Gaslighting: o que é e como saber se está acontecendo com você

Franciane Ulaf

O que é gaslighting

Seja sutil ou evidente, o gaslighting é uma forma manipuladora de abuso que pode causar traumas graves.

“Gaslighting” é mais do que apenas uma palavra da moda. Pronunciada em inglês como “gaslaiting”, é um termo que significa manipulação psicológica sutil através de comunicação persuasiva.

Embora psicólogos e outros profissionais de saúde mental estejam agora estudando e falando sobre o termo em ambientes acadêmicos e clínicos, o termo começou a ser usado em meados do século XX após a exibição do filme Norte-Americano Gaslight (à meia-luz em português) em 1944 (baseado na peça teatral Gas Light de 1938). O filme retrata a manipulação psicológica feita por um homem para fazer a esposa acreditar que estava ficando louca, tendo alucinações e imaginando coisas. Em português acabou convencionando-se manter o termo em inglês mesmo. Numa tradução literal gaslighting significa “acender à gás” ou “iluminar à gás”. Não faz muito sentido traduzida, mas o termo em inglês também não faz! É apenas uma alusão à peça e filme que retratam esse tipo de manipulação emocional. É algo como chamar lâmina de barbear de Gillette.

Mais recentemente, o termo “gaslighting” surgiu em conversas sobre várias formas de traumas e manipulações sutis. A palavra “gaslighting” foi selecionada como a palavra do ano de 2022 pelo dicionário Merriam Webster.

Especialistas em saúde mental dizem que é um fenômeno psicológico que pode ter sérias implicações emocionais e até destruir relacionamentos.

A consciência do que é o gaslighting e quando está acontecendo é realmente importante, diz Barbara Shabazz, psicóloga clínica em Virginia nos EUA. “O gaslighting está finalmente recebendo a atenção necessária que merece em termos de conscientização como uma forma legítima de abuso que pode levar a graves problemas de saúde mental”.

Aqui está o que você deve saber sobre o que a palavra significa, como reconhecer quando isso está acontecendo com você ou com alguém que você conhece e como lidar com a situação se alguém estiver abusando de você ou de alguém de quem você gosta.

O Fenômeno Gaslighting
A Dra. Stephanie Sarkis, terapeuta especialista no assunto, apresenta as variadas facetas desse fenômeno, descrevendo o comportamento gaslighting em todos os cenários da vida, além da forma de reconhecer esses exímios manipuladores
O que é gaslighting?

A maioria das pessoas já passou por isso. Você sai de uma conversa sentindo que algo sobre a interação parecia falso e não se encaixou bem.

Por exemplo, você compartilha respeitosa e privadamente com seu supervisor que sentiu que ele recebeu o crédito por seu trabalho durante uma reunião de equipe. Ele se desculpa, mas começa a se defender e sugere que você o entendeu mal ou que está sendo excessivamente sensível. Ele pode até mesmo começar a dizer que a ideia foi realmente dele e não sua e adotar um tom como se você é que estivesse querendo roubar a ideia dele.

Outro cenário: você sabe que a pessoa o manipulou para concordar com ela. Pessoas muito persuasivas são capazes de torcer a situação de forma que você concorde com algo que realmente não pense.

Por exemplo, você pode confrontar seu parceiro/a sobre você sentir que ele/a está evitando conversas com você e, em vez de abordar suas preocupações, ele/a deixa você com a sensação de que você é que não está respeitando o seu tempo pessoal e privacidade.

Uma técnica muito usada em gaslighting é inverter a situação. Você acusa ou confronta a outra pessoa e ela vira o argumento contra que você para que você pareça culpado, enganado, ofensivo ou agressivo. O manipulador se faz de vítima e coloca você na posição de algoz.

O gaslighting é uma forma de manipulação emocional e psicológica que envolve uma pessoa tentando coagir outra pessoa a duvidar de suas próprias observações, perspectivas e realidade precisas. No filme que deu origem ao termo, um homem manipula objetos e luzes dentro de casa e faz a mulher acreditar que está tendo alucinações e vendo coisas. O termo gaslight refere-se às luzes à gás dentro de casa que o marido diminuía e depois argumentava com a mulher que na realidade a luminosidade delas não havia sido reduzida, levando a esposa a duvidar de seus próprios sentidos. Assim, “gaslighting” refere-se a pessoas que afirmam domínio insistindo que você não viu o que viu – que o problema está em sua mente.

O Efeito Gaslight - Robin Stern
O melhor livro em português sobre o assunto escrito por um expert em manipulação
Isso pode, por sua vez, levar a pessoa que está sendo manipulada a questionar atributos sobre si mesma, incluindo seu caráter, memória e, em casos mais extremos, sua sanidade, diz Robin Stern, PhD, autor de O Efeito Gaslight e cofundador e associado diretor do Centro de Inteligência Emocional na Universidade de Yale nos EUA. “Em termos mais simples, gaslighting é o ato de manipular a realidade de alguém”, explica Stern.

A Associação Nacional de Abuso Doméstico nos EUA define gaslighting como uma forma altamente eficaz de abuso emocional que dá ao manipulador uma certa quantidade de poder e controle sobre a pessoa manipulada.

Tipos de Gaslighting

O gaslighting pode ocorrer em qualquer tipo de relacionamento, desde a sala de reuniões até o ambiente doméstico.

Gaslighting como um tipo de abuso em relacionamentos íntimos

Quando um parceiro manipula as percepções do outro parceiro, é abuso emocional.

Isso ocorre porque o gaslighting em um relacionamento íntimo desarma e eventualmente faz com que a outra pessoa não confie em si mesma ou em sua percepção da realidade – tornando-a mais fácil de controlar e manipular e menos propensa a deixar seu parceiro abusivo ou se opor ao abuso.

“Alguma magnitude de gaslighting esteve presente em todos os clientes com quem trabalhei que estavam em um relacionamento abusivo”, diz Anthony Franklin, um conselheiro profissional licenciado em tratamento de controle da raiva na Universidade de Houston nos EUA.

De acordo com um estudo de caso publicado em 2019 na American Sociological Review, o gaslighting em relacionamentos íntimos geralmente está enraizado na desigualdade e nos estereótipos baseados em gênero que são usados contra as vítimas para manipular sua realidade. Isso acontece convencendo a pessoa que está sendo manipulada de que seu abuso não é real, insignificante ou não é culpa dela.

Com frequência, o manipulador faz com que a pessoa manipulada se sinta culpada por suas próprias opiniões e atitudes, reduzindo sua autoestima e fazendo-a confiar menos em si mesma e mais no manipulador (como pessoa que supostamente “sabe mais” e tem melhor bom-senso).

O gaslighting geralmente é um processo gradual que os abusadores usam para quebrar a crença de seus parceiros em si mesmos ao longo do tempo, tornando-os mais vulneráveis a serem manipulados e a permanecerem em relacionamentos abusivos, de acordo com o estudo de caso.

Gaslighting Racial

O gaslighting racial é uma forma de manipulação destinada a minar ou minimizar as experiências de alguém com o racismo, explica Shabazz. “O gaslighting racial pode variar de agressões mínimas e ocultas que são sutis a expressões mais abertas de minimizar a experiência de uma pessoa minorizada com o racismo por meio de ataques agressivos ao seu caráter, credibilidade e capacidade intelectual”.

Uma tática comum de gaslighting racial é minimizar a reclamação da pessoa que sofre racismo como “mi mi mi” ou frescura. Central ao gaslighting é fazer a pessoa acreditar que o que ela pensa, sente ou percebe não é real e que ela está imaginando ou exagerando as coisas.

Além de ser emocionalmente prejudicial (e rude) para a vítima, esse tipo de gaslighting racial também protege e perpetua a existência do racismo sistêmico e da opressão institucionalizada.

Nos EUA, onde o racismo é excessivo em determinadas regiões, há movimentos sócio-políticos que visam incutir na população a ideia de que racismo não existe e é uma invenção de partidos políticos liberais. “Racista? Eu não! Você é que é muito sensível!”

Esse é o argumento central de um artigo de revisão de pesquisa publicado em 2017 na revista científica Politics, Groups, and Identities. O artigo concluiu que o gaslighting racial perpetua os sistemas sociais, econômicos, culturais e políticos que normalizam normas, atitudes e comportamentos racialmente opressores.

Gaslighting médico

Gaslighting médico é quando um médico culpa os sintomas de um paciente em fatores psicológicos ou nega ou descarta completamente a doença ou os sintomas do paciente. Embora mais profissionais médicos estejam chamando a atenção para esse fenômeno, vale a pena notar que não há necessariamente uma definição formal do termo até o momento.

Lori Gottlieb, uma terapeuta familiar licenciada e psicoterapeuta em Los Angeles, EUA, compartilhou sua experiência de seus médicos atribuírem sintomas físicos que ela tinha (fadiga, perda de cabelo e problemas de concentração e foco) ao estresse antes de defender a si mesma e forçar seus médicos a fazer testes adicionais até que ela finalmente fosse diagnosticada com uma doença crônica.

No começo da pandemia vimos muitos casos de médicos ignorarem reclamações de pacientes sobre o que conhecemos hoje como Covid longo, quando os sintomas persistem mesmo depois do término do episódio da doença. Muitos médicos disseram aos seus pacientes que era “psicológico” e não havia nada de errado com eles fisicamente. Hoje sabemos que estavam errados. É um exemplo clássico de gaslighting: fazer a pessoa acreditar que suas percepções são psicológicas e nada realmente está acontecendo.

Gaslighting Político

O gaslighting político é uma forma de desonestidade que distrai ou confunde a opinião pública sobre uma questão política. Farah Latif, professor da George Mason University em Fairfax, Virgínia (EUA), que pesquisa mídia política e assuntos públicos, define gaslighting político (como pode ser aplicado a qualquer político) como uso enganoso e informações manipuladoras para minar, influenciar e desorientar a opinião pública sobre questões políticas.

Latif diz que a mídia social tem sido usada para ajudar a direcionar a desinformação e perpetuar o gaslighting político para obter apoio a favor ou contra um ponto de vista ou ideologia política. Em muitos casos o político nem sequer acredita no que está dizendo, mas sabe que aquele argumento “esquenta” sua audiência e por isso, o usa. É um exemplo clássico de gaslighting, dizer coisas que você não acredita só porque você sabe que aquilo tem poder de manipular os outros.

O gaslighting político não é só usado por políticos, mas também pela mídia que cobre política. Um exemplo atual é o caso legal de difamação que a Fox News nos EUA está sofrendo ao ser processada pela Dominion Voting Systems, empresa fabricante das máquinas de contagem de votos nos EUA. Durante o período da corrida presidencial de 2020 nos EUA, enquanto Donald Trump alegava que as eleições haviam sido fraudadas e que as máquinas da Dominion haviam sido programadas para contar mais votos para Joe Biden, o canal Fox News divulgava notícias falsas sobre a empresa, inclusive alegações altamente duvidosas como uma suposta ligação da Dominion com Hugo Chavez da Venezuela, contando com a ignorância dos Norte Americanos que provavelmente não sabem que Chavez morreu em 2013!

Durante a fase de descoberta no processo, mensagens de texto trocadas entre os jornalistas e editores da Fox News revelaram que eles achavam toda a trama absurda e nutriam ódio por Donald Trump. Mesmo assim, todos estavam juntos na manutenção das fake news pois sabiam que aqueles argumentos incendiavam a base republicana, que mantém a audiência do canal.

De fato, muito do gaslighting político conta com a ignorância do público e seu baixo potencial de raciocínio lógico e bom senso. A fase Trump provou que uma audiência manipulada por gaslighting acredita em absolutamente qualquer coisa, por mais absurda que seja. Um dos exemplos mais ridículos de fake news abraçada pelo público conservador Norte Americano é a ideia de que o partido Democrata é mantido por uma rede de tráfico de crianças que pratica além de pornografia infantil, também canibalismo. A trama falsa resultou no famoso escândalo chamado “pizzagate” (em referência ao escândalo Watergate que derrubou o presidente Richard Nixon), que em 2016 acabou com um maluco armado invadindo uma pizzaria onde supostamente as crianças seriam mantidas.

7 sinais de que você está sofrendo gaslighting

Aqui estão alguns sinais de alerta que podem sinalizar que você está sendo “iluminado a gás”. Lembre-se de que essas coisas podem ser o resultado de outros fatores, mas se você estiver enfrentando algum dos itens abaixo (ou perceber que está acontecendo com outra pessoa), vale a pena considerar se o gaslighting está acontecendo.

Eles se aplicam a todas as formas de gaslighting.

1. Você está constantemente se desculpando. Como uma das principais características do gaslighting é confundir e fazer com que a pessoa se questione, sentir a necessidade de se desculpar frequentemente com um colega de trabalho, parceiro íntimo ou até mesmo um amigo ou familiar pode ser uma indicação de que você está sofrendo gaslighting, diz a psicóloga e professora da Kent University em Ohio Angela Neal-Barnett:

“A pessoa que está fazendo gaslighting faz você duvidar de si mesmo. Isso, por sua vez, leva à diminuição da autoestima e da autoconfiança, fazendo com que a pessoa que está sendo manipulada sinta que quase todas as decisões que toma são um erro e exigem um pedido de desculpas”.

2. Seus sentimentos estão sendo minimizados. Minimizar os sentimentos de uma pessoa reforça a dúvida e a insegurança da pessoa que está sendo manipulada. Também ajuda a pessoa que faz o gaslighting a controlar a outra pessoa. Isso é especialmente verdadeiro quando você pode fornecer feedback a uma pessoa sobre algo que ela não quer ouvir ou discorda. Isso pode ser um sinal revelador de gaslighting médico (quando os sintomas de alguém são descartados ou negligenciados por profissionais médicos quando os mesmos não entendem o que está acontecendo ou não conseguem diagnosticar o problema).

3. Frequentemente duvidando de seus sentimentos. “Uma pessoa se perguntando regularmente se está exagerando ou sendo muito sensível pode sinal de que está sofrendo gaslighting”, diz a psicóloga Barbara Shabazz. Duvidar de si mesmo (ou de seus sentimentos ou de sua realidade) é uma característica fundamental do gaslighting.

4. Você começa a questionar seu próprio valor. Assim como duvidar de seus sentimentos, os perpetradores do gaslighting pretendem fazer com que a pessoa questione algum aspecto de seu valor e habilidade. De acordo com Stern, as pessoas que sofrem gaslighting geralmente baseiam seus sentimentos de valor na aprovação ou no elogio de outras pessoas, como chefe, amigo, parceiro íntimo ou pai.

5. Você costuma dar desculpas para o mau comportamento de outra pessoa. “Vemos muito isso com abuso de parceiros íntimos. A pessoa abusada às vezes desculpa o comportamento abusivo de seu parceiro e até se culpa”, explica Anthony Franklin.

Isso também acontece com o gaslighting político, em que os apoiadores de um político dão desculpas pelo comportamento do indivíduo ou promessas não cumpridas porque, de alguma forma, se sentem em dívida com aquele político, acrescenta Franklin.

Um caso clássico é o da mulher que desculpa a agressividade do marido, alegando que a culpa, na realidade, é sua.

6. Você luta contra a indecisão. Como o gaslighting causa insegurança e pode prejudicar a autoconfiança, as pessoas que sofreram gaslighting podem lutar contra a indecisão e ter dificuldades para tomar decisões firmes ou até mesmo corriqueiras. O gaslighting pode ser paralisante para a pessoa que está sendo manipulada. As mais simples decisões podem parecer grandes desafios já que a pessoa manipulada for “treinada” para duvidar de seu próprio bom-senso e capacidade de deliberação.

É muito comum a pessoa manipulada pedir ajuda e conselhos para o manipulador, já que ela “aprendeu” que ela não é capaz de tomar decisões assertivas e que seu manipulador é “quem sabe mais e melhor” e deve lhe dizer o que fazer.

7. Você se sente deprimido, mas não consegue identificar a causa. O gaslighting pode facilmente resultar em uma pessoa com sintomas semelhantes à depressão, como desesperança, tristeza e perda de motivação. Mas a pessoa que está sendo manipulada pode não ter certeza de por que está se sentindo assim. É uma sensação estranha de insegurança para com a própria vida, como se cada decisão fosse incerta. O manipulado pode passar a acreditar que cada passo que der sem anuência do manipulador pode acabar sendo um grande erro.

IRRITADO COM OS ESTRANGEIRISMOS?

Apesar de incomodar pessoas que não gostam de estrangeirismos, o uso do termo gaslighting entra para o rol de termos tão perfeitos em sua língua original que é melhor não os traduzir. Gaslighting junta-se a outros termos que já são frequentemente usados em vários países como zeitgeist (alemão), schadenfreude (alemão), leitmotiv (alemão), insight (inglês), mindset (inglês), feedback (inglês), entre outros que já fazem parte do uso cotidiano como checkin, airbag, gospel, hacker, backup, blazer, bike, chip, fast-food, download, hobby, e-mail e diesel, só para citar alguns.

Por que não simplesmente usar o termo manipulação em português?

Porque gaslighting é mais do que meramente manipular. Podemos ao longo de um texto usar o termo manipulação como variação de gaslighting para evitar a repetição excessiva e para ajudar na compreensão na língua portuguesa. Porém, o termo manipular pode simplesmente estar ligado à mera persuasão. Gaslighting é mais profundo e está ligado a fazer a outra pessoa duvidar de suas próprias ideias, sentimentos e percepções e passar a acreditar que a pessoa fazendo gaslighting é quem sabe mais e melhor. Há uma transferência de poder e uma redução da autoconfiança e autoestima de quem sofre gaslighting. O termo manipulação pode simplesmente envolver um processo de persuasão como o que ocorre no mundo comercial onde um vendedor persuasivo convence uma pessoa a comprar um produto de que não precisa ou um empreendedor convence um investidor a colocar dinheiro em seu negócio. Apesar de haver intenção persuasiva, não há uma manipulação da percepção do outro, fazendo-o duvidar do que pensa, percebe ou sente. Por isso o uso do termo no original em inglês é mais útil do que simples utilizar manipulação.

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2 comentários em “Gaslighting: o que é e como saber se está acontecendo com você”

  1. É muito interessante… nunca tinha ouvido falar nesse gasliting… mas concordo que é um termo que é diferente de simples manipulação, é uma manipulação psicológica profunda. Penso que os narcisistas devam fazer muito uso dessa tática.

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  2. É sempre bom a gente saber coisas novas! Obrigado Fran. Também não tinha ouvido falar desse fenômeno de manipulação, mas agora vejo que é algo que a gente vê acontecer o tempo todo. Incrível saber que isso alcança até mesmo a medicina. Até mesmo já sofri esse gaslighting quando meu médico insistia em dizer que sintomas que eu tinha eram psicológicos e no final das contas eu estava com fibromialgia.

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