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Você está em: Home / Vida / Desenvolvimento Pessoal / Sucesso / A cultura da mediocridade e o sucesso

A cultura da mediocridade e o sucesso

26 de dezembro de 2011 by Franciane Ulaf 16 Comentários

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Desde pequenos somos paranoicos com normalidade. Faz parte do instinto humano de sobrevivência a vontade de pertencer a um grupo e ser aceito por ele. Isso é observado desde as comunidades indígenas até o ambiente corporativo.

Seres humanos se organizam em grupos em que os iguais são aceitos e os diferentes são rejeitados. Morremos de medo na infância e na adolescência de sermos rejeitados por nossos coleguinhas e nos esforçamos ao máximo para sermos normais dentro do grupo com que nos identificamos. Qualquer traço diferente, seja físico, psicológico ou cultural (como um sotaque diferente), faz com que o grupo inicie um movimento coletivo de rejeição, daí o efeito bullying, tão comum nas escolas.

Na vida adulta, em nome da decência e do respeito para com nossos semelhantes, nos contemos e não tiramos sarro dos diferentes, nem os excluímos como fazíamos (ou sofríamos) quando jovens.

Grupos, no entanto, se nivelam por baixo. A normalidade, mesmo na vida adulta, é um padrão invisível, porém constantemente cobrado socialmente. Das decisões pessoais (como ter ou não ter filhos, casar ou não casar) à vida profissional (como ter uma carreira tradicional), o grupo nos pressiona constantemente para mantermos a normalidade e nos incentiva a não nos desviarmos muito dos trilhos da vida.

Dentre os índices mais perigosos de normalidade está a mediocridade, que dita que se não formos obter alguma vantagem explícita, então devemos só fazer o necessário para nos safarmos. O treinamento da mediocridade já começa na escola ao só estudarmos porque somos obrigados e só fazermos o necessário para obtermos notas boas e passarmos de ano. Essa postura corrompe o caráter e a integridade e se chega na vida adulta, mantém a pessoa em subnível, pois ela não faz nada que não precisa ser feito ou por que não será recompensado com alguma vantagem.

Desde cedo na vida somos ensinados que para “nos safarmos” devemos ser apenas bons o suficiente. Poucas pessoas têm a sorte de ter pais e/ou professores que estimulam a excelência pessoal. A maioria das pessoas responsáveis pela educação e criação de crianças e jovens é medíocre e jamais poderia transmitir a excelência pessoal, uma vez que elas próprias não a praticam.

Na escola, poucos são os alunos que lutam pela excelência e não se permitem tirar notas baixas. A maioria está feliz demais com notas apenas acima da média – desde que dê para passar de ano, está bom.

Em casa, muitas crianças aprendem a fazer apenas o suficiente para manterem os pais “quietos” sem reclamarem de sua conduta, bagunça ou hábitos improdutivos como jogar videogame.

Ao crescer com essa postura, o adulto mantém a mesma mentalidade do “bom o suficiente” na vida pessoal e no trabalho. É a cultura da mediocridade. É socialmente aceitável não ser excelente e até mesmo estimulado, como se fazer além do absolutamente necessário fosse coisa de gente boba. Isso é freqüentemente observado em empresas em que a mediocridade se alastrou. Os funcionários só fazem o que precisam fazer para manter seus empregos e pegam no pé de quem faz além da conta e procura ter um desempenho melhor, como se tal postura fosse coisa de idiota – “Não seja burro! Não vão te pagar mais para fazer bem feito.”

No âmbito pessoal, o mesmo padrão de comportamento rege os relacionamentos. Um dos mais fortes fatores que destroem relacionamentos afetivos é justamente a leviandade com que as partes passam a tratar uma à outra depois que a fase da paixão, que estimula a excelência, passa. Depois que a motivação para dar o melhor de si já passou, as pessoas tendem a fazer apenas o suficiente para manter seus relacionamentos, mantendo um nível de displicência que termina por corroer os sentimentos que um tem pelo outro.

Suponho que você que está lendo este site tenha a ambição de conquistar o sucesso em sua vida e realizar os seus sonhos. Saiba, então, que bom o suficiente não é suficiente para conquistar grandes coisas na vida! A postura de excelência pessoal que ensinamos por aqui é incompatível com a cultura da mediocridade. Digo então para meus leitores, não caiam vítima dessa cultura da mediocridade (ou normalidade, como queira), pois ela está tão alastrada em nossa sociedade que é fácil não perceber que sua postura está refletindo a mentalidade da maioria, ao invés de sua própria autenticidade. A pessoa excelente não se preocupa se o que ela está fazendo ultrapassa as expectativas alheias, ao contrário da pessoa medíocre que só faz o que é necessário e olhe lá.

O que a pessoa medíocre não percebe é que o reconhecimento que ela espera dos outros, por exemplo numa situacão profissional, nunca vem justamente porque os outros percebem que ela não faz nada mais do que o necessário. Ela nunca é promovida, nunca sai do lugar na carreira e não sabe porque. Por outro lado, fazer mais do que o necessário dentro do que não precisa de muito empenho é perda de tempo e não chama a atenção das pessoas-chave.

Frequentemente, pessoas que não prezam a excelência “disfarçam” fingindo se empenhar para chamar a atenção de pessoas que poderiam ajudá-la a crescer profissionalmente. O que elas não percebem é que a excelência pessoal é uma postura íntima e isso transparece, assim como a autoconfiança e a autoestima (dá pra ver de longe, “só de olhar” quem tem autoconfiança e autoestima e quem não tem, não dá pra “fingir”). Não dá pra disfarçar excelência pessoal também.

É claro que nem sempre a escada corporativa obedece a lei da meritocracia, mas a preocupação com a injustiça (o fulano foi promovido e isso não é justo, pois eu sei que sou mais capaz que ele) é também parte da cultura da mediocridade. Só os medíocres perdem tempo se preocupando com as injustiças da vida. Os excelentes sabem que a injustiça faz parte e não se estressam com ela, contornando casos injustos contra si mesmos como contornam qualquer obstáculo, com pragmatismo e inteligência emocional.

Franciane Ulaf

Franciane Ulaf é administradora e psicóloga, especializada em psicologia evolutiva. Atualmente, Franciane é mestranda em psicologia na Universidade de Harvard. Sua linha de estudos investiga as raízes evolutivas da natureza humana. Franciane escreve sobre comportamento humano, produtividade, psicologia, biologia e evolução.


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Arquivado em: Sucesso Marcados com as tags: Cultura, Normalidade, Normose

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Reader Interactions

Comentários

  1. clodoaldo diz

    27 de dezembro de 2011 às 07:05

    FRAN OLHA A CADA DIA FICA MELHOR,PARABENS
    ESTOU EMPOLGADO. QUE VENHA 2012
    COM TODA FELICIDADE, VOCE VERÁ

    Responder
  2. Odair Martins diz

    27 de dezembro de 2011 às 08:48

    Muito bom! Realmente a cultura do sub-ótimo abrange boa parte da sociedade.

    Há um ditado árabe que diz: “Quem quer faz, quem não quer inventa desculpa”.

    Responder
  3. Franklin Martins Neto diz

    27 de dezembro de 2011 às 08:54

    Bom Dia

    Realmente é um otimo dia, logo pela manhã receber esta matéria, tão sábia e envolvente. É notório e público, a apologia a mediocridade; Algum tempo atrás, o objeto do cidadão era ser independente em todos os sentidos.

    Existem muitos pseudos Papais Noeis, se fazendo de bonzinhos e nivelando por baixo o que o cidadão deve ser e tudo esta na direção do desmonte do ser humano, não se faz nada para trazer a tona os desafios pessoais.

    Primeiro a verdade deve prevalecer, não a minha, nem a sua e nem a nossa e sim aquela que remete a realidade e nos faz independentes. Participar de grupos de iguais, isto realmente é encarar a vida como deve ser.

    Aceitar o desafio do desconhecido, se conhecer e saber quais as competencias que se deve desenvolver e ter a principio projeto bem definidos, caso não consiga, mas começe por projetos pequenos e ao longo do tempo, poderá ampliar os horizontes.

    Fazer além das obrigações é agregar valores é ter crédito no presente e para o futuro.

    Que esta matéria seja praticada ao pé da letra

    Responder
  4. Everlei diz

    27 de dezembro de 2011 às 09:41

    De fato hoje 99% comporta-se assim e vão contra os que procuram a excelência. Hoje vejo até profissionais liberais, empresários entre outros agindo assim e criticando a situação. Agora sair da zona de conforto da mediocridade e empenhar-se para valer muitos poucos querem e menos ainda o fazem.

    Parabéns Fran sou seu fã 😉

    Responder
  5. Jose diz

    27 de dezembro de 2011 às 09:46

    A medíocridade estabelecida é um dos maiores fatores de desmotivação nas organizações hoje. Aqueles que se escondem atrás do estado atual, com medo de enfrentar as novidades, chegam a praticar “bullying” naqueles que almejam criar, inovar e ter melhores dias.

    Responder
  6. heloleivas diz

    27 de dezembro de 2011 às 10:41

    Eu sempre gosto muito dessa percepção pragmática e realista, coisa que a maioria de nós se esqueceu, porque como foi muito bem colocado, a cultura da mediocridade impera, e muito tem a ver com a psicologia utilizada para mitigar a neurose… digo isso porque sou psicologa, então não sou leiga no assunto e muito da terapia é colocada em função de elevar o ego.. só que o ego no caso sai de fraco para medíocre. Ninguem estimula ou diz que a vida é feita de esforços e é preciso lutar para conquistar objetivos. Essa foi a impressão que tive ao ler esses artigos, e observo que na vida, bem sucedidas foram aqueles neuróticos, que colocaram sua neurose a serviço do seu sucesso e da concretização de seus sonhos.

    Responder
  7. Mara Rose diz

    27 de dezembro de 2011 às 10:57

    Achei muito gratificante ler sobre isso. É uma sensação que tenho quase todos os dias… de que as pessoas não estão dando o seu melhor, não se preocupam em melhorar, estão muito conformadas… eu não consigo ser assim, mas às vezes sinto que estou fora do mundo, porém com a certeza que gosto de ir buscar cada vez mais… conhecimento, mudança de atitudes.. gosto de sofrer metamoforses, pois faz com que me sinta viva e com estímulo para continuar, mesmo com as injustiças.

    Responder
  8. Cássio Jônatas Alves Gomes Evangelista diz

    27 de dezembro de 2011 às 12:01

    O mais difícil é conviver no meio dos “normais”, porque ser diferente é uma afronta para o grupo, assim acabo me afastando e buscando a excelência intimamente.

    Responder
  9. Ricardo Gomes diz

    27 de dezembro de 2011 às 12:21

    Perfeito Fran!
    Em relação às injustiças, todos que realmente praticam a execelência pessoal sequer conferem relevância para os fatos presenciados, apenas continuam o seu caminho na busca da concretização de seus objetivos.
    Cedo ou tarde o sol aparece.
    Parabéns!

    Responder
  10. roselina diz

    27 de dezembro de 2011 às 12:26

    Adorei… este foi o primeiro assunto que recebi, com sinceridade, já estou com um astral diferente.
    Obrigada, FELIZ ANO NOVO a todos,
    abraços.

    Responder
  11. Hugo diz

    28 de dezembro de 2011 às 20:11

    Este post está absolutamente magnífico! Traduz há muito aquilo que penso sobre o país onde nasci – Portugal – onde infelizmente existe uma cultura de mediocridade que considero lastimável. Uma das frases mais comuns que ouço nos sítios por onde passo é algo como “Epah, não te chateies…recebes exactamente o mesmo”. Essa mentalidade é extensível às aulas da universidade e a qualquer contexto de aprendizagem onde sou frequentemente excluído e olhado de lado por fazer bastantes perguntas reveladoras de paixão e curiosidade acerca do que está a ser ensinado, o que na opinião dos medíocres que me rodeiam leva as aulas a prolongarem-se mais, coisa que não querem uma vez que nada mais fazem além de olhar para o relógio a ver quando termina a aula, além de terem receio de os professores se lembrarem de colocar alguma dessas perguntas num exame!
    Obrigado por este post…no meu blogue falo exactamente sobre esta questão da excelência pessoal, relacionando-a ao Coaching. Se quiser dar uma olhada: http://www.afaceoriginal.blogspot.com/2011/11/um-caminho-para-excelencia-pessoal.html
    Forte abraço e continuação de um óptimo trabalho,
    Hugo

    Responder
  12. Mauro de Oliveira diz

    29 de dezembro de 2011 às 15:03

    Boa tarde Franz. Muito bom esse texto. Sinceramente, é o texto que sempre procurei para meus alunos. É verdade. O status quo instalado na educação brasileira tem mantido em letargia a cabeça das futuras gerações do Brasil, ou seja, quanto pior melhor. Algo precisa ser feito. Vou ler esse texto para meus colegas durante a semana de volta às aulas e juntos tratarmos desse assunto junto aos alunos, uns 1200. Também vou passar seu site para a garotada e instigá-los a ler seus livros, todos muito bons. Um abraço e ótimo 2012. Você merece, pois você está fazendo a diferença.

    Responder
  13. meire diz

    2 de janeiro de 2012 às 22:14

    Oi Fran, leio seus textos e adoro cada um deles.Feliz ano novo e continui nos mandando esses textos maravilhosos.

    Responder
  14. Marlove diz

    9 de março de 2012 às 11:23

    Bom Dia

    Parabéns pelo seu trabalho, é maravilhoso.

    Responder
  15. JU diz

    1 de abril de 2016 às 15:49

    Leitura muito enriquecedora… Parabéns!

    Responder
  16. Chime diz

    12 de outubro de 2016 às 16:56

    Infelizmente e isso que acontece hoje em dia. As pessoas so fazem o suficiente para fugirem das criticas, seria melhor comecar a partir de ja fazer a diferenca seguindo o texto.

    Responder

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