para fazer algo verdadeiramente significativo, para nós e para os outros. Perdemos muito tempo com Facebook, e-mail, Twitter, joguinhos, conversa fiada, buscas na internet sobre assuntos irrelevantes, leitura de livros e revistas que não acrescentam nada, programas de televisão que só servem para “passar o tempo” – e depois ainda reclamamos que não temos tempo pra nada! Bom, o tempo está aí e viver intensamente é justamente saber excluir essas atividades inúteis para que sobre mais espaço para as coisas que realmente importam. Isso requer uma tremenda disciplina, não é mesmo?!

Entendeu agora por que a disciplina é importantíssima para viver intensamente?!

Franciane Ulaf
Franciane Ulaf

Franciane Ulaf é administradora e psicóloga, especializada em psicologia evolutiva. Atualmente, Franciane é mestranda em psicologia na Universidade de Harvard. Sua linha de estudos investiga as raízes evolutivas da natureza humana. Franciane escreve sobre comportamento humano, produtividade, psicologia, biologia e evolução.


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Arquivado em: Desenvolvimento Pessoal Marcados com as tags: curtir a vida, Prioridade, Prioridades, Viver a vida adoidado

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Comentários

  1. Adriano Paz diz

    2 de setembro de 2014 às 17:12

    É como disse certa vez o Filósofo Walter Benjamim: ” Para se viver intensamente não é preciso acrescentar anos a sua vida, mais vida a seus anos ”. Viver intensamente realmente requer disciplina: Saber utilizar bem o tempo, saber quais leituras vão nos enriquecer ou não, saber discernir um bom filme de um medíocre e ruim, saber valorizar quem nos valoriza, aprender a saborear [ e não engolir!] uma boa comida, a curtir uma viajem e a curtir quem amamos. É apreciar o belo, a natureza, uma boa obra de arte, uma boa musica…em suma: É extrair o máximo de prazer nas horas do cotidiano, é dar significado as mínimas coisas do dia a dia. Mais isto exige[diferente do que pensa os loucos hedonistas do nosso tempo] arte e disciplina.

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