Posturas pessoais e a busca do sucesso

Jonathan Farrell

Posturas pessoais e sucesso

Você já “tentou de tudo” e continua andando em círculos na vida? Você já leu todos os livros que supostamente deveriam ensinar-lhe o que fazer para organizar sua vida e conquistar o sucesso, mas mesmo assim, você continua na mesma? Bom, você não está sozinho! Como coach e consultor de desenvolvimento pessoal eu sei que esse é um caso clássico. Quando as pessoas chegam até mim, elas geralmente já passaram por um rol de tentativas frustradas para dar certo na vida. Elas, então, cometem outro erro: colocam em minhas mãos a esperança de uma vida bem sucedida.

Nos últimos anos, eu e minha equipe temos nos dedicado não exatamente a ensinar ”como” construir uma vida de sucessos, mas a mudar as posturas pessoais de nossos clientes.

O Joãozinho não tem mais sucesso do que o Pedrinho porque ele “sabe” de algum segredo que o Pedrinho não sabe. Talvez o Joãozinho jamais tenha lido um livro de autoajuda ou não saiba nada sobre administração do tempo, enquanto o Pedrinho sabe explicar com clareza todos os sete hábitos das pessoas altamente eficazes*. O Pedrinho acha que o Joãozinho teve sorte na vida, enquanto ele, que sabe tudo sobre sucesso, ainda não topou com a oportunidade certa. “A minha hora vai chegar” – ele pensa e, assim, ele segue a vida, invejando o Joãozinho, esperando que a oportunidade certa bata à sua porta.

Ferramentas de eficácia pessoal como administração do tempo e planejamento são extremamente úteis e muitas vezes fundamentais na construção e manutenção de uma vida de sucessos. No entanto, um equívoco muito comum é pensar que são essas ferramentas em si que transformarão você e sua vida.

O principal elemento do sucesso, presente em todas as pessoas bem sucedidas que já tive o prazer de conhecer e estudar, é sua postura pessoal (ou mental, como queira). Se dez pessoas se depararem com a mesma situação, cada uma reagirá de uma forma diferente.

Minha formação acadêmica é em psicologia e durante certo tempo – no começo de minha carreira – eu trabalhei em equipes de seleção de funcionários em departamentos de recursos humanos. Com freqüência, eu ouvia dos participantes a reclamação de que dinâmicas de grupo são “bobas” e sem sentido. “São apenas joguinhos ou brincadeiras em que não é possível julgar a qualidade de um profissional”. Equipes de RH conduzem dinâmicas de grupo exatamente para observar a postura pessoal dos participantes e selecionar aqueles que possuem o perfil de que a empresa em questão necessita.

Certas pessoas gostam de acreditar (ou se enganar acreditando) que sua postura mudará “quando” a oportunidade certa aparecer. Elas são preguiçosas e relaxadas com sua própria vida, pois o que está acontecendo no momento não é importante. Elas acreditam que quando as coisas que elas desejam começarem a acontecer, elas serão dedicadas e disciplinadas. Em dinâmicas de grupo, os psicólogos conseguem identificar posturas de que os participantes nem sequer têm consciência, mas que refletem diretamente na forma como eles agem no dia-a-dia, ou seja, no trabalho.

Assim, nossa primeira iniciativa num trabalho de coaching pessoal é identificar quais são as posturas que estão impedindo nossos clientes de atingirem seu potencial máximo e construírem uma vida de sucesso sólido.

Uma postura pode ser algo em que você acredita (postura mental ou paradigma) ou pode ser uma postura relacionada a um hábito negativo como a dispersão (fazer muitas coisas ao mesmo tempo sem focar-se em nada). Se você “já tentou de tudo” ou já sabe o suficiente e ainda está patinando sem sair do lugar, olhe um pouco mais a fundo em sua realidade. Pare de pensar em termos de oportunidade ou sorte. Se você ainda não deslanchou, a culpa é inteiramente sua. Se você não acredita nisso, talvez essa seja a primeira postura que você deve mudar!

*Referência ao famoso livro de Stephen Covey.

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6 comentários em “Posturas pessoais e a busca do sucesso”

  1. Realmente o artigo nos abre a mente para percebermos que não haverá condições ideais, nem oportunidade milagrosas, nós é que criamos, e é no presente, e por favor paremos de nos enganar que quando as coisas melhorarem, isso é desculpa de fracassado.

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  2. Com certeza, se não nós diciplinarmos enquanto estamos trabalhando para cumprir nossas metas e posteriormente com o resultado possitivo das mesmas alcansar o objetivo final, dificilmente teremos sucesso na caminhada, e a postura (diciplina ) é que nós dar forças para cumprir nossa metas que muitas veses são situações contrárias a nossas vontades imediatistas.

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  3. Excelente artigo! Nos leva a refletir sobre a postura pessimista que possamos ter diante da vida, como se fossemos um pobre coitado, vítima do destino. É um convite à auto-responsabilidade e investimento em nossos sonhos e projetos.
    IMPERDÍVEL!

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  4. Parabéns pelo Texto !

    Covey também coloca que a mudança deve se dar, primeiramente, a nível interno para depois passar para o exterior. È a mais pura verdade!!

    Será que não deveríamos incentivar o ensimo primário, de nosso país, a educar nossas crianças para este tipo de situação, logo? Por que temos que “tampar o sol com a peneira”?

    Abraço

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  5. O texto reflete algo real, é comum o sentimento de angustia, frustração e apesar de inconfessável a inveja, ao estarmos sempre comparando nossas vidas a de alguém que julgamos ser bem sucedido. Um grande erro, primeiro porque este sentimento nos derruba é negativo e depois porque se ficarmos obsecados no sucesso do outro, perdemos tempo em buscar nosso próprio sucesso. Por que não trocar este sentimento por admiração e observação à pessoa que nos referimos na comparação?

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  6. É importante saber que não nascemos prontos e que devemos aprender.Também que somos fruto do nosso meio que nos prepara para a ação ou acomodação.Essa escola começa dentro de casa, com nossos pais, depois com nossos mestres…não importa de que instituição,mas devemos aprender a nos superar a cada desafio, por insignificante que possa parecer.Vamos desenvolvendo habilidades que são essenciais à nossa vida e que permitem sermos capazes ou não, de vencermos obstáculos que se apresentam em nossos projetos de conquista.

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