A flexibilidade pessoal é uma soma entre a disciplina e a proatividade e ponto fundamental no comportamento excelente. A pessoa que só tem disciplina, mas não tem outras qualidades, principalmente a determinação, acaba fazendo tudo muito direitinho, mas sem propósito algum, sem ânimo e, muitas vezes, acaba caindo na armadilha de fazer a coisa errada.
Outro ponto negativo da disciplina isolada é a possível falta de flexibilidade. A pessoa fica muito rígida dentro de suas rotinas e não consegue abrir mão de seus procedimentos e regras para dar espaço para as exceções e mudanças que naturalmente ocorrem o tempo todo.
A proatividade dá movimento à disciplina e a torna flexível através de maior discernimento e perspicácia. A flexibilidade não é apenas a capacidade de alterar rumos e fazer concessões, mas fazer isso com sensatez e só mesmo o discernimento da pessoa proativa e a perspicácia são capazes de tornar o indivíduo verdadeiramente flexível.
Uma pessoa reativa não consegue ser flexível, pois está tão ocupada defendendo seu ego e tão apegada aos seus conceitos cristalizados de como as coisas são e de como o futuro deve se desenrolar que não sobra espaço para a reflexão que permite a flexibilidade.
O pragmatismo é o companheiro perfeito para a flexibilidade pessoal, pois fornece clareza e objetividade para que decisões de mudança sejam tomadas, baseadas no discernimento e na racionalidade, não em emoções, que geralmente revelam apenas preferências pessoais decorrentes do egoísmo e do orgulho e não real necessidade objetiva e pragmática.

Franciane Ulaf é administradora e psicóloga, especializada em psicologia evolutiva. Atualmente, Franciane é mestranda em psicologia na Universidade de Harvard. Sua linha de estudos investiga as raízes evolutivas da natureza humana. Franciane escreve sobre comportamento humano, produtividade, psicologia, biologia e evolução.
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